Herbário Póetico

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quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Iemanjá A rainha do mar.

A palavra "Iemanjá" deriva de "Yeye omon edjá", que quer dizer "Mãe dos peixinhos". É a Rainha das Águas, a mãe de todos os Orixás, representada com seios volumosos, que simbolizam a maternidade e a fecundidade. Também é chamada de Inaê, Janaína, Princesa do Aiocá ou Arocá, Princesa do Mar, Sereia do Mar, Sereia Oloxum, Rainha do Mar e Dandalunda ou Dandalunga.

Iemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta.
  • Silva Campos conta uma lenda de que no Rio Vermelho havia uma rendosa armação de pesca de xaréu sendo bastante abundante tal peixe ali. Certa feita veio junto com eles na rede, uma sereia. O proprietário do aparelho, querendo viver em paz com a gente debaixo d´água fê-la soltar imediatamente. Anos depois, sendo outro o dono da armação, novamente caiu uma sereia na rede e eles resolveram pegá-la e levá-la, carregada por dois pescadores, para assistir missa na igreja do povoado (não se sabe se na de Santana ou na extinta capela de São Gonçalo). Ela ficou o tempo todo chorosa e envergonhada. Terminada a cerimônia soltaram-na à beira-mar. Desde esse dia nunca mais se pegou um xaréu que fosse nas águas do porto de Santana do Rio Vermelho, apesar dos pescadores anualmente levarem oferendas à Mãe d´Água.
  • O pintor Licídio Lopes, morador antigo do Rio Vermelho, conta em suas memórias que era “entre a praia do Canzuá e a da Paciência, por cima das pedras” que “havia uma gruta muito grande que os antigos diziam que era a casa da Sereia ou Mãe d´Água, porém ela não morava mais ali e a gruta estava abandonada” Esta gruta foi destruída por uma pedreira, na década de 20 do século XX, mas permaneceu a pedra da Sereia; na gruta e nesta pedra é que se botavam presentes para a Mãe d´Água ou sereia. Agora que não existe mais a gruta, botam presentes em todas as praias, e se dá preferência à maré enchendo ou cheia. Conta ainda que o grande presente para Iemanjá, no dia 2 de fevereiro, é uma idéia que não veio das seitas de candomblé, mas de um pescador, querendo reviver a festa do Rio Vermelho, já que a de Santana estava ficando menos concorrida. Decidiram dar um presente à Mãe d´Àgua no dia 2 de fevereiro. Pescadores e peixeiros se reuniram para organizar a festa que começava com uma missa na igreja de Santana de manhã e à tarde botavam o presente para a Rainha do Mar; houve problema com um padre que não gostou que se misturasse missa com presente para uma sereia e eles resolveram não celebrar mais missa e apenas botar o presente à tarde para Iemanjá. Mas como ocorressem algumas dificuldades e imprevistos, alguém lembrou que essa obrigação era feita na África, onde Iemanjá é mãe de todos os orixás. Como no Rio Vermelho não existisse na ocasião algum terreiro, foram procurar em outros bairros uma casa que se encarregasse das obrigações para dar o presente. A mãe de santo, Júlia Bugan, que tinha casa de Candomblé na Língua de Vaca, perto do Gantois, foi quem orientou, dando uma nota para comprarem tudo o que era preciso. Fez os trabalhos e preceitos, colocou na talha que pedira e dentro do balaio, enfeitou com muitas fitas e flores e mandou-o para a casinha de pescadores no dia 2 de manhã. A partir de então continuaram fazendo sempre este preceito para tudo correr bem.

Reflexão

Estou aprendendo que a maioria das pessoas não gostam de ver um sorriso nos lábios do próximo.Não suportam saber que outros são felizes... E eles não! (Mary Cely)