Herbário Póetico

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domingo, abril 22, 2018

Viver é amar, amar é viver.


"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã", já dizia o saudoso poeta Renato Russo. Hoje quero aprofundar minha reflexão sobre o assunto que comecei nesse post (sugiro que o leia antes de continuar, caso ainda não o tenha feito) e falar um pouco daquilo que é a essência de tudo o que é, o amor.

Quebrando mitos e tabus

A questão de entender o que seja o amor acredito ser o maior desafio para nós. No post indicado no início, falei sobre a confusão em torno da dupla apego/amor. Se você entendeu a diferença entre eles, já é um bom começo. Mas entender é só o primeiro passo. Falo isso com conhecimento de causa, pois à época que escrevi o primeiro post, eu entendia, mas não praticava. Ou seja, sabia diferenciar o amor do apego, mas não era capaz de viver o amor em sua plenitude esmagando o apego e, consequentemente, domando o ego.
Viver o amor incondicional é uma tarefa que requer que se saia da zona de conforto e tome algumas atitudes que exigem um confronto direto com o status quo, com as crenças ensinadas a nós desde a infância, com o moralismo judaico-cristão imperante e, principalmente, uma luta contra o ego.

Vou exemplificar dois dos principais tabus que nos são impostos pela sociedade:


"Até que a morte os separe": Esta frase repetida em todos os casamentos ocidentais trás consigo um peso tremendo! Significa que o casamento é para a vida toda e que somente a morte pode separar os casados. Hoje, já não nos apegamos tanto assim a este tabu, vide o numero de divórcios. Mas existe uma crença mais profunda nesta frase, que veremos no próximo ítem;
"Temos que encontrar nossa alma gêmea, a outra metade da laranja": Ora, essa crença implica que não é possível amar, românticamente falando, mais de uma pessoa! É uma crença "irmã" da anterior. Como esta crença é falsa, na prática, vemos pessoas que traem seus parceiros e que vivem conflitos internos terríveis por achar que estão agindo de maneira errada quando sentem atração ou mesmo amor por mais de uma pessoa. Em contrapartida, essas mesmas pessoas não tolerariam que seus parceiros amassem outros por medo de serem trocados visto que acreditam no amor exclusivo e não conseguem conceber que seja possível amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo.
Esses tabus nos forçam a nos relacionar amorosamente de forma monogâmica e geram relacionamentos baseados em apego e não em amor. Visto que o amor incondicional não impõe a exclusividade, muito pelo contrário. A natureza do amor é o expandir, o compartilhar, o doar.

A consequência dessas crenças limitantes é que as pessoas se agridem ao negar sua própria natureza, que é amar, e vivem uma vida de aparências e hipocrisia fazendo às escondidas aquilo que deveria ser feito às claras. Quebrar esses tabus e viver uma vida plena de amor é um desafio que poucos tem coragem de enfrentar.


As consequências lógicas do amor sem restrições

Na teoria tudo é muito lindo, faz todo sentido, não é verdade? Porém, a prática pode ser mais complicada e dolorosa do que você pensa! Afinal, amar incondicionalmente, não somente os "parentes", o que já é complicadíssimo, mas também os "amantes", nos coloca em uma posição extremamente vulnerável no que diz respeito aos padrões sociais e também em relação ao nosso ego. Amar sem cobrar nada em troca significa estar preparado para que seu objeto de amor possa se relacionar com quantas pessoas quiser e desejar, amar quantas pessoas quiser e, ainda assim, você continuar a amá-lo.


Cavando um pouquinho mais o assunto

Aprofundando mais no nosso entendimento do que seja amar e amor, vejo o quanto a ilusão do mundo físico tem deturpado nosso conceito sobre o assunto. Senão vejamos: Esse mundo é transitório, finito, mutável. Entretanto, o amor é eterno, infinito! Como então conciliar esses dois opostos?

Explicando na prática, levando em consideração o eterno, alguém que hoje está neste mundo transitório como seu amante, numa próxima vida poderá vir como seu irmão, pai ou mãe! Da mesma forma o inverso pode acontecer, um parente de uma vida, pode vir como o amante de uma outra e todas essas relações são formas de amor.

No astral, toda essa ilusão de amor romântico e alma gêmea cai por terra, pois aquela que hoje você acredita ser sua alma gêmea, ao chegar "do lado de lá", você poderá descobrir que, em uma outra vida, ela não era seu "amor", era sua mãe ou, até mesmo, seu pior inimigo! Assim constato o quanto somos infantis neste mundo ao desgastarmos nossas relações de amor, tando o "fraterno" quanto o "romântico" com ciúmes e sentimentos de posse. Se o amor for verdadeiro ele se perpetua na eternidade! E lá ele se expressa em sua plenitude, sem os desejos terrenos, sem os interesses pessoais, sem o apego. E do lado de lá também se compreende a pluralidade e infinita capacidade que temos de amar e amar a muitos! Pois somos uma partícula do Criador e o criador é puro amor e ama a todos.

Tudo o que escrevi aqui não é nenhuma novidade. Muita gente já caiu a ficha sobre isso antes e nos deixou pistas para pensarmos. Abaixo deixo duas músicas de homens a frente de seu tempo que compreendiam isso e nos deixaram registrados em música o que pensavam:


http://aquelequebuscaverdade.blogspot.com.br/2014/08/viver-e-amar-amar-e-viver.html

BENEFÍCIOS DO CONSUMO EXCESSIVO DE ÁGUA


Pesquisa diz que é um mito


Estudo publicado no British Medical Journal revela que beber diariamente os oito copos de água geralmente recomendados pode fazer mal à saúde.

Costuma-se dizer que a água evita danos aos rins, ajuda a perder peso, aumenta os níveis de concentração. No entanto, especialistas agora advertem que beber oito copos de água por dia pode ser prejudicial para a saúde. Segundo uma pesquisa publicada no British Medical Journal, as recomendações usuais sobre a ingestão de água seriam "nonsense" (sem noção) e os seus benefícios não teriam comprovação científica.
De acordo com a autora do estudo Margaret McCartney, a importância de beber bastante água é, na verdade, um mito, pois seus benefícios são muitas vezes exagerados por organizações interessadas, como fabricantes de água engarrafada.
Margaret revela, conforme o jornal Daily Mail, que ingerir a bebida quando não se está com sede pode prejudicar a concentração, ao invés de impulsioná-la. Além disso, evidências sugerem que os produtos químicos usados para desinfetar o líquido e que são encontrados no fundo das garrafas podem fazer mal à saúde.
De acordo com o estudo, o consumo excessivo de água pode levar à perda de sono, pois a pessoa tem que acordar à noite para ir ao banheiro. Além disso, a especialista garante que pesquisas recentes mostram que ele pode causar danos aos rins e não prevenir malefícios.
Um médico citado no artigo acrescenta que também não há embasamento para as alegações de que a água ajuda as pessoas a emagrecerem. O professor Stanley Goldfarb, especialista em metabolismo da Universidade da Pensilvânia, afirma que "a evidência atual é que não há realmente nenhuma evidência".
— Se as crianças bebem mais água e não ingerem as calorias dos refrigerantes, é bom, claro, mas não há comprovação de que beber água antes das refeições reduz o apetite — diz.
Outra revelação preocupante feita pela pesquisa é que tomar muita água pode levar a uma condição rara, mas fatal, chamada hiponatremia (uma disfunção no nível de sódio do sangue que pode levar ao inchaço do cérebro).

Por outro lado
No entanto, médicos e nutricionistas afirmam que a água é muito importante para o organismo e que e a falta dela pode causar prejuízos à saúde como:
— Dificultar a regulação da temperatura corporal;
— Reduzir a lubrificação das articulações;
— Comprometer o transporte de vitaminas e minerais para as células;
— Dificultar o trabalho dos rins que filtram as toxinas do nosso organismo;
— Provocar um distúrbio no aproveitamento adequado nutrientes, levando a cãibras, dormências, perdas de força muscular e problemas ósseos.




http://libertandosempre.blogspot.com.br/2011/07/beneficios-do-consumo-excessivo-de-agua.html

terça-feira, abril 17, 2018

Vinhos com notas de café



14 de abril é o dia mundial de umas das bebidas mais consumidas do mundo: o café. Selecionamos alguns vinhos que têm notas desse grão, no aroma ou no paladar, para você conhecer e celebrar.

O café, uma das bebidas mais consumidas do mundo, é tão querido nos quatros cantos do planeta que tem um dia só para ele. Aromático, esse saboroso grão, cujo Brasil é o líder mundial em produção e exportação, é apreciado de diversas formas e também pode ter relação com vinho.

Se você aprecia esses dois líquidos deliciosos, vale a pena conhecer vinhos de diversas regiões do mundo, que possuem notas, no aroma e no paladar, de café.

Eles adquirem esses aromas e sabores devido ao amadurecimento em barricas de carvalho. A madeira libera os aromas com o aquecimento e, inicialmente, a tosta era utilizada para se conseguir envergar as ripas de carvalho, com as quais as barricas são confeccionadas. Além desse aspecto funcional de montagem, a tosta da barrica confere à bebida diversos aromas, tidos como secundários, de acordo com o tempo de torrefação.

Dica de leitura:  Sobre manchas de vinho nos dentes
O aroma de café surge a partir da tosta – de média para alta – da barrica de carvalho em que o vinho amadurece.

Experimente rótulos que selecionamos para você, ao lado, com toques de café para brindar e se deliciar!


https://winepedia.com.br/vinhos-com-nota-de-cafe/

Aromas da madeira no vinho



Os aromas do vinho são proporcionados pelos elementos químicos presentes na bebida. Saiba mais sobre os famosos aromas amadeirados e de onde eles vêm



As barricas de carvalho eram utilizadas, no passado, apenas para transportar os vinhos, sendo uma opção viável para substituir as antigas ânforas, aqueles vasos de origem grega com duas alças. Porém, os viticultores perceberam que o contato com a madeira altera as características da bebida e, por isso, o carvalho ganhou outras funções.

Hoje, amadurecer ou até mesmo fermentar um exemplar em barricas de carvalho é uma opção do enólogo. Esses recipientes podem ser usados para micro-oxigenação (pequeno contato entre o vinho e o oxigênio através dos poros da barrica), para deixar os taninos mais macios (diminuindo a sensação de secura na boca), estabilizar a cor ou agregar novos aromas.

Falando em aromas, não podemos relacioná-los diretamente ao tipo de carvalho, como francês, americano ou húngaro/leste europeu, pois existem diversos outros fatores que contribuem para as substâncias e os compostos aromáticos da madeira. Falamos especificamente sobre os tipos de barricas aqui.

O tempo de contato entre o líquido e o carvalho, o tamanho da barrica e o grau de tosta (queima da superfície interna), que pode ser leve, média ou alta, são exemplos que influenciam no resultado final. Em uma barrica pequena, o contato entre o vinho e o carvalho é maior, predominando as características da madeira, quando comparada a uma barrica muito grande.

Dica de leitura:  Sobre o vinho envelhecido
Já o grau de tosta determina o tipo e a intensidade do aroma, por exemplo, uma tosta leve mantém as características do carvalho, uma tosta alta destaca defumado e tostado. Falamos com mais detalhes sobre tostas aqui. Vale a pena dar uma lida.

Sobre a quantidade de uso, se a barrica for usada pela primeira vez, barrica de primeiro uso, ela irá proporcionar um vinho mais intenso e complexo, com predominância da madeira, já que o nível de extração dos compostos aromáticos será mais elevado. Uma barrica de segundo uso já perdeu um pouco a intensidade, assim como a de terceiro uso.

O interessante do uso do carvalho é que o enólogo pode mesclar barricas com diferentes tempos de uso, justamente para equilibrar a intensidade. Além disso, ele tem a opção de amadurecer apenas uma parcela do vinho, agregando aromas sem a predominância amadeirada. Isso mantém o caráter frutado natural e é muito comum na produção dos rótulos brancos.

Dica de leitura:  Os negociantes do vinho
Conheça algumas substâncias e compostos aromáticos das barricas de carvalho:

Vanilina: baunilha

Eugenol e Isoeugenol: notas de especiarias e cravo

Furfural e 5-Methylfurfural: caramelo e aromas doces

Guaiacol e 4-Methulguaiacol: defumado, tostado, especiarias e aromas de fumo

Lactonas: coco, cocada e notas herbáceas

Agora é hora de provar vinhos com influência do carvalho e analisar os aromas e sabores:


https://winepedia.com.br/aromas-da-madeira/

quinta-feira, abril 12, 2018

Sincretismo Religioso









Sincretismo é a absorção de um sistema de crenças por outro. Isto ocorreu, por exemplo, quando o cristianismo absorveu e adaptou conceitos das religiões da Europa, moldando-os de acordo com os interesses da Igreja Católica numa tentativa de facilitar a propagação da religião cristã no continente europeu.

Sincretismo








O Dicionário Aurélio assim define sincretismo:
[Do gr. synkretismós, ‘reunião de vários Estados da ilha de Creta contra o adversário comum’, pelo fr. syncrétisme.]
1. Filos. Tendência à unificação de idéias ou de doutrinas diversificadas e, por vezes, até mesmo inconciliáveis.[Cf., nesta acepç., ecletismo (1).]
2. Amálgama de doutrinas ou concepções heterogêneas.
3. Fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais originários.
Todas as acepções aplicam-se ao que entendemos por sincretismo, até mesmo a sua etimologia, como se pudéssemos dizer que, no sincretismo religioso, diferentes religiões se reúnem e formam uma aliança, para vencer um inimigo comum.
O sincretismo religioso tem presença marcante no discurso literário brasileiro, desde o período de formação de nossa literatura, mas começa mesmo a ser notado no período do Romantismo, com o romance picaresco, Memórias de um sargento de milícias, da autoria de Manuel Antônio de Almeida. Nessa narrativa, aparecem já os indícios de uma religiosidade popular marcada pela mistura de catolicismo e religiões africanas.
Depois, já no modernismo temos de destacar as obras de Jorge Amado como amostragem de uma prática do mais lídimo sincretismo em que o catolicismo tradicional brasileiro mistura-se às práticas religiosas africanas trazidas pelos negros que para cá foram arrastados para servirem de escravos dos ricos e exploradores proprietários de terras.
No teatro brasileiro, apontamos uma peça que pode ser um ícone do sincretismo religioso: O pagador de promessa, de Dias Gomes. Na peça, Zé do Burro, carrega uma cruz de madeira, semelhante à de Jesus Cristo para o Calvário, em busca de cumprir uma promessa que fez a Santa Bárbara, em um terreiro de umbanda. No terreiro não existe a santa católica, mas a correspondente Iansan, protetora contra os raios, O burro, Nicolau, companheiro inseparável de Zé, daí o apelido de Zé do Burro, sofrera um acidente com a queda de um raio na cabeça e estava agonizante. Zé do Burro fez a promessa de levar uma cruz de madeira de 7 metros até o altar de Santa Bárbara, para que a santa curasse seu amigo animal. É impedido de cumprir a promessa pelo padre, que não tolera a mistura de catolicismo com umbanda que o sertanejo faz. Está aí o sincretismo religioso ingênuo, tão comum às pessoas das mais diferentes camadas da população brasileira, e Zé do Burro é quase excomungado pelo Monsenhor, representante do Bispo. Não só isso: é achincalhado pelas pessoas na praça e morto pela polícia. É a face da intolerância religiosa tão presente também no comportamento de grande parte da população praticante das diferentes religiões.
Guimarães Rosa, em o Grande sertão: veredas, dá forma artística ao sincretismo religioso, ao fazer do autor-criador do romance, Riobaldo, um herói que se vale de todas as religiões, crenças e crendices populares para vencer o inimigo Hermógenes e, por extensão o demônio.
De acordo com Ferretti (2001, p.14), a própria história da formação social do nosso país conduz ao sincretismo, já que povos de diferentes nações e línguas sempre fizeram parte de nossa cultura. Para Carvalho (1991), todas as religiões no Brasil dialogam, de algum modo, enquanto Andrade (2002) considera que o caráter religioso brasileiro tenha base no sincretismo, muito mais do que no catolicismo puro.
Muita religião, seu moço! Eu cá, não perco ocasião de religião. Aproveito de todas. Bebo água de todo rio… Uma só, para mim é pouca, talvez não me chegue. Rezo cristão, católico, embrenho a certo; e aceito as preces de compadre meu Quelemém, doutrina dele, de Cardéque. Mas, quando posso, vou no Mindubim, onde um Matias é crente, metodista: a gente se acusa de pecador, lê alto a Bíblia, e ora, cantando hinos belos deles. Tudo me quieta, me suspende. Qualquer sombrinha me refresca. (ROSA, 1967,p.15-16).
REFERÊNCIAS
ANDRADE, M. de O. 500 anos de catolicismos e sincretismos no Brasil. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2002.
CARVALHO, J.J. Características do fenômeno religioso na sociedade contemporânea. Brasília: UNB, 1991
FERRETTI, S. F. Notas sobre o sincretismo religioso no Brasil. In.Tempo
Revista do Departamento de História da UFF, Niterói, v.n. 11, p. 13-26, 2001.
ROSA, J.G. Grande Sertão: Veredas. 5. ed. Rio: José Olympio Editora, 1967.

Reflexão

Estou aprendendo que a maioria das pessoas não gostam de ver um sorriso nos lábios do próximo.Não suportam saber que outros são felizes... E eles não! (Mary Cely)