Herbário Póetico

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segunda-feira, junho 06, 2011

Medicina - A Origem da Arte da Cura

Desde a origem da espécie, o homem procurou remédio contra ferimentos e doenças. Vestígios do neolítico mostram que já se se conheciam as propriedades curativas de agentes naturais como a luz solar, o frio, o calor e a água. Entendida como meio de cuidar da saúde, a medicina existe, portanto, desde o aparecimento do ser humano. As relações entre filosofia, o viver em harmonia e a medicina estão presentes em todas as medicinas, bem semelhantes aliás, em sua origem.

Medicina pré-histórica

Representações gráficas, ossos humanos e objetos de uso cirúrgico encontrados em sítios pré-históricos mostram o registro da tentativa de tratar de doenças como raquitismo, obesidade, reumatismo e tuberculose. Algumas fraturas consolidadas observadas em fósseis podem creditar-se à cura natural, mas outras resultaram inegavelmente da intervenção humana.

A arte de curar nasceu ao mesmo tempo mágica e empírica. A doença era vista como demonstração de que algo estava errado, como resultado de alguma transgressão. Os magos buscavam a cura na associação de medidas propriamente terapêuticas com ritos e amuletos. Pouco a pouco se reuniram, assim, conhecimentos e práticas: banhos, dietas e numerosos remédios provenientes dos três reinos da natureza.

Mesopotâmia

Documentada por textos cuneiformes de Nínive, a medicina dos povos da Mesopotâmia é talvez a mais antiga da qual se conhece uma teoria: o coração é sede da inteligência e o fígado, centro da circulação. O médico interpretava os sonhos, a que se atribuía grande importância. O exercício da profissão foi pela primeira vez regulamentado no código de Hamurabi. A medicina assírio-babilônica conheceu os sintomas e a evolução de muitas doenças e praticou curas dietéticas, prescrições higiênicas e profiláticas.

Egito


Vinte séculos antes da era cristã, faziam-se no Egito operações como a trepanação do crânio. Papiros escritos entre 1700 e 1200 a.C., alguns dos quais copiavam outros muito mais antigos, mostram que para efetuar um diagnóstico os egípcios já empregavam as indicações oferecidas pelo pulso, pela palpitação e pela auscultação, e detectavam diversas doenças do abdome, amígdalas, olhos, coração, baço e fígado. Os remédios mais usados eram mel, cerveja, levedura, azeite, cebola, sementes de linho, funcho, aloé, ópio etc.

Homero considerava os médicos egípcios, também elogiados por Heródoto e Diodoro da Sicília, superiores a todos os outros. Anexas aos grandes templos havia escolas médicas.

Índia

Com fontes no primeiro período védico, por volta do século XV a.C., a medicina indiana fundava-se não em estudos anatômicos, mas numa construção sistemática em que se relacionavam os elementos constitutivos do microcosmo - o homem - e os do macrocosmo - o universo. Saúde era a harmonia entre os humores vitais. A vinculação da medicina a princípios espirituais foi especialmente importante no budismo. Os grandes mosteiros incluíam hospitais, leprosários e depósitos de medicamentos.

Basicamente preventiva, a medicina indiana via na dietética, aliada à higiene, o fundamento da terapêutica. Séculos antes do descobrimento da vacinação, os hindus já inoculavam a varíola. A alimentação básica compunha-se de cereais e legumes, com proibição de bebidas alcoólicas. Remédios de origem animal, mineral e sobretudo vegetal combinavam-se a outros recursos terapêuticos: clisteres, vomitivos, unguentos, sangrias, ventosas, sanguessugas, banhos de vapor, inalações e pulverizações. A cirurgia indiana foi a mais notável da antiguidade. Praticava-se com mestria extração de tumores, de abscessos e de corpos estranhos, punções, sutura de feridas, operações de cálculo de vesícula e até enxertos de pele.

China

A concepção chinesa do mundo, expressa nos princípios do tao, do yin e do yang, orientava a prática médica. Como na Índia, atribuía-se a doença à desarmonia entre o indivíduo e o cosmo. Na filosofia chinesa tradicional, expunha-se a existência de cinco elementos básicos (madeira, fogo, terra, metal e água), que estavam associados às cinco cores, cinco estações do ano, e cinco órgãos do corpo humano. A doença era considerada como uma desarmonia dos cinco órgãos.

A medicina teria surgido com os três soberanos lendários (c. 2950-c.2600 a.C.): Fu Hsi, a quem se credita o I Ching; Shen Nung, pai da terapêutica vegetal; e Huang-ti, criador dos ritos e tido como autor do Nei ching, clássico da medicina interna, cujos pontos difíceis seriam esclarecidos mais tarde no Nan ching, atribuído a Pien Tsio (c.430-350 a.C.). Tao Hong-king (452-536 d.C.), mestre taoísta, compilou a farmacopéia de Shen Nung e descreveu 365 drogas minerais, vegetais e animais.

As seculares práticas chinesas atingiram o apogeu de 618 a 907, na época Tang. Fizeram-se tratados de oftalmologia, obstetrícia, cirurgia, acupuntura, pediatria e higiene. A contaminação com varíola como método preventivo foi mencionada pela primeira vez em 1014, por Wang Tan, talvez sob influência irano-indiana.

Durante a dinastia Yuan (1260-1368), organizou-se o colégio imperial de medicina e reimprimiu-se uma enciclopédia médica. Na época Qing (1644-1911), editaram-se outras enciclopédias de assuntos gerais que incluíam a área médica, tema exclusivo da obra de referência Espelho de ouro da medicina, aproximadamente do ano 1700 da era cristã. Invadida pela medicina ocidental a partir dessa época, a medicina tradicional chinesa foi revalorizada depois da revolução comunista, em meados do século XX.

Grécia

Nas civilizações helênicas, a prática da medicina surgiu unida ao misticismo e à ética. Asclépio (o Esculápio dos romanos), um dos heróis-médicos citados por Homero, tornou-se no início do Período Arcaico o mais importante deus da medicina. Seus santuários, assim como os dedicados a outros deuses e também a alguns heróis, se tornaram populares templos de cura em que os devotos buscavam auxílio divino para seus problemas de saúde. Esses templos eram edificados em lugares considerados saudáveis e de paisagem agradável. Estavam sempre rodeados por um bosque sagrado, onde havia uma fonte de água natural.

A medicina na Grécia surgiu no seio das primeiras escolas filosóficas, como o pitagorismo. Alcméon de Crotona (séculos VI-V a.C.), médico, astrônomo e filósofo, escreveu o mais antigo livro de medicina grega de que se tem notícia: o Peri phýseos (Da natureza), de que Galeno e Plutarco conservaram fragmentos. Nele se encontra a origem da teoria humoral, que seria retomada por Hipócrates, segundo a qual a saúde resulta da harmonia entre os humores: sangue, pituíta, bile negra e bile amarela.

Outros homens célebres dedicaram-se à medicina na Grécia antiga, mas foi Hipócrates quem sistematizou o saber médico de seu tempo, enriquecendo-o com importantes observações.

O período em que se firma a concepção de uma Medicina naturalista é, aproximadamente, a época em que viveram Platão e Sócrates (aproximadamente 400 anos antes da era cristã) - o tempo de Hipócrates.

Aparece nos escritos de vários filósofos, como Pitágoras, Platão e Alcmeon, é a de que a saúde é o resultado do equilíbrio e harmonia: excessos e desarmonia produzem doenças.

Alcmeon sustenta que o que estabelece a saúde é o equilíbrio dos poderes: úmido e seco, frio e quente, amargo e doce, e os demais. Pelo contrário, a supremacia de um deles é a causa da doença, pois a supremacia de qualquer um é destrutiva.

Platão qualifica a filosofia como uma genuína medicina da alma, havendo múltiplas referências à terapia anímica nos diálogos platônicos. De acordo com o filósofo, em A República, uma alma saudável é aquela que se compraz na justiça, possuindo equilíbrio. A enfermidade da alma é comparável à injustiça; deste modo, a medicina estaria para o corpo assim como a justiça estaria para a alma, no sentido que aquela adquire de terapia para a alma. Há um nítido caráter ético e político nesta formulação, uma vez que toda a cosmogonia platônica no Timeu, visa em última análise, a deslindar a 'harmonia' intrínseca ao cosmo, que é da mesma ordem da harmonia que rege a alma humana. Assim, restabelecer a saúde da alma tem uma finalidade ética primaz, o que engendra toda a discussão sobre a excelsa que o filósofo almejava. Tratar a alma é promover a sua reordenação e o retorno de sua harmonia - restabelecendo a justiça.

É interessante notar que o alcance curativo da medicina é, para Platão, intimamente relacionado às 'causas' e à história natural das enfermidades, bem como à constituição daquele que adoece.

Platão critica o uso de medicamentos para a contenção de doenças leves - as quais devem ser deixadas livres para seguir seu próprio curso -, enfatizando que os fármacos devem ser empregados apenas nos casos "mais graves", ou seja, naqueles em que há "grande perigo" para o doente. As moléstias não devem, assim, ser irritadas com o uso de remédios, o que traz mais prejuízos que benefícios para aquele que sofre.

As prescrições arroladas para o tratamento das enfermidades de acordo com Platão são as mais diversas: ginástica, prática da música, dietas, estudo da astronomia e filosofia.

Medicina Renascentista

Com o Renascimento, o pensamento humanístico, a revalorização do saber greco-romano, a invenção da imprensa e o interesse pela pesquisa produziram considerável impulso nas ciências médicas, reforçado pelo nascimento de uma escola de arte dedicada à investigação anatômica. Leonardo da Vinci e Michelangelo foram grandes estudiosos do corpo humano, e Andreas Vesalius é pioneiro da anatomia científica moderna.

Medicina no Brasil Colônia

A saúde dos índios brasileiros despertou a atenção dos descobridores. Afora ferimentos por luta ou acidente, picadas de insetos ou problemas resultantes da caça de animais, eram raras as doenças observadas nos indígenas pelos primeiros cronistas. Em sua medicina, rituais, amuletos e remédios supersticiosos somavam-se a práticas como abluções, repouso, jejum, uso do calor sob várias formas e utilização de ervas.

O emprego da ipecacuanha ou poaia - vomitivo, expectorante e antidisentérico - e do jaborandi - tônico, diurético e diaforético - são contribuições importantíssimas do índio. Os padres buscaram espécies parecidas com as da Europa ou do Oriente e introduziram vários remédios vegetais.

A murta-do-mato, sucedânea da quina, obteve tal sucesso na profilaxia das febres que passou a ser exportada, como "pó dos jesuítas", para a metrópole. Usavam-se também alecrim, estimulante; carimã e mingaus de mandioca, ditos excelentes para aliviar distúrbios intestinais; fumo umedecido com saliva ou, como fumaça, soprado em picadas venenosas; e guaraná, contra males intestinais, dores nevrálgicas e sobretudo como tônico e reconstituinte.

Outros recursos eram caldo de jenipapo, contra pústulas; leite de cansanção, em conjuntivites; óleo e bálsamo de copaíba, antitetânico tópico; folha de caroba, em erisipelas; casca de barbatimão, em piodermites; bálsamo de caboreíba, expectorante; raiz de jalapa, sementes de mamona e de coco andá-açu, purgativos; malva, em inflamações locais; e urtiga, revulsivo, como ajuda às ventosas de chifre de boi.

"A medicina se fundamenta na natureza, a natureza é a medicina, e somente naquela devem os homens buscá-la. A natureza é o mestre do médico, já que ela é mais antiga do que ele e ela existe dentro e fora do homem..." (Paracelso)

É de acordo portanto com a origem das medicinas de diversas culturas, que o viver ordenado, com equilíbrio entre todas as partes da constituição, trabalhando todos os elementos, a forma de se prevenir e se remediar qualquer doença.

Refletir sobre o fazer médico - eis uma perspectiva da maior importância em uma sociedade. Procedendo assim, abre-se um caminho para a construção de uma prática médica mais condizente com as necessidades humanas, voltada para a amplidão das suas possibilidades, mas também ciosa em relação aos limites de suas próprias mãos e dos meios por elas utilizados e aperfeiçoados, representados pela arte de curar e cuidar.



http://www.emdiv.com.br/pt/saude/saudealemdocorpo/2346-medicina-a-origem-da-arte-da-cura.html

Comigo-ninguém-pode "Ervanário"


Nome Científico: Dieffenbachia amoena
Nome Popular: Comigo-ninguém-pode, difembáquia
Família: Araceae
Divisão: Angiospermae
Origem: América Central
Ciclo de Vida: Perene


Rodeada de superstições, a comigo-ninguém-pode, é indicada para quem quer afastar o mau-olhado. Diz-se que absorve as energias negativas das pessoas mal intencionadas. Sua folhagem muito ornamental é composta de folhas grandes e brilhantes, com manchas rajadas brancas ou amarelas. Se bem adaptada, produz flores discretas e no verão.

Deve ser cultivada a meia-sombra ou sombra, em solo rico em matéria orgânica e com regas regulares. Ficam muito bem em vasos em ambientes internos ou em bordaduras e maciços, protegidas por muros e árvores. Deve-se atentar para crianças pequenas e animais domésticos pois é uma planta bastante tóxica. Multiplica-se por estaquia.

Autor: Raquel Patro

http://www.jardineiro.net/br/banco/dieffenbachia_amoena.php

Reflexão

Estou aprendendo que a maioria das pessoas não gostam de ver um sorriso nos lábios do próximo.Não suportam saber que outros são felizes... E eles não! (Mary Cely)