Herbário Póetico

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domingo, agosto 14, 2011

São Roque


Padroeiro dos inválidos, cirurgiões, protetor do gado, contra doenças contagiosas e a peste.



Significado do nome: eremita, homem grande e forte



Originário de família nobre, distinta e abastada, São Roque nasceu em Montpellier, na França, em 1295.
Seu nascimento teve o significado de um grande dom de Deus e fruto das orações de seus pais. Libéria, sua mãe, mulher virtuosa, era devotada de Nossa Senhora, a quem recorreu, pedindo a graça de ter um filho, apesar de sua idade avançada. Foi atendida em seu anseio e dedicou-se com cuidado à educação de Roque, incutindo-lhe desde cedo a devoção à Nossa Senhora.

Perdeu os pais entre os quinze e vinte anos, herdando um enorme patrimônio. Mas as aspirações de Roque eram por outra herança: queria viver na pobreza, imitando a Cristo.
Assim, inclinado para a piedade, repartiu entre os pobres, em segredo, tudo o que pode colher de suas rendas. Como a idade não lhe permitia dispor nem alienar seus bens de raiz, confiou-os a um tio, partindo sem nada para Roma, mendigando pelo caminho.
Chegando a Toscana, em Aguapendente, viu a grande mortalidade causada pela peste. Levado pelo desejo de ser útil aos empestados, pediu permissão ao administrador do hospital para assistir aos doentes, o que lhe foi permitido.
Logo que Roque se meteu entre os empestados, cessou a epidemia da doença naquela cidade. O mesmo se deu em Cesena e outras localidades; dizia-se que a peste fugia de Roque.
Tomando conhecimento de que a epidemia chegara a Roma, Roque partiu imediatamente. Lá chegando, foi ouvido em confissão pelo cardeal Britânico que então tomou conhecimento dos dons que o Santo possuía. Pediu-lhe para que suplicasse a Deus pelo fim do flagelo que atingia a cidade. Roque fez a oração e sentindo que alcançara a graça, convidou o cardeal a agradece-la juntamente com ele. Mas esse fato se creditou à virtude do Santo.
Permaneceu em Roma por três anos, praticando a caridade na assistência aos enfermos. Ao retornar à França, foi passando por localidades da Itália, onde já havia estado. Ficou por alguns anos nas cidades da Lombardia, tratando os doentes a quem, muitas vezes, curava com o sinal da cruz.
Em Piacenza (Palencia), acabou por contrair a doença. Certa noite despertou com febre e dor aguda na perna esquerda, o que o fazia gritar. A violência do mal não lhe permitia tranqüilidade interior. Para não perturbar com seus gritos os outros doentes do hospital, dirigiu-se para fora da cidade, à entrada de um bosque, onde encontrou uma pequena choça que lhe serviu de abrigo. Esse foi seu refúgio para não perturbar ninguém.
Com a graça de Deus, Roque viu brotar perto da cabana, um manancial de água cristalina. Com ela, sentia mais alívio, ao lavar suas feridas. Se não fosse um cão que todos os dias lhe trazia pão roubado da mesa do dono, teria morrido de fome. O dono do cão, intrigado com a regularidade com que este lhe roubava o pão, seguiu-o certa vez, pela floresta, encontrando Roque, de quem tornou-se amigo, fazendo o possível para ajuda-lo.

Curado da peste, Roque dirigiu-se para à França a fim de liquidar o restante de seus bens. Montepellier estava em guerra civil quando lá chegou. Tido como espião, foi levado à presença do governador que era seu tio. Diante dele, sequer afirmou sua identidade. Ninguém o reconheceu, pois os anos e a vida que levara alteraram-lhe a fisionomia e a aparência. Preso, ficou num calabouço escuro durante cinco anos. Seu alimento era pão e água, passando os dias em oração. Sua consolação estava em Deus e na Virgem Maria.
O carcereiro da prisão admirava-se da extraordinária paciência do Santo e considerava-o diferente dos outros presos.
Sentindo que a própria morte se aproximava, Roque pediu a presença de um sacerdote para se confessar e comungar. Por tudo o que disse, o confessor notou que aquele era um homem extraordinário e comunicou suas impressões ao governador. Este, porém, desconsiderou a apreciação do sacerdote.
Completamente abandonado Roque, falecia pouco depois. Era o dia 16 de agosto de 1327. Ao descer ao calabouço, o carcereiro viu uma luz muito brilhante saindo pelas brechas da cela. Abriu a porta e encontrou Roque morto, estendido no chão.
Difundiu-se pela cidade, rapidamente, a notícia de que havia falecido um Santo na prisão. Muitas pessoas dirigiram-se para lá. Entre os visitantes, estava também sua avó, que reconheceu o corpo de Roque por uma mancha cor de vinho, em forma de cruz, que ele tinha no peito.
Ao ter conhecimento de que o morto era seu sobrinho, o governador ficou inconsolável pela dureza com que o tratara e providenciou suntuosos funerais. O corpo de Roque foi conduzido triunfalmente pelas ruas da cidade, acompanhado de clero, nobreza e povo.
Em seu nome, logo aparecerem diversos e prodigiosos milagres. Durante o Concílio de Constança, em 1414, São Roque foi invocado contra a peste que tomara conta da cidade. A partir dessa data, o culto de São Roque se estendeu por toda a Europa, particularmente à Itália e à Flandres. Este culto foi solenemente confirmado pelo Papa Urbano VIII e por dois decretos da Sagrada Congregação dos Ritos de 16 de julho e 26 de novembro de 1629.



Relíquia

Venera-se na igreja matriz da cidade de São Roque uma parcela do braço de São Roque. Essa relíquia foi concedida à nossa igreja, em 1953 pelo eminentíssimo cardeal Adeodato Piazza. Acha-se ela encerrada em artístico relicário feito em Milão ( Itália ). Dignos de nota são os três medalhões ( de puro esmalte ) que ornam o pé do relicário: o primeiro é o mapa do Brasil - o segundo é o mapa do estado de São Paulo com o município de São Roque representado por um cacho de uvas - o terceiro é o escudo da Ordem dos Carmelitas Descalços, a cujos cuidados estava confiada.



Oração à São Roque

Glorioso São Roque, alcançai-nos de Cristo Nosso Senhor as graças que nos são necessárias para vivermos dignamente a vida cristã.
Aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade.
Seguindo o Vosso Exemplo queremos amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como Cristo nos mandou.
Queremos ajudar aos pobres, aos doentes, aos necessitados de toda a espécie, como vós mesmo o fizestes.
E que um dia, na glória do céu, nós possamos, convosco, gozar da vida eterna. Amém.



Oração à São Roque - Para alcançar a cura em qualquer enfermidade

Ó inefável padroeiro nosso, São Roque, pela ardente caridade com que amastes o próximo nesta terra, chegastes a expor vossa própria vida para assisti-lo nas necessidades e doenças, especialmente nas moléstias contagiosas. Oh! Fazei que estejamos sempre livres dessas terríveis enfermidades e livrai-nos da peste ainda perigosa que é o pecado. Amém.

http://www.igrejaparati.com.br/santos_-_s%C3%A3o_roque.htm

Diferenças entre Umbanda, Candomblé e Quimbanda


Diferenças entre Umbanda, Candomblé e Quimbanda


Este é um artigo sobre Diferenças entre Umbanda, Candomblé e Quimbanda. Aproveite também para conhecer alguns produtos relacionados ao caminho da mão esquerda.

Candomblé, Quimbanda [ou Kimbanda], Umbanda: estas são as principais denominações entre as religiões afro-brasileiras.

Alguns, negam a estas crenças o status de "religião":
1. porque não se enquadram na idéia de "religião oficial";
2. porque são praticadas por minorias sociais.

No Brasil, embora muito se fale do Candomblé e da Umbanda, os números oficiais, do IBGE, não deixam qualquer dúvida quanto a essa condição de minoria que é uma realidade das religiões afro-brasileiras.

No censo de 2000, em uma população que ultrapassa 160 milhões de habitantes, pouco mais de 525 mil pessoas se declararam adeptas do Candomblé e da Umbanda, embora outros tantos milhares de não-adeptos freqüentem terreiros e tendas como "clientes".

Os dados também revelaram que existem mais Umbandistas que "candomblezistas"... [Umbanda: 397.431 ─ Candomblé: 127.582, em universo onde mulheres são a maioria... meditemos...]. Sobre os clientes, escreve Reginaldo Prandi:

"[O candomblé] ...como agência de serviços mágicos... oferece ao não-devoto a possibilidade de encontrar solução para problema não resolvido por outros meios, sem maiores envolvimentos com a religião. [O cliente é] ...consumidor de serviços mágicos que a religião oferece também aos não-devotos, sob pagamento... - [PRANDI, p 12]...

E sobre as religiões afro-brasileiras como minorias, comenta Prandi:

"Em 2001, Ricardo Mariano, analisando o crescimento evangélico, em sua tese de doutorado, fez uma descoberta sensacional. Descobriu que as religiões afro-brasileiras estavam perdendo fiéis... E apontou como razão o enfrentamento com as igrejas pentecostais [[os evangélicos, até porque os pastores se apropriaram de rituais do candomblé ou adaptaram esses rituais como o descarrego, o banho com a rosa branca, os passes e juntaram tudo isso com o apelo à figura de Jesus Cristo!]. ...Pode-se ver que a perda de fiéis do conjunto afro-brasileiro se deve ao encolhimento da Umbanda. Como o pequeno crescimento do Candomblé não é suficiente para compensar as perdas umbandistas, o conjunto todo se mostra, agora, debilitado e declinante diante do avanço pentecostal." [PRANDI, p 17/18]

No imaginário popular, especialmente daqueles pouco informados sobre estas religiões, Candomblé, Kimbanda, Umbanda não "tudo a mesma coisa", "tudo macumba!", não reconhecendo cada uma como credo distinto, como se não houvesse diferença entre suas teologias, liturgias e origens históricas. Porém, o estudo, ainda que superficial revela que as três não se confundem; ao contrário, diferem significativamente em suas características essenciais e o único fato que têm em comum é a adoção de elementos da cultura religiosa afro-brasileira e, por brasileira, entenda-se catolicismo no molde português colonial.


Diferenças em Linha Gerais

Candomblé, Quimbanda e Umbanda distinguem-se:

1. pelas natureza das entidades cultuadas e/ou invocadas/evocadas;
2. pelos procedimentos do culto;
3. pelos elementos culturais componentes do sincretismo;
4. e, finalmente, pelo uso que se faz das forças metafísicas acionadas.

Considerando estes aspectos, notar-se-á, imediatamente, que o Candomblé difere da Quimbanda e da Umbanda de forma mais enfática enquanto Quimbanda e Umbanda são muito mais próximas.

No Candomblé, os cultuados, os Orixás [ou Orijás] são considerados deuses; na Quimbanda e na Umbanda, ainda que o culto também invoque e evoque Orixás, estes são considerados meros espíritos ancestrais mais antigos ao lado de numerosas outras entidades representativas de ancestrais mais modernos e/ou contemporâneos.

No Candomblé, os deuses, desde de sua origem em terras africanas, também são ancestrais porém sua antiguidade remonta a tempos imemoriais. São como os heróis e deuses gregos, grandes reis, guerreiros e personagens que viraram mitos, foram mitificados e, assim, alcançaram a condição de divindades. O mesmo processo que originou o panteão greco-romano. Muito além da fantasia popular, os deuses gregos também foram personagens fundadores de Civilizações, de um tempo antediluviano, como Poseidon [ou Netuno] que, segundo a tradição relatada por Platão, em Crítias, foi o último rei Atlante da última grande ilha remanescente da lendária Atlântida.

Na Quimbanda e na Umbanda, os ancestrais são vistos como antepassados mesmo, pessoas mortas, homens e mulheres proeminentes e/ou sábios ou, ainda, perversos. São Espíritos que baixam no culto [evocação, sem incorporação] ou incorporam nas pessoas [invocação] a fim de atuar no mundo dos vivos.

A Umbanda reivindica propósitos sempre voltados para o bem, com um discurso claramente cristão. A Quimbanda, embora seus teóricos neguem, é fortemente associada à magia negra, aos trabalhos para o mal e, além de para espíritos humanos desencarnados, como na Umbanda, também se utiliza de seres não-humanos: larvas [criações da mente dos sacerdotes-magistas], demônios [Espíritos obcessores] e elementais.

Nas palavras do místico e escritor José Romero Romeiro Abrahão:

"A Quimbanda é um culto mágico às Entidades malévolas, denominadas Exus, Quimbandeiros... Em geral, na Quimbanda só se trabalha para o mal de alguém ou então para submeter uma pessoa à vontade da outra".

Morte Subita coloca a sua disposição uma série de artigos onde são descritas as particularidades de cada uma das três religiões afro-brasileiras.

Leia mais na fonte do site Morte Súbita - http://mortesubita.org/jack/cultos-afros/teoria/diferencas-entre-umbanda-candomble-e-quimbanda/view



UMBANDA / CANDOMBLE

Umbanda

A palavra Umbanda é um vocábulo sagrado da língua Abanheenga, que era f alada pelos integrantes do tronco Tupy.

Diferentemente do que alguns acreditam, este termo não foi trazido da África pelos escravos.

Na verdade, encontram-se registros de sua utilização apenas depois de 1934, entre os cultos de origem afro-ameríndia.

Antes disto, somente alguns radicais eram reconhecidos na Ásia e África, porém sem a conotação de um Sistema de Conhecimento baseado na apreensão sintética da Filosofia, da Ciência, da Arte e da Religião.

O termo Umbanda, considerado a "Palavra Perdida" de Agartha, foi revelado por Espíritos integrantes da Confraria dos Espíritos Ancestrais. Estes espíritos são Seres que há muito não encarnam por terem atingido um alto grau de evolução, mas dignam-se em baixar nos templos de Umbanda para trazer a Luz do Conhecimento, em nome de Oxalá - O Cristo Jesus. Utilizam-se da mediunidade de encarnados previamente comprometidos em servir de veículos para sua manifestação.

Os radicais que compõem o mote UMBANDA são, respectivamente:

AUM - BAN - DAN

Sua tradução pode ser ncomprovada através do alfabeto Adâmico ou Vattânico revelado ao Ocidente pelo Marquês Alexandre Saint-Yves d'Alveydre, na sua obra "O Arqueômetro".

AUM significa "A Divindade Suprema", seu símbolo sendo amplamente conhecido:

BAN significa "Conjunto ou Sistema", em Adâmico é representado da seguinte forma:

DAN significa "Regra ou Lei", sua expressão gráfica apresenta-se como se segue:

A união destes princípios radicais, ou AUMBANDAN, significa "O Conjunto das Leis Divinas", sintetizado no sinal abaixo:

Portanto, o AUMBANDAN ou Conjunto das Leis Divinas é a Proto-Síntese Cósmica, encerra em si os princípios geradores do Universo, que são a Sabedoria e o Amor Divinos. Estende-se ao Ser Humano como a Proto-Síntese Religio-Científica que contem e dá origem aos quatro pilares do conhecimento humano, ditos como filosofia, ciência, arte e religião.

Pelo acima exposto, entendemos que a Umbanda é patrimônio dos Seres Espirituais de Alta Evolução que governam o Planeta Terra, os Seres Humanos encarnados e desencarnados são herdeiros deste Conhecimento-Uno. Entretanto, a aquisição deste conhecimento cósmico depende de condições ou pré-requisitos que o indivíduo deve possuir para que possa compreender a extensão e significado deste patrimônio. Deve ser, também, capaz de participar efetivamente da marcha evolutiva do Planeta como um espírito de horizontes largos e consciência cósmica.

Ao processo de amplificação da consciência que conduz à integração do Ser neste contexto denomina-se Processo Iniciático ou Iniciação, no qual o pretendente busca o início das Causas e Origens do nosso Universo a partir do conhecimento de si mesmo e das Leis que regem o Macrocosmo.

O Movimento Umbandista é um Movimento Filo-Religioso que visa resgatar o Conhecimento - UNO ou AUMBANDAN, sua divulgação é estimulada pelo Círculo Cósmico de Umbanda e seus aspectos internos ou iniciáticos tem suas raizes fundadas na Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino, um Templo-Escola da Alta Iniciação de Umbanda.


História do Movimento Umbandista no Brasil

O Movimento Umbandista é um movimento filo-religioso surgido no final do século XIX , no Brasil, quando entidades espirituais, integrantes da Confraria dos Espíritos Ancestrais, passaram a manifestar-se, pela mediunidade, em rituais de cultos praticados por Africanos e Indígenas, miscigenados com elementos do catolicismo introduzidos pela Raça Branca.

Na verdade, a eclosão do Movimento Umbandista foi decorrência das necessidades cármicas que fizeram reunir, no solo brasileiro, representantes das raças branca, amarela, negra e remanescentes da vermelha. Assim, o Brasil possibilitou o encontro de coletividades que alimentavam rivalidades entre si e, de alguma forma, mantinham em seus sistemas religiosos, fragmentos do Conhecimento Verdadeiro usurpado pela humanidade em sua odisséia terrena.

O Brasil, conhecido pelos índios pré-cabralinos como BARA - TZIL ( Terra da Cruz ou Terra da Luz) , deveria ser o local do surgimento do Movimento Umbandista porquê, originalmente, havia recebido a revelação do Aumbandan na época dos Lêmures, no apogeu da Raça Vermelha, no Tronco Tupy. Foi aqui também que a Tradição foi deturpada em sua essência, consubstanciando-se na Cisão do Tronco Tupy nos grupos Tupy-Nambá e Tupy-Guarany que defendiam, respectivamente, o Princípio Espiritual e o Princípio Natural. Embora os Tupys tenham, algum tempo depois, voltado ao seu caminho evolutivo original, os resultados de sua Cisão ainda se fazem sentir até hoje, persistindo na mentalidade humana o dilema entre o Espírito e a Matéria.

Aqueles seres do Tronco Tupy não mais encarnam no Planeta e mesmo poderiam partir para outros locais mais evoluidos do Universo, entretanto, optaram por trabalhar em prol da Humanidade, auxiliando-a a encontrar sua via justa de evolução, restabelecendo a Tradição-Una, o Aumbandan.

Para servir a este propósito, o Governo Oculto do Planeta, no momento adequado, lançou as sementes do Movimento Umbandista, visando inicialmente o Brasil, para futuramente revelar os aspectos cósmicos da Doutrina para todos os povos. E assim, por dentro dos cultos degenerados de várias raças existentes no Brasil, passaram então a manifestar-se pela incorporação, os Espíritos Ancestrais da Humanidade que se apresentavam, inicialmente, na forma de Indios e, depois, também na forma de Pretos-Velhos e Crianças. Apresentavam-se desta forma para atingir mais facilmente a coletividade brasileira, que se identificava, sincreticamente, com estes arquétipos da Simplicidade, da Humildade e da Pureza.

O aparecimento destas entidades veio a configurar as bases do Movimento Umbandista, que recebeu uma primeira organização ritualística a partir de 1908, com o médium Zélio Fernandino de Moraes, tomando o nome inicial de Alabanda e, depois, de Umbanda. Quase 50 anos transcorreram até que, em 1956, o famoso Médium W.W. da Matta e Silva revelou ao público os primeiros aspectos da Doutrina Esotérica de Umbanda marcando a história com o livro Umbanda de Todos Nós.

Atualmente o Movimento Umbandista conta com uma coletividade estimada em 70 milhões de adeptos e simpatizantes, entretanto, números mais precisos sobre esta população são de difícil aquisição devido à própria estrutura do Movimento Umbandista.

Esta estrutura comporta uma infinidade de Terreiros ou Templos com rituais diferentes entre si, consequentes de uma maior ou menor assimilação sincrética de elementos de outras culturas e sistemas filo-religiosos. Este sincretismo visa estabelecer uma ponte de ligação que permita a transição gradual de indivíduos oriundos de outros sistemas para a Umbanda.

Embora o panorama geral propiciado por estas variações ritualísticas possa parecer heterogêneo, esta foi uma estratégia utilizada pelos espíritos da Confraria Cósmica de Umbanda como forma de minimizar as desigualdades sociais e discriminações de qualquer origem. Portanto, o Movimento Umbandista é capaz de receber indivíduos com características e concepções sobre a espiritualidade muito variadas; para cada um deles haverá um Terreiro ou Templo que mais se adapte ao seu nível consciencial.

Como elemento de ligação dos diversos templos, encontra-se a mediunidade através da incorporação de espíritos que se apresentam nas três formas arquetipais de "Caboclos", "Pretos-Velhos" ( mais adequadamente chamados de Pais-Velhos ) e "Crianças". Estas Entidades procuram impulsionar, paulatinamente, as pessoas que procuram os terreiros para patamares superiores de compreensão de si mesmos, do Mundo Material e do Mundo Espiritual. Obviamente, quanto mais sincrético for um terreiro, mais distanciado estará da Essência e mais preso estará à Forma. Mesmo naqueles templos onde predominam a busca da Essência e a verdadeira Iniciação de Umbanda, os rituais abertos ao público apresentam apenas uma ínfima parte da Doutrina, por respeito e caridade aos consulentes, guardando para o interior do Templo os fundamentos que esperam o momento certo para serem revelados.

A partir de 1989, com o lançamento da obra Umbanda - a Proto-síntese Cósmica, que mostrou ângulos inéditos da Umbanda, foi inaugurada uma nova fase do Movimento Umbandista, revelando-se o caráter cósmico desta doutrina. Os rituais dos diversos templos vêm-se modificando, mais adequados à tendência da globalização, que certamente consolidará um Mundo sem fronteiras para os habitantes do Planeta Terra, estabelecendo seus laços de ligação não apenas pelo comércio de bens materiais, mas principalmente pela comunhão de valores espirituais.


Aspectos Básicos da Doutrina de Umbanda

Uma visão geral dos vários tipos de ritual, encontráveis nos terreiros de Umbanda, não mostra prontamente a Doutrina de Umbanda. Isto se deve à presença do sincretismo que mascara a verdadeira Doutrina, de forma a se adaptar às necessidades da população que freqüenta os templos afins. Os princípios que servem de base para todo o Movimento Umbandista são sensíveis, especialmente, nos Templos Iniciáticos e nos rituais internos de alguns terreiros, onde se percebe um interesse maior na busca da evolução espiritual, sem os véus da ilusão ditados pelo mito.

Partindo desta observação, podemos obter duas informações preciosas: A primeira é que, se fôssemos tentar compor uma Doutrina consistente, a partir das manifestações sincréticas, seria impossível atingir um quadro coerente, e mesmo que fosse possível, o mesmo ainda estaria absolutamente distante dos ensinamentos transmitidos pela "corrente iniciática". A segunda informação importante é a de que, excluindo-se as manifestações do sincretismo nos diversos terreiros de Umbanda, é possível isolar determinados pontos de semelhança e conceitos compartilhados, que apontam para um sistema lógico, inicialmente insuspeitado, que encontra-se velado pelo caos aparente.

Dentre as semelhanças existentes entre os diversos terreiros ressalta-se a presença de Seres Espirituais da Corrente Astral de Umbanda que se manifestam pela incorporação nas formas de "Caboclos", "Pretos-velhos" e "Crianças". Este pode-se considerar o ponto básico que serve até como qualificador da doutrina professada por determinado núcleo espiritualista. A homogeneidade no encontro deste fator que eclodiu em coletividades distintas e fez surgir o Movimento Umbandista, leva à conclusão que a Doutrina de Umbanda é fruto da revelação destas entidades através de seus médiuns e não o resultado de uma miscigenação de cultos afro-ameríndios.

A partir desta pedra angular, constrói-se toda a Doutrina de Umbanda, fundada no Tríplice Caminho constituído pela Doutrina Mântrica, pela Doutrina Yântrica e pela Doutrina Tântrica que velam o mistério da Cosmogênese. Todos os processos relacionados à evolução dos Seres Espirituais no Reino Natural são observados à luz destes princípios ternários e através da lei das analogias, aplicados desde o nível microssomático até o macrocósmico.

As entidades que se apresentam na Umbanda vêm personificar a Simplicidade, a Pureza e a Sabedoria, em nome de Oxalá - o Cristo Jesus - o Tutor Máximo do Planeta Terra. Através de seus conselhos, exemplos e mesmo da movimentação das forças naturais, conseguem acender a chama da Fé no coração dos consulentes que procuram os templos de Umbanda. A partir da Fé e da Razão incutem, gradualmente, na coletividade planetária, a compreensão dos mecanismos da reencarnação, das Leis Cármicas, das atrações por afinidade e sintonia e ensinam-nos os meios para caminhar seguramente em direção da nossa própria essência espiritual.

Estas Entidades de grande evolução, na verdade, são nossos Ancestrais Primevos, os primeiros seres a encarnar no Planeta Terra e que eram senhores do Conhecimento Integral já na época de suas encarnações, anteriores aos Atlantes. Toda a Sabedoria Planetária revelou-se como Aumbandan e deu origem, posteriormente a todas as filosofias, ciências, artes e religiões que conhecemos atualmente. É por este motivo que encontramos na Doutrina de Umbanda vários conceitos que ainda foram conservados por alguns setores filo-religiosos.

Na verdade, o surgimento das religiões e todo conhecimento fragmentário da atualidade deveu-se à deturpação e uso inadequado do Conhecimento-Uno existente na época do Tronco Tupy. Por consequência, o homem perdeu a chave deste mistério e da capacidade de compreender, de forma sintética, a vida em suas causas e efeitos.

Na expectativa de reconstruir este conhecimento perdido e de receber os influxos destas portentosas Entidades é que apareceram os Cultos aos Ancestrais Primevos, apregoados pelos grandes patriarcas e iniciados , cujos resquícios se fazem presentes, ainda hoje, em algumas tradições, especialmente as orientais.Por misericórdia divina, os integrantes da Confraria dos Espíritos Ancestrais vêm trazer as sementes dos novos tempos, manifestando-se através da mediunidade, auxiliando-nos na jornada evolutiva, para que novamente o Aumbandan se faça presente na coletividade terrena.


Candomblé não é Umbanda

Elucidar de uma forma definitiva a diferença entre Candomblé e Umbanda, é um dos meus grandes objetivos com esta obra, pois a frase mais comum que ouvimos como candomblecista, após uma explanação mesmo que resumida é que: eu achava que tudo era a mesma "coisa". O que primeiro respondo quando me perguntam sobre a diferença entre Candomblé e Umbanda, é que: não há semelhança, esta eu considero a melhor resposta, pois é o fato, não há a menor semelhança.

A começar pelas origens, o Candomblé é uma religião africana que existe desde os tempos mais remotos daquele continente, que é o berço da terra, de forma que se funde sua origem com os primeiros contatos de pessoas que lá chegaram, existem citações na teologia africana que Odudúwa era Nimrod, o conquistador caldeu primo de Abraão e neto de Caim, que foi designado por Olodumarè para levar a remissão e a palavra de Olurún (Deus) aos filhos de Caim que, amaldiçoados, viviam na África. Este fato data de 1850 A.C., sendo que Caim pode ter vivido entre 2100 a 2300 A.C. - Oranian , neto de Odudúwa , viveu em 1500 e seu filho Xangô por volta de 1400. As coincidências existentes nos rituais africanos, como a Kaballah hebraica, são imensas, e vem provar a tese da estreita ligação entre Abraão, pai dos semitas, e Odudúwa, (Nimrod) pai dos africanos. Isso pode ser constatado no relacionamento existente entre o símbolo de um elemental africano chamado Dan a serpente, e uma das 12 tribos de Israel, cujo nome é Dan, e seu símbolo, a serpente telúrica. Citação que faremos adiante na Teologia Yorubana que fala da criação da terra. De uma forma básica, no Candomblé não existem "incorporações" de espíritos, pois os orixás, de quem sentimos força e vibrações, são energias puras da natureza, que não passaram pela vida, ou seja não são "entidades", mas elementais puros da natureza, criados por Olorún.

No Candomblé a consulta é feita através da leitura esotérico/divinatória do jogo de búzios (no Brasil), forma de leitura exclusiva do povo candomblecista, que trataremos em capítulo próprio, e o tratamento para cada caso, é feito com elementos da natureza, oriundos dos reinos vegetal, animal e mineral, através e ebós, oferendas, Orôs (rezas) e rituais africanos. A Umbanda por sua vez, sem qualquer demérito a quem a pratica, pois se levada de uma forma séria e consciente tem seu mérito, valor e aplicação, é uma religião brasileira, que advém do sincretismo católico-feitichista, necessário em uma época de grande repressão das religiões africanas, em que era proibido o culto dos orixás na sua forma de origem, e esta adaptação se fez necessária, a partir desta premissa, a Umbanda começou tomar corpo, com algum conhecimento de alguns africanos no trato com seus ancestrais, que era comum a "incorporação" de algum ente falecido, por um elégún (aquele que é montado por) por motivos familiares. É muito comum nos dias de hoje, Ilês que praticam Candomblé e Umbanda, porém em dias, horários e formas diferenciados, mas é uma atitude não compactuada, bem como a utilização do sincretismo com os santos católicos, pelas tradicionais Casas de Candomblé cujas raízes foram plantadas no Nordeste do país, mais precisamente em Pernambuco e na Bahia.

A Umbanda por sua vez, a consulta é feita através de um médium "incorporado" , e os "trabalhos" pelo espírito ali incorporado com seus elementos rituais.
Umbanda é deste século, e utiliza os orixás do Candomblé, sob outra forma e outro aspecto, em especial, vou me ater a figura de Exú. Na sua qualidade de ser ambivalente, positivo e negativo, bem e mal, de uma forma definitiva, esta situação de bem e mal, também está associado à todos os seres humanos, e nem por isso, somos o diabo, ninguém é totalmente bom, 24 horas por dia, 360 dias por ano, a sua vinda inteira; o inverso também é verdadeiro, convivemos com o bem e o mal, porém Exú, na sua condição, só fará alguma coisa, se e somente se, for mandado, portanto quem faz o mal na realidade é quem pede, e que pela própria lei da natureza, pagará, pois segundo a lei mais certa que existe, a lei do retorno - "Toda ação gera uma reação, com a mesma intensidade, em sentido contrário", quer dizer, tudo que vai, volta, a experiência nos comprova isto, e geralmente, da forma que mais dói, no bolso ou na saúde (tarda mas não falha); isso posto, em quem está a maldade? Sem mandante, ela simplesmente não existiria, e, mais uma vez EXÚ PAGA O PATO.

Em mais de vinte anos de pesquisa, e não foi pouca, as maiores e melhores obras, dos maiores e melhores autores, sobre religiões africanas, sejam brasileiros, ingleses, franceses, africanos, babalorixás, antropólogos, babalaôs, nunca li nada que se referisse à exú mulher, ao contrário, sua forma é fálica (forma de pênis), sempre no sentido de elemento fecundador, fertilizador e nunca elemento fecundado, nunca houve qualquer simbolismo ou ligação com uma "vagina", em sua ambivalência, assume situações duplas, mas nunca, macho e fêmea. Tudo se inicia, com a palavra bombogira, que é o nome dado à Exú macho por excelência na nação de Angola, uma corruptela desta palavra, utilizada somente pela Umbanda, gerou a expressão "pombogira", como forma de um exú mulher, em cuja manifestação, a pessoa, seja homem (homem?) ou mulher, assume uma atitude sensual, atrevida e em alguns lugares, sob esta manifestação, a prática do ato sexual em si; é muito comum, se a mulher tem vontade, libido forte ou até mesmo por necessidade (a prostituição), é porque uma pombagira está "encostada", o que seria uma situação normal, natural; A POMBA GIRA PAGA O PATO. Qualquer incorporação, deste gênero, que se fale com as pessoas, beba ou fume em público, não é Candomblé, é umbanda; a única manifestação "semelhante" no Candomblé, é a figura do Erè, que, assim como o orixá, é um elemental da natureza, com uma conduta infantilizada, e que nunca passou pela vida, portanto não é um egun (espírito de morto), tem função específica, uma delas, se comunicar pelo orixá, justamente pelo fato de que ele não fala, que nos referimos como "estado de erê", tal pessoa está com, ou de, erê.

A incorporação, eu imagino, vem de necessidade do ser humano (que é incrédulo por natureza), de crer e confiar, para crer, tem que "ver" algo, no caso o espírito manifestado, falar com ele, ouvir coisas que confirmem ser real ( o que muitas vezes acontece), e para confiar, o consultor não poderá se "lembrar" do que ouviu, como confidência, ou segredo, pois em várias situações, estão envolvidos, conversas e pedidos escusos, se utilizando assim da "inconsciência" relatada nas religiões africanas, a qual também a coloco, em outro capítulo da forma como a vejo e sinto. Falo muita propriedade e experiência, pela vivência de muitos anos no meio, o objetivo não é em momento algum, desmascarar quem quer que seja, muito menos denegrir, desmerecer ou tirar o valor da Umbanda, pelo contrário, bem praticada e bem conduzida, tem enorme valor e função social na comunidade, quer seja: na solução de problemas de saúde, família, trabalho, amor...

Existe forte vibração de uma energia, no ato da "incorporação", variando muito de pessoa para pessoa, em muitos casos, com real valor e força, porém, a inconsciência total ... o único objetivo é a realidade, que é benéfica para todos nós, a medida em que nada temos que esconder.



Fontes da pesquisa:
http://mortesubita.org/jack/cultos-afros/teoria/diferencas-entre-umbanda-candomble-e-quimbanda/view
http://astrologiaetarot.planetaclix.pt/limitespraticaespirita.htm


Cultos Afro-Brasileiras

Os cultos afro-brasileiros são sistemas de crenças herdados dos africanos, que foram trazidos como escravos para o Brasil a partir do século 16. A maior parte desses negros era proveniente da costa Oeste da África, onde predominavam dois grandes grupos: os Sudaneses e os Bantos.

Os sudaneses vêm da região do Golfo da Guiné, onde se situam hoje a Nigéria e o Benin. Pertenciam às nações Haussais, Jeje, Keto e Nagô, e foram os principais precursores do Candomblé.

Os bantos agregam as nações de Angola, Benguela, Cabinda e Congo. Dessas nações, herdamos, entre outros elementos culturais, a capoeira e a congada.
Os cultos religiosos trazidos por esses povos sincretizaram-se com o Catolicismo, dando origem aos chamados cultos afro-brasileiros.


Umbanda

A Umbanda é uma religião tipicamente brasileira. Na verdade, pode-se dizer que ela não existe em nenhuma outra parte do mundo. Além do sincretismo clássico entre a herança religiosa africana e o Catolicismo, a Umbanda absorveu elementos do Espiritismo kardecista, de modo que, no decorrer dos rituais, o fiel se comunica com espíritos desencarnados.

O sincretismo entre orixás e santos católicos é muito forte.
Veja as principais correspondências:

Euá - Nossa Senhora das Neves.
Iansã - Santa Bárbara.
Ibejis - Cosme e Damião.
Iemanjá - Virgem Maria, principalmente Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora dos Navegantes.
Logum - São Miguel Arcanjo e Santo Expedito.
Nanã - Santa Ana, mãe de Maria.
Obá - Santa Catarina, Santa Joana D´Arc e Santa Marta.
Obaluaiê - São Lázaro e São Roque.
Ogum - Santo Antonio e São Jorge.
Oxalá - Jesus.
Oxóssi - São Jorge e São Sebastião.
Oxum - Nossa Senhora das Candeias e Nossa Senhora Aparecida.
Oxumaré - São Bartolomeu.
Xangô - São Francisco de Assis, São Jerônimo, São João Batista e São Pedro.


As práticas existentes dentro dos terreiros de Umbanda variam muito. Alguns demonstram uma ligação mais forte com o Espiritismo, outros se aproximam mais do Candomblé. Em comum, têm a força dos rituais, denominados giras, em que os filhos e filhas-de-santo entoam cânticos e dançam ao som dos atabaques.

As cerimônias geralmente acontecem à noite e se estendem madrugada adentro. Os espíritos que "descem" incorporam-se nos fiéis que estão participando da gira.

Aqueles que "recebem" os espíritos são chamados de cavalos. Durante a incorporação, o "cavalo" permanece inconsciente, e quem fala através dele é seu "guia", ou seja, a entidade espiritual a ele associada. Para auxiliar os cavalos, existem os cambonos, que ocupam papel relevante na hierarquia do terreiro. Mas a posição mais elevada cabe à mãe ou ao pai-de-santo, que é a pessoa responsável pelos trabalhos espirituais.


Nos terreiros umbandistas, o ponto focal é o congá, altar profusamente enfeitado com flores, velas acesas e colares de contas coloridas, que simbolizam os diferentes santos e orixás.

No congá, imagens de Jesus, Nossa Senhora e santos católicos dividem espaço com estatuetas de pretos-velhos, caboclos, ciganos, marinheiros e outras entidades espirituais.



A hierarquia do terreiro

Babalorixás (Babalaô, quando homem, e Ialorixá, quando mulher) - São os dirigentes.
Zeladores (jibonã e sidagã) - Auxiliam os dirigentes.
Ogã e Sambas - Tocam os atabaques e observam a disciplina.
Pais e Mães-Pequenas (Baba Mindim) - Assistentes do dirigente. Em geral, ajudam no trabalho de desenvolvimento da mediunidade dos filhos de fé.
Cambonos e coroados (feitos e / ou confirmados) - Prestam assistência aos cavalos, durante a gira.
Filhos de fé (aceitos) - São aqueles que se preparam para entrar em desenvolvimento.
Filhos de fé (em observação) - Freqüentam os trabalhos para o desenvolvimento de seus dons mediúnicos.


As sete linhas da Umbanda

A Umbanda se divide em sete linhas, ou "bandas", sendo que cada uma delas é consagrada a um orixá. Cada uma dessas divindades, por sua vez, comanda sete falanges.

Uma dessas falanges corresponde à vibração original do orixá (por exemplo: linha de Ogum). As outras seis falanges do orixá significam o cruzamento da energia original do orixá com as dos outros seis orixás (exemplo: a linha de Ogum Beira-Mar é o cruzamento da linha de Ogum com a de Iemanjá).

Temos assim um total de 49 falanges.

Como o orixá nunca incorpora no ritual da Umbanda, a função das entidades pertencentes às falanges é justamente descer à Terra e executar o trabalho ordenado pelo orixá. Elas são portadoras da força da divindade.

Existe ainda uma outra subdivisão, que diz respeito à faixa etária das entidades.

Desse modo, temos as crianças, os adultos e os velhos. Por exemplo: podemos ter uma criança de Xangô, um Caboclo de Oxóssi e um Preto Velho de Oxalá.

Os orixás que comandam as falanges são Iansã, Iemanjá, Ogum, Oxalá, Oxóssi, Oxum e Xangô.

Veja mais sobre os orixás e as entidades que integram as falanges da Umbanda:

Oxalá
Cor: Branca
Domínios: Todos os campos da natureza.

Oxóssi
Cor: Vermelha
Domínio: As matas.

Xangô
Cor: Marrom
Domínio: As pedras.

Ogum
Cor: Verde
Domínio: As estradas.

Iemanjá
Cores: Rosa e branco cristalino
Domínio: O mar e as águas em geral.

Oxum
Cor: Azul
Domínio: As águas doces.

Iansã
Cor: Amarela
Domínios: Ventos e Tempestades.

Nanã
Cor: Lilás
Domínio: Lama.

Obaluaiê
Cores: Preto e branco
Domínio: As cavernas.

Oxumaré
Cor: Azul claro
Domínio: As chuvas leves.

Tempo
Cor: Branco perolado
Domínio: As montanhas.

Exu
Cores: Preto e Vermelho
Domínio: Os descampados.

Pomba-gira
Cores: Preto e Vermelho
Domínio: Os descampados.

Exu-mirim
Cores: Preto e vermelho
Domínio: Os descampados.

Marinheiro
Cores: Azul e branco
Domínio: As emoções.

Boiadeiro
Cores: Marrom e Vermelho
Domínio: A força bruta.

Cigano
Cores: Todas do arco-íris
Domínio: A liberdade.

Baiano
Cores: Variadas
Domínios: A esperança e a coragem.

Caboclo
Cor: Verde
Domínio: A simplicidade.

Preto-Velho
Cor: Branco
Domínio: A sabedoria.

Criança
Cores: Variadas
Domínio: A pureza.

OBSERVAÇÃO: Essas correspondências, embora sejam as mais difundidas, podem sofrer variações em diferentes terreiros.


Oferendas Quando as entidades que compõem as diferentes falanges estão incorporadas, elas se prestam a aconselhar seus consulentes e a realizar alguns rituais. Nestas ocasiões, utilizam-se dos quatro elementos básicos da Natureza - ou seja, AR, TERRA, FOGO e ÁGUA.

É por isso que, muitas vezes, essas entidades solicitam cigarros, bebidas, alimentos. Cada item pedido corresponde a determinados elementos naturais.
Veja os exemplos:

Água e bebidas não-alcoólicas: Servem para a cura, pois simbolizam a força, o remédio e o poder gerador.

Bebidas alcoólicas: Pertencem ao elemento Fogo e permitem transmutar as energias.

Cachimbo, charuto ou cigarro: Une o Fogo, a Água, a Terra e o Ar, sintetizando, assim, os elementos de todas as linhas.


Quimbanda, ou as "linhas de esquerda"


Nunca se deve confundir o orixá com as entidades que integram sua Linha de Força.
A questão mais polêmica, sem sombra de dúvida, cerca o orixá Exu. Ele é uma força da natureza, imaterial e incorpóreo, como os demais orixás.

Dentro da Umbanda, a Hierarquia deste orixá denomina-se Quimbanda, recebendo ainda os nomes de Banda dos Exus e Falange dos Exus.

Na Umbanda, entende-se que este orixá e as entidades que fazem parte de sua falange atuam "à esquerda". Isso, porém, não significa que sejam de agentes do Mal!

Simplesmente, o orixá Exu - que erroneamente tem sido associado às forças diabólicas do ideário cristão - é uma força complementar às Linhas da Direita. Do mesmo modo que homem e mulher são opostos-complementares, e que tudo no Universo interage e se interpenetra, também as forças da "Direita" e da "Esquerda" se unem e se completam.

As entidades que constituem a Quimbanda são denominadas Exus, Pombas-giras e Exus-mirins. Têm missão cármica definida e trabalham no sentido de evoluir no plano espiritual, exatamente como os integrantes de todas as outras falanges.

Os Exus são responsáveis pelos trabalhos de proteção, além de terem energia vitalizadora e promoverem a desagregação de energias maléficas. Existe ainda um outro papel, muito delicado, que cabe aos integrantes desta hierarquia: é o de liberar o consciente e o inconsciente do fiel que estiver se preparando para desenvolver um trabalho mais ativo no terreiro.

As entidades de Quimbanda podem trazer à tona os traumas e os segredos reprimidos - conscientemente ou não - pelo "filho de fé".

Sendo assim, pode acontecer de os "cavalos" que estejam incorporando essas entidades de Esquerda usarem linguajar torpe ou adotarem comportamentos duvidosos. Nestes casos, deve-se entender que aquele não é o procedimento da entidade em si - na verdade, pode tratar-se de uma "faxina" no inconsciente do próprio médium.

É bom ressaltar, porém, que a natureza complexa da missão confiada aos espíritos da Quimbanda os torna bem mais difíceis do que as demais entidades. Sendo assim, é necessário ter muito CONHECIMENTO e, principalmente, DISCERNIMENTO, para lidar com essas forças.

A.D.

Texto recebido por email sem autor.


http://estudoreligioso.blogspot.com/2008_10_01_archive.html

Reflexão

Estou aprendendo que a maioria das pessoas não gostam de ver um sorriso nos lábios do próximo.Não suportam saber que outros são felizes... E eles não! (Mary Cely)