Herbário Póetico

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quinta-feira, abril 26, 2012

SOBRE O AMOR , O PODER E A SERENIDADE

 

 












Nós gostaríamos de discutir três importantes atributos divinos : amor , poder e serenidade , e como eles se manifestam em suas formas distorcidas. Na pessoa saudável , esses três princípios operam lado a lado , em perfeita harmonia , alternando-se de acordo com cada situação específica. Eles se complementam e se fortalecem uns aos outros. É mantida a flexibilidade entre eles , de forma que nenhum desses três atributos jamais pode contradizer a um outro ou interferir com ele.
Contudo , na personalidade distorcida eles se excluem mutuamente. Um contradiz o outro , de forma a criar conflito. Isso acontece porque um desses atributos é inconscientemente escolhido pela pessoa para ser usado como solução para os problemas da vida.
As atitudes de submissão , de agressividade e de retraimento são as distorções do amor , do poder e da serenidade. Agora nós gostaríamos de falar com detalhes sobre o modo como elas operam na psique , como formam uma suposta solução e como a atitude dominante cria padrões dogmáticos , rígidos , que são então incorporados à auto-imagem idealizada.
Quando criança , o ser humano encontra decepção , desamparo e rejeição – reais e imaginários. Esses sentimentos criam insegurança e falta de autoconfiança , que a pessoa tenta superar , infelizmente sempre de maneira errada. Para dominar as dificuldades criadas , não apenas na infância como também mais tarde na vida como conseqüência de se recorrer a soluções erradas , as pessoas se envolvem cada vez mais em um círculo vicioso. Sem se dar conta de que a mesma “solução” que elas assumem traz problemas e decepções , tentam de forma ainda mais árdua levar até o fim aquilo que consideram como sendo a solução. Quanto menos são capazes de fazê-lo ,mais duvidam de si mesmas ; e quanto mais duvidam de si mesmas , mais se perdem na solução equivocada.

AMOR/SUBMISSÃO
Uma dessas soluções falsas é o amor. O sentimento é : “Se eu fosse amado , tudo estaria bem.” Em outras palavras , espera-se que o amor resolva todos os problemas. Desnecessário dizer que isso não é verdade , especialmente quando se considera a maneira como se espera que esse amor seja dado. Na realidade , uma pessoa perturbada que adota essa solução dificilmente é capaz de experimentar amor. Para receber amor , uma pessoa assim desenvolve várias tendências e padrões de comportamento interior e exterior e de reação , típicos da personalidade , que tende a tornar o indivíduo mais fraco e indefeso do que realmente é.
Assumindo mais e mais características de auto-obliteração para obter amor e proteção , o que por si mesmo parece prometer segurança contra o aniquilamento , a pessoa atende às demandas reais ou imaginárias dos outros , encolhendo-se e rastejando ao ponto de vender a alma para receber aprovação , simpatia , auxílio e amor. Inconscientemente , essas pessoas crêem que a auto-afirmação e o ato de defender os seus desejos e necessidades equivalem a privar-se do único valor da vida : aquele de ser cuidado como uma criança – não necessariamente em questões financeiras , mas emocionalmente. Essas pessoas alegam uma imperfeição , um desamparo , uma submissão que não são genuínos. Elas usam essas falsas fraquezas como uma arma e um meio de finalmente vencer e dominar a vida.
Para não expor essa falsidade , essas tendências ficam incorporadas na auto-imagem idealizada. Assim as pessoas são bem-sucedidas em acreditar que todas essas tendências são sinais da sua bondade , santidade , do seu altruísmo. Quando elas se “sacrificam” para finalmente possuir um forte e amoroso protetor , ficam orgulhosas da sua capacidade de sacrifício altruísta ; orgulhosas da sua “modéstia” , elas nunca alegam conhecimento , realização , força. Dessa forma esperam forçar os outros a sentir-se amorosos e protetores em relação a elas.
Existem muitíssimos aspectos dessa pretensa solução. Eles têm de ser persistentemente descobertos no trabalho que você está fazendo. Não é fácil detectá-las de vez que essas atitudes estão profundamente arraigadas e parecem ter se tornado uma parte da personalidade “amorosa” da pessoa. Além do mais , elas podem ser frequentemente afastadas , através de racionalização , por necessidades aparentemente reais. Por último , elas são sempre contrariadas pelas tendências opostas ou por outras soluções falsas , que também sempre estão presentes na alma , embora não sejam tão predominantes. Da mesma forma , os outros tipos que usam soluções falsas encontrarão aspectos de submissão em sua psique. A extensão em que essa pretensa solução é predominante varia de pessoa para pessoa , assim como a intensidade com que ela é contrariada por outras soluções.
A pessoa com a atitude predominantemente submissa vai ter um pouco mais de dificuldade para descobrir o orgulho que prevalece em todas essas atitudes. O orgulho nos outros tipos está bem na superfície ; estes podem ficar orgulhosos do seu orgulho , podem ter orgulho da sua agressividade e cinismo ; mas , uma vez que o tenham visto , ele não pode mais ser disfarçado de “amor” , de “modéstia” , ou de qualquer outra atitude “virtuosa”.
O tipo submisso terá que olhar com olhos muito perspicazes para essas tendências para descobrir como ele as idealiza. Pode existir uma reação de crítica e desprezo distantes por todas as pessoas que se auto-afirmam , mesmo que seja apenas uma auto-afirmação saudável e não uma agressividade que surja de uma distorção ao poder. Esse tipo de personalidade pode simultaneamente também admitir e invejar a agressão dos outros , ainda que a despreze , apesar de se sentir superior em “desenvolvimento espiritual” ou “padrões éticos” , e pode dizer ou pensar : “Se eu pudesse ser assim , conseguiria mais da vida.” Ao fazê-lo , contudo , uma pessoa desse tipo enfatiza a “bondade” que a impede de ter o que as pessoas “menos boas” obtêm.
O orgulho do martírio e do auto-sacrifício torna difícil a descoberta do que está por baixo da superfície. Só uma visão verdadeira da real natureza desses motivos revelará o egoísmo e o egocentrismo fundamentais que prevalecem nessa como nas outras atitudes ligadas a soluções falsas. Orgulho , hipocrisia e farsa estão presentes em todas elas , quando incorporados à auto-imagem idealizada. O tipo submisso terá mais dificuldade em descobrir o orgulho , enquanto o tipo agressivo achará mais difícil descobrir o fingimento , pois o segundo pretende uma “honestidade” em busca da sua própria vantagem.
A necessidade de amor protetor tem uma certa validade para a criança , mas se for mantida na idade adulta ela não mais vale. Nessa busca de ser amado existe um elemento de “eu tenho que ser amado para que possa acreditar no meu próprio valor. Então eu posso estar disposto a corresponder a esse amor.” É , no fim das contas , um desejo autocentrado e unilateral. Os efeitos de toda essa atitude são graves.
Essa necessidade de amor e dependência realmente o torna indefeso. Você não cultiva em si mesmo a faculdade de se manter sobre as próprias pernas. Em lugar disso você usa toda a força da sua psique para corresponder a esse ideal , de forma a obrigar os outros a atender às suas necessidades. Em outras palavras , você cede para que outros cedam a você ; você se submete para dominar , embora tal denominação deva sempre manifestar-se em desamparo brando e fraco.
Não é de se estranhar que uma pessoa engolfada nessa atitude torna-se separada do seu Eu Verdadeiro. Este tem que ser negado , pois a sua afirmação parece grosseira e agressiva. Isso tem que ser evitado a todo custo. Mas a indignidade infligida ao indivíduo por tal autonegação tem o seu efeito no desespero e desagrado por si mesmo.
Como isso é doloroso , além de ser contraditório em relação à auto-imagem idealizada , que recomenda o esquecimento de si mesmo como virtude suprema , esses sentimentos têm de ser projetados nos outros. Esses sentimentos de desprezo e o ressentimento pelos outros , por sua vez , contradizem os padrões do eu idealizado. Consequentemente , eles também têm de ser escondidos. Essa dupla ocultação causa inversão e tem sérias repercussões na personalidade , manifestando-se também em todo o tipo de sintomas físicos.
Raiva , fúria , vergonha , frustração , desprezo e ódio por si mesmo existem por duas razões. Primeiro , eles existem como resultado da negação do Eu Verdadeiro e pela indignidade de ser impedido de ser o que realmente se é. Acredita-se então que o mundo impede a auto-realização e abusa e tira vantagem da sua “bondade”. Isso é pura e simples projeção.
Em segundo lugar , esses sentimentos existem porque a pessoa é incapaz de se adequar aos ditames do seu próprio eu idealizado “amoroso” , segundo os quais nunca se deve sentir ressentimento , desprezo , desagrado , vergonha ; jamais se deve acusar ou achar defeitos nos outros , e assim por diante. Como resultado , não se é tão “bom” quando se deveria ser.
Num esboço bastante breve , esse é o quadro de uma pessoa que escolheu o “amor” , com todas as suas subdivisões de compaixão , compreensão , perdão , união , comunicação , fraternidade , sacrifício , como uma solução rígida , unilateral. Essa é uma distorção do atributo divino do amor. Uma auto-imagem idealizada desse tipo terá os ditames e padrões correspondentes. A pessoa tem sempre que ficar na sombra , nunca se afirmar , sempre ceder , nunca achar defeitos nos outros , amar a todos , e assim por diante.
Na superfície essa parece , na verdade , uma figura muito santa , mas , isso é apenas uma caricatura do amor , compreensão , perdão ou compaixão verdadeiros. O veneno dos motivos subjacentes distorce e destrói aquilo que realmente poderia ser genuíno.

PODER/AGRESSIVIDADE
Na segunda categoria está aquele que busca o poder. Essa pessoa pensa que poder e independência em relação aos outros resolverão todos os problemas. Esse tipo , assim como o outro , pode apresentar muitas variações e subdivisões. Tal atitude pode ser predominante ou subordinada a uma ou ambas das outras.
Aqui , a criança em crescimento acredita que a única maneira de ficar segura é tornando-se tão forte e invulnerável , tão independente e sem emoção que nada nem ninguém pode tocá-la. O próximo passo é cortar todas as emoções humanas. Quando , porém , ela vem à luz , a criança se sente profundamente envergonhada de qualquer emoção e a considera uma fraqueza , seja ela real ou imaginária.
O amor e a bondade também seriam considerados fraqueza e hipocrisia , não apenas nas suas formas distorcidas , como acontece no tipo submisso , mas também na sua forma verdadeira e saudável. Calor , afeição, comunicação , altruísmo : tudo isso é desprezível e sempre que suspeita da existência de um impulso dessa natureza , o tipo agressivo sente-se tão profundamente envergonhado quanto o tipo submisso diante do ressentimento e das qualidades auto-afirmativas que ficam por baixo.
O impulso de poder e agressividade pode manifestar-se sob muitas formas e em muitas áreas da vida e da personalidade. Ele pode ser dirigido principalmente à realização , quando a pessoa com o impulso de poder vai competir e tentar ser melhor que todos os outros. Qualquer competição será encarada como uma injúria à elevada posição especial necessária para essa solução particular.
Ou então pode ser uma atitude mais geral e menos definida em todas as relações humanas da pessoa. Cultivando artificialmente uma dureza que não é mais real que a doçura desamparada da pessoa submissa , o tipo do poder é igualmente desonesto e hipócrita , porque essa pessoa também precisa de calor e afeição humanas , e sem isso sofre com o isolamento. Ao não admitir o sofrimento , esse tipo é tão desonesto quanto os outros. Essa auto-imagem idealizada em particular dita padrões de perfeição divina em relação à independência e ao poder.
Acreditando em completa auto-suficiência , essa pessoa não sente necessidade de ninguém , ao contrário dos outros meros seres humanos , que precisam um dos outros. Tampouco são o amor , a amizade ou a ajuda reconhecidos como importantes. Nessa imagem , o orgulho é muito óbvio , mas a desonestidade será mais difícil de detectar , porque um tipo assim a esconde sob a racionalização de que hipócrita é o tipo “bonzinho”.
Uma vez que essa auto-imagem idealizada exige poder e independência em relação aos sentimentos e emoções humanas , tais como nenhum ser humano pode ter , é constantemente provado que a pessoa não pode corresponder a esse Eu ideal. Esse “fracasso” atira a pessoa em crises de depressão e desprezo por si próprio que , novamente , têm de ser projetados nos outros para que ele possa permanecer inconsciente da dor e da auto-punição.
A incapacidade de ser a sua auto-estima idealizada sempre causa esse efeito. Quando se analisa de perto as exigências de qualquer auto-imagem idealizada , sempre se descobre que a onipotência está contida nela. Contudo , essas reações emocionais são tão sutis e esquivas e tão encobertas pelo conhecimento racional que é preciso um exame muito persistente de certos sentimentos , em certas ocasiões , para obter consciência de tudo isso . Só o trabalho que você fará com esse artigo pode revelar como qualquer dessas atitudes existe em você. Elas são , naturalmente , mais fáceis de descobrir quando um tipo é bastante dominante. Na maioria dos casos , contudo , as atitudes estão mais ocultas e estão em conflito com atitudes dos outros tipos.
Outro sintoma do tipo agressivo , que pensa que o poder é a solução , é a visão artificialmente cultivada de “Como o mundo e as pessoas são más !” Uma pessoa que procura provas dessa visão negativa recebe muitas confirmações , e se orgulha de ser “objetiva” e o oposto de crédula – o que serve como razão para não gostar de ninguém. A imagem idealizada , nesse caso , determina que o amor é proibido. Amar ou , em outras ocasiões , mostrar a sua verdadeira natureza , é uma grande violação da auto-imagem idealizada e produz profunda vergonha.
Ao contrário , o tipo submisso orgulha-se de amar a todos e de considerar bons todos os outros seres humanos. Essa perspectiva é necessária para manter e seguir a atitude submissa. Na realidade , a pessoa desse tipo não se importa realmente se os outros são bons ou maus , contanto que eles a amem , aprovem , e protejam. Toda a avaliação das outras pessoas baseia-se nisso , não importa quão bem possa ser “explicado”. Uma vez que todos têm virtudes e defeitos , cada um desses pode ser identificado conforme a atitude predominante da outra pessoa para com o tipo submisso.
Aquele que busca o poder jamais deve falhar em nada. Ao contrário do tipo submisso , que glorifica o fracasso porque ele prova o desamparo da pessoa e força os outros a dar-lhe amor e proteção , o tipo que procura o poder sente orgulho de nunca falhar em nada. Em certas combinações das falsas soluções o fracasso pode ser permitido porque em alguma área específica a atitude prevalente pode ser a submissão. De forma semelhante , o tipo submisso pode em certos casos recorrer à solução do poder. Ambas são igualmente rígidas , irreais e irrealizáveis. Qualquer dessas “soluções” é uma constante fonte de dor e desilusão em relação ao Eu , e portanto produz uma falta ainda maior de respeito próprio.
Nós dissemos anteriormente que sempre existe uma mistura de todas as três “soluções” em uma pessoa , embora uma possa ser predominante. Por conseguinte , a pessoa não pode fazer justiça mesmo às determinações da solução escolhida. Ainda que fosse nunca falhar , ou amar a todos , ou ser inteiramente independente dos outros , isso se torna mais e mais impossível quando os ditames da auto-imagem idealizada de uma pessoa simultaneamente exige que ela ame a todos e seja por todos amada e que os vença. Para atingir esse objetivo a pessoa tem que ser agressiva e comumente impiedosa.
Uma auto-imagem idealizada pode , portanto , simultaneamente exigir de uma pessoa que de um lado ela seja sempre altruísta , de forma a obter amor ; e de outro , que seja sempre egoísta , para obter poder. Além disso , a pessoa tem também que ser completamente indiferente e distante de todas as emoções humanas de forma a não ser perturbada. Você pode imaginar que conflito isso representa na alma ? Quão dilacerada será uma alma ! O que quer que ela faça é errado e causa culpa , vergonha , inadequação e portanto , frustração e desprezo por si mesma.

SERENIDADE/RETRAIMENTO
Consideremos agora o terceiro atributo divino , a serenidade, escolhido como solução e , por isso , sendo distorcido. Originalmente , uma pessoa pode ter estado tão dividida entre os dois primeiros aspectos que uma saída teve que ser encontrada , recorrendo a uma fuga dos problemas internos e , portanto , da vida como tal. Sob essa retirada ou falsa serenidade , essa alma ainda está partida ao meio , mas não tem mais consciência disso. Foi construída uma fachada tão forte de falsa serenidade que enquanto as circunstâncias da vida o permitirem , essa pessoa está convencida de ter atingido a verdadeira serenidade. Mas basta que as tempestades da vida a toquem para que os efeitos do conflito que ferve , oculto , finalmente venham à superfície , e deixem claro quão falsa era a serenidade. Então será mostrado que na verdade ela foi construída sobre a areia.
O tipo retraído e o tipo que busca o poder parecem ter algo em comum : distanciamento das suas emoções , ausência de apego aos outros e uma forte necessidade de independência. Muito embora as motivações emocionais subjacentes possam ser similares – medo de ser ferido ou decepcionado , medo de ser dependente dos outros e por isso sentir-se inseguro - , as determinações da auto-imagem idealizada desses tipos são muito diferentes. Enquanto o tipo que busca o poder se vangloria da hostilidade e do espírito de luta agressivo , o tipo retraído é completamente inconsciente desses sentimentos , e sempre que eles emergem fica chocado com eles por violarem os ditames da solução de retirada.
Esses ditames são : “Você deve olhar de forma benigna e desapegada para todos os seres humanos , sem porém ser incomodado ou afetado por nenhum deles.” Isso , caso fosse verdadeiro , seria mesmo serenidade , mas nenhum ser humano jamais é tão sereno assim. Portanto tais determinações são irreais e irrealizáveis. Os ditames também incluem orgulho e hipocrisia ; orgulho , porque esse distanciamento parece muito divino em sua justiça e objetividade. Na realidade , a visão da pessoa pode ser tão afetada pelo que pensam os outros quanto a do tipo submisso. Mas sendo orgulhoso demais para admitir que alguém tão excelso possa ser tocado por tais fraquezas humanas , uma pessoa desse tipo tenta elevar-se sobre todos. Isso não é possível.
Uma vez que também esses tipo é tão dependente dos outros quanto os outros dois , a desonestidade é exatamente a mesma. E uma vez que a independência serena desse tipo não é verdadeira , e jamais poderá ser , já que falamos de seres humanos , uma pessoa assim necessariamente deve falhar quanto os padrões e a imposição da auto-imagem idealizada particular que a faz sentir tanto desprezo por si mesma , tanta culpa e frustração quanto os dois outros tipos quando são incapazes de sustentar seus respectivos padrões.
Esses três tipos básicos foram esboçados aqui de forma muito breve , muito geral. Não é preciso dizer que existem muitas variações. De acordo com a força , a intensidade e distribuição dessas “soluções” , a tirania da auto-imagem idealizada se manifesta.
Tudo isso tem que ser descoberto no trabalho individual. Não se deve jamais esquecer que tais atitudes nascidas do Eu Idealizado dificilmente poderiam ser a pessoa total. A atitude pode estar presente em grande medida em certas áreas de personalidade , e em menor grau em outras ; ainda em outras facetas da vida ela simplesmente não aparece. A parte mais importante desse trabalho é sentir as emoções , experimentá-las de verdade. É impossível ver-se livre da auto-imagem idealizada , que bloqueia a vida , se você simplesmente observar de modo distanciado , com o seu intelecto , o que existe em você. É necessário tornar-se agudamente consciente de todas essas tendências , frequentemente contraditórias , e isso vai ser doloroso.

A NECESSIDADE DO DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
A dor que sempre existiu em você , mas estava escondida , contra a qual você se “protegeu” depositando-a sobre os outros , sobre a vida e sobre o destino , tornar-se-á uma experiência consciente da qual você absolutamente precisa. À primeira vista isso passará por uma recaída. Você vai acreditar que está em situação ainda pior do que antes de começar o trabalho deste artigo. Mas não é assim. Foi o seu próprio progresso que tornou possível que todas essas emoções , até aqui ocultas , viessem à tona de forma que você pudesse realmente usá-las para análise. De outro modo não lhe seria possível dissolver a superestrutura do seu tirano , a sua auto-imagem idealizada e todo o mal desnecessário que ela lhe causa.
Você está tão condicionado pelas reações emocionais com as quais se acostumou , está tão envolvido por elas , que não pode enxergar o que está bem na sua frente. Enquanto procura por reconhecimento novos e ocultos , você dá livre acesso às reações emocionais relacionadas com certas situações aparentemente sem importância , simplesmente porque elas já se tornaram parte de você. Mas são justamente essas reações que fornecerão a pista , uma vez que a sua atenção tenha o seu foco dirigido para elas. Isso seria impossível se você não fosse incomodado. Portanto , o incômodo é obrigado a vir para campo aberto e é nesse momento que você pode chegar a um acordo com ele.
Portanto , comece a ver suas emoções sob essa luz. Você descobrirá então como são impossíveis as exigências que lhe faz a sua auto-imagem idealizada ; você verá que é a sua auto-imagem idealizada , e não o Criador , a vida ou as outras pessoas , que exige tudo isso. Começará também a ver que , por causa dessas demandas da personalidade , você precisa que os outros o ajudem a atendê-las. Isso faz com que você inconscientemente exija dos outros o que eles são incapazes de dar. Então você fica muito mais dependente do que precisa ser , malgrado todo o seu esforço em direção a uma independência distorcida do tipo agressivo ou retirado.
Você também tem que descobrir as causas e os efeitos dessas condições. Você verá a sua vida e as suas dificuldades passadas e presentes com uma nova perspectiva. Você vai compreender que criou muitas dessas dificuldades , senão todas , só por causa da sua “solução”.
Não é o bastante compreender intelectualmente que quanto mais estiver envolvido nas suas falsas soluções , menos o seu Eu Verdadeiro pode se manifestar. É preciso experimentar isso também. Essa experiência deve ocorrer se você permitir que as suas emoções venham para a luz e se você trabalhar com elas. Então , você começará a sentir o valor intrínseco do seu Eu Verdadeiro. Só aí será possível abrir mão dos falsos valores do seu eu idealizado. Esse é um processo recíproco : permitindo-se ver os falsos valores , por mais doloroso que isso possa ser , os seus verdadeiros valores emergem gradualmente , de forma tal que você não mais precisa dos falsos.
Uma vez que o eu idealizado o aliena do seu Eu Verdadeiro , você está completamente inconsciente dos seus reais valores. Ao longo de toda a sua vida você se concentra inconscientemente nos valores falsos : seja naqueles que você não tem , mas pensa que deveria ter enquanto finge para si mesmo e para os outros que os possui ; ou você se encontra em valores que existem potencialmente , mas que não foram ainda desenvolvidos a ponto de poderem ser reclamados como seus por direito.
Visto que o seu eu idealizado não admite que esses valores ainda precisam de desenvolvimento , você não os desenvolve e ainda assim os reclama para si como se estivessem plenamente maduros. Porque usa todos os seus esforços para concentrar-se nesses valores falsos ou imaturos , você não vê os valores reais. E porque você não pode vê-los , fica temeroso de abrir mão deles , com medo de então não ter mais nada. Assim os seus valores reais não contam , você não sente que eles existem , seja porque eles contradizem as exigências do seu eu idealizado , seja porque tudo o que vem naturalmente e sem esforço não parece real.
Você está tão condicionado a esforçar-se pelo impossível que não lhe ocorre que não há pelo que se esforçar , porque o que é realmente valioso já está lá. Mas quando você não utiliza esses valores , eles frequentemente quedam inertes. Isso é uma grande pena , pois afinal de contas você estabeleceu a auto-imagem idealizada porque não acreditava no seu verdadeiro valor. Porque constrói o eu idealizado e tenta ser esse Eu , você não pode ver em si mesmo aquilo que merece aceitação e apreciação.
A princípio , é doloroso desenrolar esse processo , pois a ansiedade , a frustração , a culpa , a vergonha , e assim por diante , têm que ser agudamente experimentadas. Mas à medida que prossegue com coragem , você vai obter uma perspectiva muito diferente de tudo. Finalmente , você começará a ver o seu Eu Verdadeiro pela primeira vez. Você verá as suas limitações. No início , será um choque ter que aceitar essas limitações que estão muito distantes do eu idealizado , mas à medida que aprende a fazê-lo , você começa a enxergar valores que nunca havia realmente visto , dos quais nunca esteve consciente. Então um sentimento de força e autoconfiança fará com que você visualize tanto a vida com a si mesmo de um modo muito diferente.
Gradualmente o processo de crescimento em direção ao seu Eu Verdadeiro se dará em você. Ele vai fortalecer a sua verdadeira independência , não a falsa , de forma que o fato de ser apreciado pelos outros não será mais o padrão para o seu senso de valor. A avaliação alheia só assume tamanha importância porque você não se avalia honestamente e , assim , a avaliação alheia torna-se um substituto. Quando você começa a confiar no seu próprio Eu e a gostar dele , o que as outras pessoas pensam a seu respeito não tem metade dessa importância. Você terá segurança interior e não mais precisará construir falsos valores com orgulho e pretensão. Você não se apoiará mais em um eu idealizado que não é realmente digno de confiança e que , por conseqüência , o enfraquece. A liberdade de abandonar esse fardo não pode ser descrita em palavras.
Mas esse é um processo lento : ele não vem da noite para o dia. Resulta do exame constante de si mesmo e da análise dos seus problemas , atitudes e emoções. Ao avançar nesse caminho, o seu Eu Verdadeiro e os seus reais valores e capacidades vão evoluir através de um processo de crescimento interno e natural. Sua individualidade então ficará cada vez mais forte. Sua natureza intuitiva se manifestará sem inibições , com uma espontaneidade natural e confiável.
É assim que você vai extrair o melhor da vida. Não com perfeição , não estando livre de todo fracasso , não excluindo a possibilidade de cometer erros. Contudo os fracassos e os erros ocorrerão de uma forma bem diferente do que era antes. Você combinará cada vez mais as atitudes de amor , poder e serenidade de forma saudável , em oposição à forma distorcida.
O amor não será um meio para alcançar um fim. Ele não será uma necessidade que o salva da aniquilação e , portanto , deixará de girar ao redor de si mesmo. Sua própria capacidade de amar vai combinar poder e serenidade. Ou , para colocar de maneira diferente , você vai se comunicar em amor e compreensão , ao mesmo tempo que será verdadeiramente independente. O amor , o poder e a serenidade não serão usados fornecer-lhe o respeito próprio que está ausente.
O amor genuíno , não centralizado em si mesmo , então não vai mais interferir com o poder sadio , que não é o poder do orgulho e do desafio , nem o poder do triunfo sobre os outros, mas o poder de dominar a si mesmo e às suas dificuldades sem provar nada a ninguém. Quando busca o domínio distorcendo o atributo poder ,você o faz para provar a sua superioridade. Quando obtém o domínio através do poder saudável , você o faz em nome do crescimento. Não ter o domínio ocasionalmente não representará uma ameaça como quando você estava em distorção. Isso não diminuirá o seu valor aos seus próprios olhos. Assim você vai realmente crescer com cada experiência de vida. Você vai aprender , realizar e obter o poder verdadeiro. Não existirá qualquer ambição , compulsão ou pressa distorcida.
A serenidade sadia não fará com que você se esconda das emoções da experiência , da vida e dos seus próprios conflitos ; o amor e o poder , nas suas formas divinas originais , vão dar-lhe um distanciamento saudável quando olhar para si mesmo , de forma que você se torne realmente mais objetivo. A verdadeira serenidade não equivale a evitar experiências e emoções que talvez sejam dolorosas no momento , mas que podem representar importante chave quando existe a coragem para atravessá-las e ver o que há por detrás.
Amor , poder e serenidade podem caminhar juntos. De fato, quando são saudáveis , eles se complementam uns aos outros. Mas eles podem causar a maior guerra em seu interior , caso distorcidos.
Possam estas palavras dar-lhe alimento , não apenas para pensamento , mas para percepção e compreensão ; que vocês possam assim avançar mais um passo para a luz e a liberdade. Prossigam no seu caminho de felicidade. Conquistem mais e mais força e permitam que nossas bênçãos e nosso amor os auxiliem e revigorem. Somos todos aprendizes da evolução.

SHAUMBRA e NAMASTÊ !!!
Fonte do Texto e Imagens:

quarta-feira, abril 18, 2012

Momento Espírita: Amor em família



Ele nasceu no ano de 1961, durante o governo de Mao Tsé Tung. Sexto filho de um total de sete.

A hora das refeições era sempre triste, conta ele. Porque sua mãe, muitas vezes, não tinha o que cozinhar.

Inhame seco era a base da alimentação pela maior parte do ano.

Ocasionalmente, havia pão de milho e farinha, artigos especiais e, por isso, guardados para oferecer a visitas importantes.

À hora das refeições, as sete crianças ficavam esperando que o pai começasse a comer.

Comiam inhames secos, cozidos na água ou no vapor, dia após dia, mês após mês, ano após ano.

Depois da primeira mordida do pai é que eles se serviam. Os pais comiam bem devagar, para que sobrasse mais comida para os filhos.

A mãe dizia aos filhos que deixassem a melhor porção para o pai, pois era ele quem garantia o sustento.

Mas o pai sempre arranjava desculpas e pedia que deixassem a melhor porção para a mãe.

Não fosse ela, enfatizava, nada teriam para comer senão “vento noroeste”.

Raramente comiam carne. Uma vez por mês, após enfrentar longas filas, podiam comprar um pedaço de porco gordo.

E Li Cunxin narra, em suas memórias, que numa tarde, sua mãe o mandou comprar carne no açougue da comuna onde moravam.

As filas eram enormes. Três filas. Ele esperou mais de uma hora e finalmente conseguiu comprar um pedaço pequeno de carne gorda de porco.

Saiu a correr e a saltar de felicidade por sua conquista.

Sua mãe cortou a carne em pedaços pequenos, igualmente feliz pela gordura que iria durar, com certeza, um bom tempo.

Naquela noite, quando foi servida a carne com acelga, todos podiam ver o óleo precioso flutuando no molho.

Um dos meninos encontrou um pedaço de carne de porco em sua porção.

Sem pestanejar, colocou no prato do pai. Este repassou imediatamente a carne para o prato da mãe.

Ela devolveu, dizendo:

Não seja tolo! Fiz a comida especialmente para você. Você precisa ficar forte para trabalhar!

Próximo ao pai, estava o filho mais novo. O pai olhou para ele, chamou-o pelo nome e disse:

Deixe-me ver os seus dentes.

Antes que alguém pudesse dizer alguma coisa, ele colocou o pedaço de carne de porco na boca do filho.

O silêncio que se seguiu foi quebrado apenas pelo longo suspiro da mãe.

Sempre era assim. Um raro pedacinho de carne em uma tigela de vegetais era passado de um para outro.

Os olhos famintos pediam mais. Mas nunca falavam. Todos sabiam que era difícil conseguir comida.

Não havia mais, simplesmente. E os pais não sabiam de onde viria a próxima refeição.

Assim era a vida naquela família, onde o pai trabalhava da madrugada ao entardecer, por miserável pagamento mensal.

Onde a mãe lavava, limpava, cozinhava, costurava e ainda ia trabalhar no campo, para conseguir um pouco mais de recursos.

***

Cuidado uns com os outros – é isso que o fato narrado nos ensina.

Será que em nosso lar estamos passando esses valores para nossos filhos: de se preocuparem com o irmão, conosco, seus pais?

Lendo a história da miséria vivida por Li Cunxin, podemos pensar que jamais seremos tão pobres, a ponto de disputar o alimento.

Não importa. O importante a ressaltar é que cultivemos o amor.

Esse amor que se demonstra em pequenos gestos, em preciosas doações.

Pode ser ofertar uma flor, um doce, um mimo. Pode, com doçura se resumir em fitar nos olhos o outro e perguntar:

Você está muito cansado? Como foi o seu dia? Que posso fazer para você se sentir melhor?

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita com base no cap. 1 do livro Adeus, China
– o último bailarino de Mao, de Li Cunxin, ed. Fundamento.
Em 02.06.2008

Momento Espirita


Foi num dia desses. Eram dois irmãos vindos da favela. Um deles deveria ter cinco anos e o outro dez. Pés descalços, braços nus. Batiam de porta em porta, pedindo comida. Estavam famintos.

Mas as portas não se abriam. A indiferença lhes atirava ao rosto expressões rudes, em que palavras como moleque, trabalho e filhos de ninguém se misturavam.

Finalmente, em uma casa singela, uma senhora atenta lhes disse: Vou ver se tenho alguma coisa para lhes dar. Coitadinhos. E voltou com uma caixinha de leite. Que alegria!

Os garotos se sentaram na calçada. O menor disse para o irmão: "Você é mais velho, tome primeiro..." Estendeu a caixa e ficou olhando-o, com a boca semiaberta, mexendo a ponta da língua, parecendo sentir o gosto do líquido entre seus dentes brancos.

O menino de dez anos levou a caixa à boca, no gesto de beber. Mas, apertou fortemente os lábios para que nenhuma gota do leite penetrasse. Depois, devolveu a caixinha ao irmãozinho: "Agora é a sua vez. Só um pouco", recomendou.

O pequeno deu um grande gole e exclamou: "Como está gostoso!"

"Agora eu", disse o mais velho. Tornou a levar a caixinha, já meio vazia, à boca e repetiu o gesto de beber, sem beber nada.

"Agora você". "Agora eu". "Agora você".

Depois de quatro ou cinco goles, talvez seis, o menorzinho, de cabelo encaracolado, barrigudinho, esgotou o leite todo. Sozinho.

Foi nesse momento que o extraordinário aconteceu. O menino maior começou a cantar e a jogar futebol com a caixinha. Estava radiante, todo felicidade. De estômago vazio. De coração transbordando de alegria.

Pulava com a naturalidade de quem está habituado a fazer coisas grandiosas sem dar importância.

Observando aqueles dois irmãos e o "Agora você, Agora eu", nossos olhos se encheram de lágrimas. Que lição de felicidade! Que demonstração de altruísmo! O maior, em verdade, demonstrou, pelo seu gesto, que é sempre mais feliz aquele que dá do que aquele que recebe.

Este é o segredo do amor. Sacrificar-se a criatura com tal naturalidade, de forma tão discreta, que o amado nem possa agradecer pelo que está recebendo.

Enquanto os dois irmãos desciam a rua, cantarolando, abraçados, em nossa mente vários ensinos de Jesus foram sendo recordados. Fazer ao outro o que gostaria que lhe fosse feito. O óbolo da viúva.

Amai-vos uns aos outros...

* * *

Coloca, nas janelas da tua alma, o amor, a bondade, a compaixão, a ternura para que alcances a felicidade.

Amando, ampliarás o círculo dos teus afetos e serás, para os teus amigos, uma bênção.

Faze o bem, sempre que possas. E, se a ocasião não aparecer, cria a oportunidade de servir. Deste modo, a felicidade estará esperando por ti.

Redação do Momento Espírita,

domingo, abril 08, 2012

PENSAMENTOS PARA SE DECIDIR ATRAVÉS DO SEU EU SUPERIOR

 


 

















Há uma perfeita relação entre a impressão que causamos nos outros e o domínio que adquirimos sobre nós mesmos. A intensidade dessa impressão depende do grau desse domínio. Além disso , nosso poder sobre o mundo exterior será proporcional ao poder que adquirimos sobre nossa própria natureza.
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A reação da maior parte das pessoas ao ambiente que as cerca e aos acontecimentos é geralmente impulsiva e quase sempre descontrolada. Assim , para elas o primeiro passo seria tomar consciência do que estão fazendo , e o segundo recusar-se a agir dessa maneira , quando a reflexão e a sabedoria indicarem um caminho melhor. Tudo isso implica o controle do ego e a disciplina de seus mecanismos – corpo , sentimentos e pensamentos – que as leva a utilizar esse ego com consciência e de modo eficiente.
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Quanto mais você puder internamente libertar-se das solicitações da vida diária , isto é , quanto mais puder ficar emocionalmente desapegado delas , transferindo seu interesse , amor e desejo para o Eu Superior , maior será seu poder de conseguir domínio sobre situações indesejáveis.
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Há algo divino dentro de nós que a teologia denomina Espírito e que , por ser também uma parte do poder maior do Universo , chamamos de Eu Superior. É realmente sábio aquele que o toma como seu verdadeiro guia e faz dele seu guardião protetor.
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Apesar de o ego ser tão depreciado , não é errado mas louvável que procuremos desenvolver nossa personalidade da melhor maneira possível e então fazer uso dela. O caráter pode ser purificado , as paixões controladas , as fraquezas superadas , a ignorância dissipada. Novas virtudes podem surgir e um novo poder ser desenvolvido. Podemos e devemos – para nosso próprio benefício e serviço ao mundo – fazer melhor uso de nossa personalidade.
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Para o materialista é impossível perceber que vivemos ,nos movemos e temos nossa existência em uma Mente Universal. Mas o sábio , conhecendo isso , tem também consciência de que essa vida universal cuidará de sua vida individual , na medida em que estiver aberto para isso e desenvolver uma visão ampla e generosa de sua relação com todas as outras vidas individuais.
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Muitas pessoas almejam a liberdade para escolher e decidir mas , na verdade , conseguem apenas o oposto : ser prisioneiras de seus próprios desejos. Esses desejos respondem mecanicamente às situações nas quais elas estão envolvidas e iludem-nas , fazendo-as crer que estão deliberadamente escolhendo entre aquelas situações. Os estados de ânimo e as emoções dessas pessoas alteram-se para melhor ou para pior cada vez que as circunstâncias externas mudam. Onde , então , estaria a liberdade ? Não estaria isso mostrando , mais propriamente , dependência ?
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Autoconfiança não é uma qualidade que possa ser transmitida a outros. Apenas com seu próprio exemplo é que você pode contribuir para isso.
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Em qualquer situação em que esteja envolvido com outras pessoas , não considere somente o seu próprio bem-estar , excluindo o dos demais , nem o deles em detrimento de seu. Faça o que for sábio e justo de acordo com as circunstâncias , levando em conta o bem-estar de todos e sendo guiado , em última instância , pela intuição impessoal do Eu Superior.
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Liberdade é uma palavra extraordinária cujo significado vai muito além da idéia que as pessoas comuns fazem dela. Não é livre quem está atado a preconceitos mesquinhos , fortes apegos , desejos incontroláveis e ignorância espiritual.
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Antes que possamos ajudar os outros ou influenciar o mundo , três coisas são necessárias : conhecimento , experiência e poder.
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Para conseguir essa força e obter essa sabedoria , você deve , paradoxalmente , seguir dois caminhos opostos. Primeiro deve , todos os dias , afastar-se completamente de suas atividades e observá-las de forma analítica e impessoal. Depois , deve mergulhar nessas atividades e utilizá-las como trampolim para alcançar níveis mais elevados. Por isso diz que nem a meditação , nem a ação são suficientes. Ambas são necessárias a você e uma não dispensa a outra. A meditação inspira e aspira. A ação expressa e testa .
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Aquele que possui o poder , mesmo que reduzido , de ajudar os outros não pode imaginar onde essa ajuda irá parar. Se ela trouxer algum benefício para alguém que você conhece , essa pessoa poderá , por sua vez , ajudar outra e assim por diante , em ondas que se propagam continuamente.
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O ego irá persistentemente levá-lo a esforçar-se para encontrar explicações para seus erros passados. Você deve escolher entre essa agradável ilusão e a desagradável realidade.
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Se você deseja estar em harmonia e cooperar com a ordem do Universo , cooperar e não lutar contra ela , deve deixar de impor o ego – o seu ego – sobre ela.
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Tenha cuidado para que seus oponentes não venham a perturbar o equilíbrio de sua mente. Consciente de que seus motivos são elevados , embora eles acreditem no contrário , e conhecedor dos verdadeiros fatos de uma situação , que eles interpretam erroneamente , você deve descobrir sua própria força , confiando que leis superiores cuidarão deles , enquanto procura evitar que seus pensamentos sejam afetados de forma negativa.
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Quando , apesar de todos os seus esforços , você perceber que não pode controlar o curso dos acontecimentos , aceite isso como sendo a vontade superior , seu destino compulsório. Quando for possível controlá-lo , procure ouvir e obedecer a voz interior sobre o que fazer.
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Esse trabalho tem como base um refinamento do caráter. Aquele que não possui tal desenvolvimento moral não terá controle sobre os poderes da mente quando estes surgirem como resultado desse treinamento. Em vez disso , esses poderes estarão sob o controle do ego e , mais cedo ou mais tarde , o indivíduo acabará prejudicando a si próprio ou a outras pessoas. A disciplina filosófica atua como uma proteção contra esses perigos.
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Há ocasiões , quando a roda da fortuna gira a seu favor , em que você pode avançar com ousadia e aproveitar a oportunidade. Porém , isso não acontece sempre e , nos períodos negativos , você deveria humildemente aquietar-se e nada arriscar.
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Há uma relação obrigatória entre nossos principais pensamentos e as ações e experiências mais importantes de nossa vida e isso é encontrado onde menos se espera : na esfera moral. Nossas más ações geram sofrimento não apenas para os outros mas , principalmente , para nós mesmos , ao passo que nossas boas ações nos trazem o retorno de um destino favorável. Não podemos escapar da ação dessa misteriosa lei de responsabilidade moral. A causa é a parte superior de uma roda cuja base é a conseqüência. Isso é verdade tanto individual como coletivamente. Quando , por exemplo , uma nação chega a acreditar que o conceito de certo e errado é falso , está fadada à destruição. A lei moral não é uma invenção da imaginação humana ; é uma realidade cósmica.
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Há um abuso de autoridade quando alguém tira vantagem dela para enaltecer seu próprio ego em detrimento dos que estão abaixo dele.
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Aqueles que vêem o altruísmo como o sacrifício de todos os interesses pessoais estão errados. Ser altruísta significa fazer o bem para todos , inclusive para nós mesmos , pois também somos parte do todo. Não nos tornaremos altruístas simplesmente deixando de cumprir os deveres para conosco.
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Nesses tempos difíceis , ao tentarmos ajudar outras pessoas – talvez nossos próprios filhos – deveríamos considerar a relação mais ampla dessas pessoas com o Criador , muito mais do que sua relação com o ambiente familiar , laços de filiação ou as situações incômodas e inesperadas que surgiram e que não podemos controlar. Oração e pensamento positivos ajudarão muito mais nesses casos do que qualquer coisa que possamos dizer ou fazer.
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O verdadeiro altruísmo , do tipo filosófico , não é realizado pela própria pessoa , mas por meio dela , não pelo ego , mas pelo Eu Superior , que utiliza esse ego. Poucos são os que atingem esse grau. A maioria das pessoas pratica o altruísmo mesclando-o a motivos egoístas ou , em outros casos , mascarando totalmente tais motivos , de maneira a não desfazer sua própria ilusão ou a dos outros.
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Se a autoridade julgou erroneamente , fez mau uso do poder ou serviu a interesses egoístas , tais coisas deveriam ser estudadas , seus motivos analisados com clareza e , se necessário , corrigidas ou refeitas. Essas , porém , não são causas suficientes para que se rejeite completamente a autoridade , pois quando representa a voz da experiência mental e física acumulada por muitos séculos , ela tem algo a oferecer que valha ao menos uma investigação imparcial. Porém , se for inescrupulosa , bárbara ou tirânica , justifica-se , então , que se insurja contra ela.
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Ambas as atitudes são necessárias para um bom resultado : a idealista , que anseia por um futuro novo e melhor , e a prática , que reconhece as limitações herdadas do passado.
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Nem sempre nos é dada a oportunidade de escolher simplesmente entre o bem e o mal. As situações que a sociedade humana organizada nos apresenta , não raro nos permite escolher apenas entre males maiores e menores.
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O que pode ser verdadeiro em um nível mais elevado – a não existência do mal , a realidade do Bem , da Verdade e da Beleza – torna-se falso no nível da dualidade. Aqui os poderes duplos , os opostos , existem , mantém o mundo em sua oscilação. Negar o mal relativo neste nível é confundir diferentes planos de existência.
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As forças obscuras e destrutivas existem na natureza e na vida. Colocá-las de lado , não levá-las em consideração e ignorá-las , é deixar em si próprio um ponto vulnerável.
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O mal surge apenas quando um ser perde-se na ilusão da separatividade e do materialismo e entra , então, em conflito com outros. Não há um princípio definitivo e eterno do mal, mas existem forças do mal , entidades invisíveis que se extraviaram e que são tão poderosas em si mesmas que trabalham contra a bondade , a verdade e a justiça. Porém , por sua própria natureza , tais entidades estão fadadas à destruição ; e mesmo seu trabalho de oposição , no final , é utilizado para o bem , tornado-se a força de resistência contra a qual a evolução testa suas próprias obras , a pedra na qual ela afia nossa inteligência , o espelho no qual ela aponta nossas falhas.
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Quando um ego enfrenta outro ego e nenhum dois se rende , não um ao outro , mas à verdade , ambos irão sofrer.
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Tão forte e profundo é o domínio que o ego exerce sobre você que a lisonja que reforça esse domínio é alegremente aceita , ao passo que a crítica que o enfraquece é rejeitada com irritação.
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Mantenha um equilíbrio constante e afirme o que é positivo na vida , mesmo quando você critica e protesta contra o que é negativo.
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Aquele que tiver de lidar com outras pessoas não pode permitir-se ignorar a duplicidade da natureza humana. Deixar de reconhecer isso conduz a conseqüências desastrosas. Não olhar tão-somente para o bem , nem apenas para o mal , mas permanecer emocionalmente desapegado ao reconhecê-los , é um atributo filosófico. Aquele que o possui não terá ilusão quanto à confusas motivações dos outros , mas , apesar disso , manterá a boa vontade com relação a eles. Assim deve ser , pois a fonte primária de toda a bondade irá inspirá-la diária e constantemente a sempre manter tal atitude.
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Para se fazer uma crítica construtiva a alguém e evitar que isso seja tomado como uma reprovação dever-se-ia formular cuidadosamente as frases , como se uma sugestão útil estivesse sendo feita e não um ataque.
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Se uma crítica é por vezes necessária para que experiências mais desagradáveis sejam evitadas , que ela seja feita por meio de uma sugestão construtiva da qualidade positiva oposta , não se mencionando a negativa. Mas se for pouco provável que ela seja aceita , e uma advertência franca for o único meio possível , então ela deverá ser feita humilde e diplomaticamente.
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Controle da palavra. São necessários muito tato e sabedoria para se falar francamente com alguém e fazer alguma crítica construtiva ou alguma correção necessária sem ferir o outro. Porém , mesmo na falta de ambos , um grande amor levará ao mesmo resultado.
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Devemos ver as pessoas não apenas como são hoje , mas também como serão em um amanhã evolutivo. Se ouvirmos a voz da experiência , tenderemos a nos tornar céticos. Já a voz do Eu Superior nos tornará otimistas. Uma avaliação perspicaz da humanidade deveria combinar essas duas perspectivas , reconhecendo e não negando graves defeitos e fraquezas , mas ao mesmo tempo sendo tolerante e indulgente.
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Aconselhar aqueles que enfrentam problemas a fugir deles para obter alívio não os ajuda realmente , embora pareça fazê-lo. Para quem aconselha , geralmente esse é um caminho mais fácil do que compeli-los a encarar a desagradável realidade da necessidade inexorável de remover a causa trabalhando em si mesmos , uma vez que o problema é só um efeito , tendendo a repetir-se no futuro.
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A menos que formule sua resposta às críticas de forma cautelosa , meticulosa , moderada , suave e digna , você irá criar reações violentas e intolerantes , pois poucos são os que buscam a verdade e muitos os interessados em opiniões parciais. É pelo caráter calmo , equilibrado e justo de sua resposta , pela ausência de amargura , que você deve demonstrar que atingiu um nível superior ao daqueles que o criticam.
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O primeiro passo para se lidar com alguém com quem seja difícil conviver , que seja irritadiço , impulsivo , crítico , propenso a rapidamente ofender-se , de gênio explosivo e mal-humorado, é controlar em si mesmo aquilo que você deseja que o outro controle nele ; é dar um exemplo por meio da autodisciplina , é estimular sua vontade superior e exprimir amor.
Quando for corrigir seus defeitos ou erros , lembre-se de que o que importa não é tanto o que você diz , mas como o faz. Se dito de maneira calma , gentil , bondosa e não-emocional , o que você disser será efetivo. Caso contrário , estimulará em seu ego antagonismo ou ressentimento e não obterá resultado satisfatório.
Todas as vezes que essa pessoa falar com você, não lhe responda imediatamente. Em vez disso , faça uma pausa , concentre-se nos perigos da situação e responda devagar , tendo especial cuidados em ser mais polido do que a circunstância exige. Se assim não fizer , o defeito do outro poderá imediatamente vir à tona e você também ficará suscetível a ele ; então , ambos irão manifestá-lo. Lembre-se de que perceber um defeito é um fator irritante para ele e é como um veneno para o relacionamento de vocês. Corrija-o por meio de sugestões e afirmações positivas sobre o que não fazer.
Em resumo , externamente seja polido e , internamente , entregue seu ego. Apenas dominando primeiro a fraqueza em você é que poderá esperar que o outro faça o mesmo. Se ele é uma vítima infeliz do seu temperamento , ou seja , de seu ego , lembre-se de que ele é uma alma mais jovem que a sua e controle-se,
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Seja grato àquele que o critica , quer se trate de um amigo ou inimigo , pois se a crítica for verdadeira essa pessoa lhe estará prestando um real serviço. Ela pode apontar uma falha em seu caráter que você há muito negligencia , com resultados desastrosos para você e para os outros. Suas palavras podem levar você a corrigi-la.
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Ser tolerante para com os que têm crenças e opiniões diferentes – o suficiente para entender quais são e o porquê delas – exige a capacidade de desapegar-se temporariamente das próprias crenças. Naturalmente, isso não deve , de maneira nenhuma , ser feito rejeitando-as , mas apenas deixando-as onde estão , enquanto você se põe no lugar do outro a fim de entender seu ponto de vista. Tal capacidade não pode ser adquirida sem suficiente humildade e ausência de egoísmo , tornando assim possível que se acolha , mesmo que por um único segundo ,um ponto de vista que nos desagrada.
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A tolerância para com os outros deve ir apenas até certo ponto ; se ela começar a nos afetar negativamente , devemos abster-nos de ir além.
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Calmamente reconheça que o sofrimento tem sua parte na tarefa de manifestar o plano divino , que as pessoas têm lições a aprender por meio dele que de outra forma não aprenderiam , e que esse sofrimento deveria , em tais casos , ser recebido com compreensão em vez de sentimentalismo neurótico. Encare o fato de que muitas pessoas não aprenderão por meio da razão , intuição ou ensinamento e que ninguém pode libertá-las de seus sofrimentos , a não ser elas mesmas. Qualquer outro tipo de libertação é falso. Muitos podem conseguir isso hoje e ver a mesma condição retornar amanhã. Em certas situações que exigem decisões firmes , você não deveria , por exemplo , demonstrar injustificável fraqueza acreditando estar sendo tolerante , nem submeter-se ao egoísmo anti-social supondo estar sendo amoroso , nem abandonar suas maiores responsabilidades sob pretexto de manter uma paz falsa e superficial com a ignorância que o cerca , nem passivamente aceitar um erro flagrante com a justificativa de que a vontade de Deus deve sempre ser aceita.
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Numa situação negativa , quando crítica e emoções se exacerbam , outras pessoas podem tentar envolvê-lo ou , pelo menos , persuadi-lo a apoiar sua atitude e endossar suas críticas. Um sentimento , porém , pode surgir impedindo-o de assim proceder. Nesse caso, obedeça-lhe e permaneça em silêncio. O tempo irá confirmar que esse é o caminho correto.
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O desejo de unificar os vários setores da vida , as diferentes crenças e atividades humanas – e a própria humanidade – é apenas um sonho. As diferenças existem e irão , com algumas modificações , assim permanecer mesmo sob a aparência de alguma animadora pseudo-Utopia de um mundo unificado ou de parte dele. Não há vantagem em negar tais diferenças , apenas auto-ilusão. A única união possível deverá advir da expansão interior , de um grande coração que não exclui nada nem ninguém ; ainda assim , não haverá uniformidade.
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Não dizer “não!” a outra pessoa quando toda a prudência , inteligência , cautela e experiência nos impedem a fazê-lo é simplesmente covardia moral e verbal.
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Se você precisar avaliar as motivações das pessoas e analisar seu caráter , faça-o somente para entendê-las , não para julgá-las. Não use isso para tagarelar sobre suas fragilidades pessoais.
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Em geral, não existe um único fator responsável por um determinado mal , nem um único remédio que possa curá-lo. Reformadores têm , quase sempre , uma única visão e desviam nossa atenção de pontos importantes para que nos fixemos num único por eles escolhido. Não há dúvida de que são bem-intencionados , porém tendem a ser perigosamente fanáticos.
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Tanto os conservadores que seguem a tradição quanto os progressistas rebeldes que se posicionam contra essa tradição podem ter algo válido a oferecer. Por que não admitir a verdade e examinar de maneira justa o que cada grupo apresenta ? Por que reagir imediatamente contra ou a favor das idéias , levando em consideração apenas a fonte da qual se originam ? É melhor para todos que haja boa vontade para acolher o outro , para que se possa ter uma visão global e só então tomar alguma decisão.
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Essas raras naturezas que demonstram boa vontade e irradiam tolerância que , com calma e sem esforço aparente , não se deixam afetar por situações que provocam indignação , nem por pessoas extremamente irritantes , representam um ideal. Este ideal é impossível e pode ser alcançado aos poucos , se você fielmente praticar a meditação construtiva sobre os benefícios da calma , bem como sobre as desvantagens da cólera.
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A capacidade de expulsar da mente os pensamentos negativos é tão valiosa que um esforço diário e deliberado nesse sentido realmente vale a pena. Isso é verdade , tanto no que diz respeito aos pensamentos criados pela própria pessoa, quando àqueles provenientes do mundo externo , sejam eles captados inadvertidamente de outras pessoas ou absorvidos em razão da suscetibilidade ao ambiente que a cerca.
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A mesma energia que é colocada em pensamentos negativos , tais como medo , mal , vingança e discórdia , que prejudicavam a própria pessoa , pode ser colocada em pensamentos positivos , tais como coragem , alegria , força , benevolência e calma , para seu próprio benefício.
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Se a natureza inferior não lhe permite manter esse estado de espírito de elevadas resoluções por muito tempo. Após alguns dias , ela já começa a desencorajá-lo , pois os velhos desejos , hábitos e tendências emocionais ainda estão presentes e passam a importuná-lo novamente. “Por que tentar?” , pergunta ela de forma desanimadora, “Por que atormentar-se inutilmente ? Com certeza você irá falhar no final.” Assim , ela cria a expectativa do fracasso e transforma sua elevada aventura em uma triste provação. Somente uma firme e vigilante determinação e uma abordagem correta trarão o consentimento interno para os novos hábitos disciplinares tão necessários ao sucesso. Apenas reeducando suas tendências e levando-as a adaptar-se de forma gradual ao modo correto de vida é que nossa natureza inferior pode ser vencida.
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Quando sucumbimos a estados de abatimento , desesperança e fraqueza , estamos condenados. Quando triunfamos sobre eles, estamos salvos.
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O pessimismo é derrotismo e suicídio psicológico. É filho do desespero e fonte de destruição.
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Devemos substituir em nossa mente todo impulso negativo por uma referência imediata à força do Eu Superior , todo pensamento pessimista por uma invocação à sua infinita bondade. Dessa maneira , elevamos nosso caráter , tornando-o mais nobre.
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Se você tiver o cuidado de cultivar em sua mente apenas pensamentos elevados , positivos e construtivos , se permanecer vigilante de forma a afastar todos os que forem negativos e destrutivos , essa simples técnica manterá sua mente sempre tão ocupada com os pensamentos e sentimentos corretos que você , aos poucos e sem dar conta , conseguirá eliminar os incorretos de forma total. Assim , seu caráter irá se transformar e aproximar-se de seus ideais.
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A maldade é fator dominante no mundo e às vezes as pessoas que aspiram ao bem tornam-se desencorajadas e deprimidas. É em tais momentos que elas necessitam recordar qualquer vislumbre que tenham tido da Realidade e lembrar-se de que todas as coisas passam , inclusive o mal.
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Por que agravar uma situação obscura ou difícil ? Não é suficiente ter de suportá-la e você ainda acrescenta a ela suas emoções negativas e pensamentos destrutivos ? Mantenha-os afastados.
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A menos que algum capricho do destino o coloque em uma situação pública na qual o dever e a responsabilidade o obriguem a fazer críticas e expressar idéias negativas , você deve preferir ressaltar o bem e a beleza , para irradiar harmonia.
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Um exercício útil de meditação é visualizar antecipadamente , por meio da imaginação , um encontro que provavelmente ocorrerá em um futuro próximo com uma determinada pessoa ou com pessoas com quem você trabalha , convive ou está associado , e que poderá resultar em provocação , irritabilidade ou ira. Visualize o fato com os olhos da mente , antes que ele realmente aconteça no plano físico e , de forma construtiva , imagine-se passando por ele de maneira calma , serena e controlada , exatamente como deveria ser ou como você gostaria que fosse naquela ocasião.
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Na proporção em que mantiver seu ego afastado de suas reações ante um inimigo , você estará protegido dele. Seu opositor não deve apenas ser tratado com calma e neutralidade , mas também com um perdão positivo e um amor ativo. Isso somente é possível quando há um elevado grau de compreensão. Esteja certo de que se você assim proceder , o bem no final emergirá. Mesmo se esse bem fosse apenas o desabrochar da capacidade latente de dominar as emoções negativas , já seria uma recompensa suficiente. Porém , é mais do que isso.
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Do grau de autoridade que você conferir ao Eu Superior dependerá o grau de poder que você receberá dele para vencer sua natureza inferior.
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É mais fácil resolver problemas e superar dificuldades quando os enfrentamos com uma atitude positiva e corajosa , e isso significa encará-los com alegria e esperança.
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Aqueles que conseguem se concentrar apenas nas dificuldades das situações com que se defrontam , nos perigos das soluções que lhes são oferecidas ou nos sacrifícios que elas demandam , jamais as resolverão.
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O hábito de recusar-se a aceitar as aparências do mal ou da ilusão e de penetrar as realidades do bem e da verdade faz vir à tona e revela a capacidade de purificar e curar essas aparências.
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Estamos sempre influenciando os anos vindouros com nossos pensamentos. A importância deles na formação do ambiente externo , o valor da imaginação para criar circunstâncias e o hábito de visualizar o tipo de vida a que aspiramos devem ser impressos e reimpressos em uma geração que tem de sair da perspectiva puramente materialista. Por esse duplo processo de nos voltarmos para nossa fonte divina e controlarmos nossos pensamentos , podemos começar a controlar nossa vida externa de maneira extraordinária.
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Você descobrirá o quanto seu ambiente e até seu trabalho são projeções de sua personalidade e dos pensamentos que contribuem para a sua formação.
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Aquilo que experimentamos internamente como pensamento deve , se for forte e bastante concentrado , manifestar-se externamente nos acontecimentos , no ambiente ou em ambos.
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Nossa existência como seres humanos está condicionada , e às vezes até dominada , pelas circunstâncias. Frequentemente gostaríamos de modificá-las , mas isso requer controle , e controle subentende poder , e poder depende de conhecimento. Essa é a justificativa apresentada pela filosofia. Quando compreendemos corretamente sua doutrina de que a mente constrói sua experiência , seu ambiente e seu mundo , entendemos estar implícito que uma transformação em nosso ambiente somente pode advir por meio de uma transformação do nosso modo de pensar. O pensamento é criativo ; suas características e qualidades estão continuamente nos influenciando e a nosso ambiente.
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Dificuldades internas e externas frequentemente estão relacionadas. O que parece ser uma situação crítica pode bem ser um ataque decisivo de certas forças malignas utilizando instrumentos humanos que estejam dispostos a isso. Em tal situação , você não deveria jamais deixar de resistir a isso , mas , pelo contrário , lutar contra elas tanto quanto possível. Ao mesmo tempo , deve lembrar-se de que se não houver suficiente autocontrole , você pode dar a essas forças do mal uma abertura que de outra maneira elas não teriam. Deve estar vigilante se desejar sair vitorioso dessa luta. Se você mesmo não se livrar dessa condição , sem se dar conta , irá erigir uma barreira que dificultará a intervenção da ajuda divina que lhe é enviada. Embora em tal situação seja compreensível tentar buscar alívio , por exemplo , no caminho fácil da bebida , você deve , no entanto , lembrar-se de seu dever para com sua vida espiritual , seus relativos interesses pessoais e para com os outros.
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Aquele cujo nome tenha se tornado bastante conhecido em certos círculos , ainda que limitados , de forma a tornar-se uma figura pública , deve precaver-se contra os perigos que cercam essa sua posição. Deve ser especialmente cauteloso com aqueles que tentam arrancar dele conversas confidenciais com o intuito de no futuro trair sua confiança.
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Embora deva dar o melhor de si para a vida externa , você não deveria entregar-se inteiramente a ela , mantendo em algum lugar em seu coração uma certa reserva , uma independência espiritual. É nesse lugar secreto que você deve reverenciar o Eu Superior , amá-lo e a Ele se render.
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Quando aprendemos a aceitar nossas próprias limitações e com elas seguir adiante , não só alcançamos maior paz , mas também uma ação mais efetiva , pois viver sonhando com coisas impossíveis de se realizar significa viver em vão.
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O Julgamento imparcial é uma qualidade se a pessoa for bem informada. Caso contrário , torna-se prejudicial.
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Levando-se em conta a fragilidade humana , a conduta das pessoas jamais deveria nos surpreender ou espantar. Ao não esperarmos demais delas , evitamos amargura e desapontamentos desnecessários.
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A tolerância é necessária se quisermos viver em sociedade com um mínimo de harmonia. Para o filósofo , ela surge facilmente como resultado natural de sua evolução. Porém , não deve ser praticada em detrimento dos igualmente necessários atributos da prudência e cautela. Há um ponto em que ela deve cessar , e a partir do qual ela acarretará mais mal do que bem.
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Isso é o que você de vê aprender – e só pode ser aprendido pela experiência e não por meio de livros : como manter um perfeito equilíbrio entre a abertura para o seu centro sagrado e a eficiência em atender as exigências do mundo. Isso é responder ao chamado De Jesus para estar no mundo sem ser do mundo , a união da atividade exterior com a quietude interior.
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Dessa calma profunda valiosas qualidades emergem : coragem ante as vicissitudes da vida , força quando há batalhas a serem vencidas e sábia percepção quando problemas surgem.
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À medida que o centro de sua consciência se transfere para níveis mais profundos do ser , a paz mental torna-se cada vez mais constante. Isso por sua vez influencia a maneira com que você lida com suas atividades no mundo. A impaciência e a ignorância desaparecem , a raiva que a maldade provoca é disciplinada , a falta de coragem diante das adversidades é controlada e o stress gerado pelas pressões diminui.
                                                                  --&--
É necessário a todo custo , em qualquer situação , cultivar uma profunda calma para que suas emoções jamais o tomem de surpresa. Você deve sempre manter seu autocontrole , de modo que nenhuma situação o encontre internamente despreparado para ela.
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Assim como um espelho de face plana irá devolver de maneira correta uma imagem do que quer que seja posto à sua frente , uma mente devidamente aquietada registrará objetos , criaturas e pessoas tais como são e não deturpados por distorções , preconceitos ou expectativas. Aquele cujo ser for purificado , controlado e concentrado será capaz de viver no mundo e ainda assim não pertencer a ele , de passar pelas experiências e acontecimentos terrenos e ainda assim não ser por eles afastado de seu centro de quietude.
                                                                --&--
Pela prática você aprenderá a disciplinar suas próprias reações emocionais diante de qualquer situação , por mais provocativa ou irritante que possa ser. O cultivo da calma interior e da neutralidade deverá ser estabelecido como uma meta necessária.
                                                                   --&--
Mesmo que uma situação se torne bastante crítica , não se desespere. A primeira coisa a fazer , depois do choque inicial , deveria ser restabelecer e manter a calma ; o segundo , refletir sobre o que fazer – uma questão para a qual você deveria contar não apenas com a mente , mas também com a intuição.
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Problemas atuais devem ser postos mentalmente a uma distância tal que permita que a calma interior seja restabelecida ; assim poderão ser tratados de forma muito mais adequa
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A quietude tem poderes mágicos. Ela acalma , cura , instrui , guia substitui o caos e o tumulto pela ordem e harmonia.
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Um segredo para preservar a quietude ao retornar à atividade externa é não se deixar apressar , nem mesmo parecer apressado. Cultive sempre uma atitude tranqüila.
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Um acontecimento inesperado e desagradável que pode surpreendê-lo a ponto de fazer com que você perca o controle é outra possibilidade para a qual uma mesma regra se aplica – levante-se após cada queda.
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A melhor maneira de encontrar a paz , quando estiver perturbado por um problema ou situação difícil , é afastar-se do turbilhão de pensamentos e voltar-se para o silencioso centro interior. Quando for encontrado e antes de deixá-lo , peça a ele a orientação necessária. Deixe que ele guie aqueles pensamentos.
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Como obter domínio sobre circunstâncias desfavoráveis das quais você não é capaz de fugir ? Só há um caminho e ele está totalmente dentro de você. Afaste seu pensamento de tais circunstâncias e fixe sua mente no radiante Poder em seu interior. Assim , você será elevado.
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Há situações extremamente difíceis e circunstâncias que podem parecer impossíveis de suportar. É então que aqueles que aprenderam a se recolher em seu interior , a se voltar para sua fonte , podem encontrar auxílio e força.
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A quietude não pode ser comparada a um vão e indolente devaneio. É dinâmica , criativa e curadora. A presença de alguém capaz de atingi-la é uma dádiva , uma benção para todos , apesar de a maioria nem perceber isso.
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Ao voltar a mente em direção ao Divino em seu interior , quando na presença de pessoas discordantes , você silencia pensamentos agressivos e afasta sentimentos dolorosos. Essa prática de se voltar frequentemente para o próprio centro é necessária , não apenas para o crescimento espiritual , mas também para a autoproteção. Tudo e todos à nossa volta exercem forte influência sobre nossa mente , e esse é o melhor meio de livrar-se desse fluxo incessante de sugestões.
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É esse trabalho no Silêncio que alcança os níveis mais profundos e que no final traz os maiores resultados. O mundo não entende isso , o que explica suas atividades ruidosas e superficiais responsáveis pelo caos e a desordem de nossa época.
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SHAUMBRA e NAMASTÊ !!!


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Reflexão

Estou aprendendo que a maioria das pessoas não gostam de ver um sorriso nos lábios do próximo.Não suportam saber que outros são felizes... E eles não! (Mary Cely)