Herbário Póetico

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segunda-feira, maio 31, 2010

Folha da Fortuna*Costa*


Nome: Kalanchoe, folha da fortuna, Saião, coirama, erva da costa, orelha de monge, folha milagrosa - Kalanchoe pinnata

Família: Crassulaceae

O Calanchoe é popularmente conhecido como saião roxo, coirama vermelha ou folha da fortuna. Trata-se de um subarbusto de ramos herbáceos cobertos de penugem. As suas flores de coloração rósea apresentam-se em cachos no ápice dos ramos, as folhas são ovais, arredondadas na base e serrilhadas nas bordas. Os frutos são constituídos de pequenas cápsulas contendo sementes.
Em geral apresenta grande durabilidade e por isso é muito utilizada em vasos em ambientes internos, já que também não se adequa bem à luz solar direta. Pode ser também plantada em jardins, preferindo locais bem iluminados, porém com iluminação indireta e longe de luzes artificiais.
Por acumular muita água precisa de poucos cuidados com a rega. No verão pode ser regada apenas duas vezes semanalmente e no inverno apenas uma ou quando o substrado estiver começando a ressecar.
O período de florada vai em geral do início do inverno ao fim da primavera. Pode ser encontrada com flores vermelhas, rosas, laranjas, brancas, amarelas e talvez outras cores.


É usada como uma panacéia (remédio para todos os males) pela população indígena e ribeirinha e na medicina tradicional de outras regiões brasileiras e de outros países ao longo do mundo há centenas de anos.

Curiosidades: A planta se multiplica através das folhas e talos, as folhas brotam com muita facilidade quando caem na terra, se enterrar parte da folha ela nasce. Existe uma crença popular que diz que pra saber se a casa tem prosperidade é só prender uma folha de Kalanchoe num prego na porta da casa e se ela brotar significa que a casa é prospera, por isso Folha da Fortuna.

Origem: África

Uso Terapêutico: como tônica e no tratamento de úlceras, gastrite, asma, tosse, aftas, calos, leucorréia, inflamações na gengiva, no intestino e nos tendões, usadas também no tratamento de lesões, abcessos, erisipelas, queimaduras e de osteoporose. Possui atividade anti-malarial e anti-histamínica.

Propriedades medicinais: atividade antimicrobiana, atividade antimigranosa (ação analgésica em dores de cabeça), aumenta o sistema imunológico, ação cicatrizante na pele, por bloquear substâncias como histaminas, ela atua no processo alérgico, erisipela, antiviral, antifúngico, dores de ouvido e Leishmaniose, relaxante muscular, diurética e febrífuga.


Parte utilizada: Folhas, geralmente em forma de cataplasma ou batida com água via oral.

Constituintes Químicos: O seu efeito imunossupressor deve-se a presença de ácidos graxos, a exemplo de ácido palmítico, ácido esteárico e ácido araquidônico. A propriedade anti-leishimanial (Leishmaniose) é atribuída a ativação de intermediários do óxido nítrico, enquanto que a propriedade antibacteriana está relacionada a briofilina, um antibiótico natural.
Existem uma diversidade de constituintes químicos que são responsáveis por todas estas propriedades terapêuticas. Dentre eles destacamos os flavonóides, que auxiliam no processo de cicatrização, cálcio, ácido succcínico, ácido málico, ácido cítrico e ácido lático. Também existem aminoácidos como arginina, que é anti-cancerígeno e fertilizante; glicina, que reduz a quantidade de ácido úrico no organismo e histidina. Os bufadienolídeos que estão presente nas folhas de Kalanchoe pinnata promovem uma atividade anti-tumoral; dentre eles destacamos o 12-O-tetradecanoilforbol-13-acetato e a briofilina, sendo que esta última exibiu uma inibição do tumor mais acentuada entre as combinações testadas.

Conta indicações: Pessoas com Hipotireoidismo e hipotensão (pressão baixa) grave.


http://diariodeumahortamedicinal.blogspot.com/

"PRANAYAM"







O nariz tem um lado direito e um esquerdo; usamos ambos para inspirar e expirar.

Na verdade eles são diferentes: o direito representa o Sol, o esquerdo, a Lua.
Durante uma dor de cabeça, tente fechar a narina direita e usar a esquerda para respirar.Dentro de cerca de cinco minutos a dor de cabeça deve ir embora.
Se você se sente cansado, faça o contrário: feche a narina esquerda e respire pela direita. Num instante sentirá sua mente aliviada.
O lado direito pertence ao "quente" (Sol) por isso esquenta rapidamente, o esquerdo pertence ao "frio"(Lua)
A maior parte das mulheres repira com o lado esquerdo do nariz, então se resfriam rapidamente.
A maioria dos homens respira pela narina direita e isso os influencia.



Repare no momento em que acordamos, qual dos lados respira melhor , ou mais? Direito ou esquerdo?
Se for o esquerdo você se sentirá cansado. Então, feche a narina esquerda e use a direita para respirar, você se sentirá aliviado rapidamente.

Isso pode e deve ser ensinado às crianças, mas é mais efectivo quando praticado por adultos.
Um amigo costumava ter fortes dores de cabeça e sempre ia ao médico.
Houve um tempo em que sofria de dores de cabeça literalmente todas as noites,ficando incapacitado para estudar
Ele tomava analgésicos , mas não funcionavam.
Ele decidiu tentar esta terapia de repiração: fechava a narina direita e respirava pela esquerda.
Em menos de uma semana sua dor de cabeça foi-se. Continuou o exercicio por um mês.
Essa terapia alternativa natural, sem medicamentos é algo em que ele tem experiência.
Então, por que não tentar?

Imagem e texto da Pesquisa
http://luzcardoso.blogspot.com/


Namastê!

Alforva




NOME EM LATIM: Trigonella foenum-graecum L.
FAMÍLIA: Leguminosas
Outros Nomes: Fenacho, feno-grego, ervinha,
alfarva, alforba, alforna.
REFERÊNCIAS HISTÓRICAS: A alforva é uma das plantas medicinais mais antigas. O papiro de Ebers, documento médico egípcio do século XV a.C., já a recomenda como emplastro para curar as queimaduras. Hipócrates salienta as propriedades curativas da mucilagem contida na sua farinha. Nos países árabes ainda se cultiva como planta forraginosa para o gado. Deu--se-lhe o nome de foenum-graecum (feno grego) porque se cultivava abundantemente em todos os países mediterrâneos, e em especial na Grécia, apesar da sua proveniência ter sido originalmente o Médio Oriente.
DESCRIÇÃO: Planta que não costuma ir além de meio metro de altura. Produz umas vagens estreitas e compridas, curvas, dentro das quais se encontram entre 10 a 20 sementes amarelas. Toda a planta tem um cheiro característico não muito agradável.
Habitat: Planta originária do Médio Oriente, introduzida na Europa Ocidental a partir da Idade Média. Cresce entre as searas e nas terras de lavoura.
PROPRIEDADES E INDICAÇÕES: As sementes da alforva são muito ricas em mucilagens e em proteínas. Em uso interno têm uma suave acção laxante, além de desinflamar e proteger todas as mucosas digestivas (acção emoliente das mucilagens (1,2). Disto resulta que se estimulem todos os processos digestivos, facilitando um melhor aproveitamento de outros alimentos.
Embora se disponha hoje de outros tipos de reconstituintes, a Farinha de sementes de alforva continua a ser um remédio muito aconselhável para quem sofre de falta de apetite, magros e anémicos (1). Provoca o aumento do apetite e permite engordar de maneira natural. Tem-se utilizado com êxito na convalescença dos tuberculosos.
Como, além de tudo o mais, a alforva fornece ainda proteínas de fácil assimilação (27% do peso das sementes), minerais (ferro, fósforo, enxofre) e vitaminas, as mulheres orientais utilizam-na para arredondar as suas formas, satisfazendo assim o gosto estético dos esposos.
Talvez a aplicação da alforva hoje mais generalizada seja a externa. A decocção feita com sementes de alforva produz uma pasta rica em mucilagens, muito eficiente nos seguintes casos:
• Hemorróidas: Aplicada directamente sobre o ânus (3) em forma de cataplasma fria, ou em banho de assento (4); desinflama-as e reduz-lhes o tamanho.
• Afecções da pele: Feridas de difícil cicatrização, úlceras da pele, gretas dos mamilos e dos lábios, aplicada em cataplasmas; limpa e permite a sua cicatrização. É igualmente útil no caso de abcessos, furúnculos ou borbulhas infectadas, e na celulite, já que favorece a drenagem e limpeza da pele (3).
• Articulações inflamadas ou dolorosas (artrites, artroses, reumatismo articular): Também em forma de cataplasma quente (3).
PARTES UTILIZADAS: As sementes.

Fonte da pesquisa
http://www.saudelar.com/

sexta-feira, maio 28, 2010

Medicina fitoterapica Oriental

Alecrim



Propriedades Terapêuticas: Excelente para os rins e vesícula biliar e equilíbrio da pressão arterial, auxiliando a boa circulação; auxilia nos estados de depressão, dores reumáticas, digestão, facilita a menstruação, combate a gota, icterícia, é anti-séptico, sedativo, fortalece a memória. Bochechos de infusão são recomendados para aliviar as aftas, estomatites e gengivites. Asma: o fumo de alecrim (reduzir a pedaços pequenos as folhas secas. Fazer cigarro e fumar quando ameaçar ataque de asma). Reumatismo, eczemas e contusões: folhas cozidas no vinho usadas externamente. Anti-séptico bucal: infusão comum. Cicatrizante de feridas e tumores: folhas secas reduzidas a pó ou sumo.





Cogumelo Japonês - Shitake




Propriedades Terapêuticas: As propriedades medicinais do Shiitaké são conhecidas há muito tempo. Pela milenar medicina oriental é conhecido como "elixir da vida" pelas suas qualidades no combate a inúmeras doenças, e um importante factor de longevidade. É considerado também um importante afrodisíaco. É um alimento rico em proteínas, possuindo de 10% a 29% do seu peso seco; aminoácidos essenciais; contém as vitaminas E, B, C e D; e os sais minerais cálcio, fósforo, ferro, potássio. Além de conter fibras dietéticas que auxiliam na digestão, contém baixo níveis de açúcar e gorduras.



Cogumelo Japonês - Maitake




Propriedades Terapêuticas: Tem sido premiado na tradicional fitoterapia japonesa como um adaptogénico, o que significa equilibrar os sistemas do organismo para valores normais. Pesquisadores chegaram à conclusão, que todo o Maitaké tem propriedades fantásticas para regular a tensão arterial, a glucose, insulina e ambos os lípidos hepáticos, como o colesterol e triglicéridos e fosfolípidos, podendo eventualmente ser bom para a regulação do peso. Para obter aqueles benefícios adaptogénicos, o melhor seria recomendar todo o Maitaké.




Salgueiro



Curiosidades: No Oriente, o salgueiro conta na sua família com outras espécies anãs que são cultivadas sobretudo para a obtenção de vime, destinado à confecção de cestos, cadeiras e de açafates. O salgueiro é a planta mágica de Saturno. Dele se pode tirar uma grande força moral e mesmo a faculdade de dominar os espíritos, sobretudo nos dias de Saturno, em que é particularmente activa. Com ele são ainda feitas as famosas varas talhadas em quilha e utilizadas para procurar os lençóis de água subterrâneos.

Fonte da pesquisa e Imagens
http://luzcardoso.blogspot.com/

quarta-feira, maio 26, 2010

Os orixás mais cultuados no Brasil





Cada um deles tem o seu símbolo, o seu dia da semana, suas vestimentas e cores próprias. Como os homens, são temperamentais



Exu

Orixá mensageiro entre os homens e os deuses, guardião da porta da rua e das encruzilhadas. Só através dele é possível invocar os orixás. Elemento: fogo

Personalidade: atrevido e agressivo

Símbolo: ogó (um bastão adornado com cabaças e búzios)

Dia da semana: segunda-feira

Colar: vermelho e preto

Roupa: vermelha e preta

Sacrifício: bode e galo preto

Oferendas: farofa com dendê, feijão, inhame, água,mel e aguardente



Ogum

Deus da guerra, do fogo e da tecnologia. No Brasil é conhecido como deus guerreiro. Sabe trabalhar com metal e, sem sua proteção, o trabalho não pode ser proveitoso.

Elemento: ferro

Símbolo: espada

Personalidade: impaciente e obstinado

Dia da semana: terça-feira

Colar: azul-marinho

Roupa: azul, verde escuro, vermelho ou amarelo

Sacrifício: galo e bode avermelhados

Oferendas: feijoada, xinxim, inhame



Oxóssi

Deus da caça. É o grande patrono do candomblé brasileiro.

Elemento: florestas Personalidade: intuitivo e

emotivo

Símbolo: rabo de cavalo e chifre de boi

Dia da semana:

quinta-feira

Colar: azul claro

Roupa: azul ou verde claro

Sacrifício: galo e bode

avermelhados e porco

Oferendas: milho branco e amarelo, peixe de escamas, arroz, feijão e abóbora



Obaluaiê

Deus da peste, das doenças da pele e, atualmente, da AIDS. É o médico dos pobres.

Elemento: terra

Personalidade:

tímido e vingativo

Símbolo: xaxará (feixe de palha e búzios)

Dia da semana: segunda-feira

Colar: preto e vermelho, ou vermelho, branco e preto

Roupa: vermelha e preta, coberta por palha

Sacrifício: galo, pato,bode e porco

Oferendas: pipoca, feijão preto, farofa e milho, com muito dendê



Oxum

Deusa das águas doces (rios, fontes

e lagos). É também deusa do ouro, da fecundidade,

do jogo de búzios e

do amor.

Elemento: água

Personalidade: maternal

e tranqüila

Símbolo: abebê (leque espelhado)

Dia da semana: sábado

Colar: amarelo ouro

Roupa: amarelo ouro

Sacrifício: cabra, galinha, pomba

Oferendas: milho branco,

xinxim de galinha, ovos,

peixes de água doce





Iansã

Deusa dos ventos e das tempestades.

É a senhora

dos raios e dona

da alma dos

mortos.

Elemento: fogo

Personalidade:

impulsiva e imprevisível

Símbolo: espada e rabo de

cavalo (representando a realeza)

Dia da semana: quarta-feira

Colar: vermelho ou

marrom escuro

Roupa: vermelha

Sacrifício: cabra e galinha

Oferendas: milho branco,

arroz, feijão e acarajé



Ossaim

Deus das folhas e ervas medicinais. Conhece seus usos e as palavras mágicas (ofós) que despertam seus poderes.

Elemento: matas

Personalidade: instável e emotivo

Símbolo: lança com

pássaros na forma de leque

e feixe de folhas

Dia da semana: quinta-feira

Colar: branco rajado de verde

Roupa: branco e verde claro

Sacrifício: galo e carneiro

Oferendas: feijão, arroz,

milho vermelho e farofa

de dendê



Nanã

Deusa da lama

e do fundo dos

rios, associada à

fertilidade, à doença

e à morte. É a orixá mais velha de todos e, por isso,

muito respeitada.

Elemento: terra

Personalidade: vingativa

e mascarada

Símbolo: ibiri (cetro de palha

e búzios)

Dia da semana: sábado

Colar: branco, azul e vermelho

Roupa: branca e azul

Sacrifício: cabra e galinha

Oferendas: milho branco,

arroz, feijão, mel e dendê



Oxumaré

Deus da chuva e do arco-íris. É, ao mesmo tempo, de natureza masculina e feminina. Transporta a água entre o céu e a terra.

Elemento: água

Personalidade: sensível e tranqüilo

Símbolo: cobra de metal

Dia da semana: quinta-feira

Colar: amarelo e verde

Roupa: azul claro e verde claro

Sacrifício: bode, galo e tatu

Oferendas: milho branco, acarajé, coco, mel, inhame e feijão com ovos



Iemanjá

Considerada deusa dos mares e oceanos. É a mãe de todos os orixás e representada com seios volumosos, simbolizando a maternidade e a fecundidade.

Elemento: água

Personalidade: maternal e tranqüila

Símbolo: leque e espada

Dia da semana: sábado

Colar: transparente,

verde ou azul claro

Roupa: branco e azul

Sacrifício: porco, cabra e galinha

Oferendas: peixes do mar, arroz,

milho, camarão com coco



Xangô

Deus do fogo e do trovão. Diz a tradição que foi rei de Oyó, cidade da Nigéria. É viril, violento e justiceiro. Castiga os mentirosos e protege advogados e juízes.

Elemento: fogo

Personalidade:

atrevido e prepotente

Símbolo: machado

duplo (oxé)

Dia da semana: quarta-feira

Colar: branco e vermelho

Roupa: branca e vermelha, com coroa de latão

Sacrifício: galo, pato, carneiro e cágado

Oferendas: amalá (quiabo com

camarão seco e dendê)



Oxalá

Deus da criação. É o orixá que criou os homens. Obstinado e independente, é representado de duas maneiras: Oxaguiã, jovem, e Oxalufã, velho.

Elemento: ar

Personalidade: equilibrado e tolerante

Símbolo: oparoxó (cajado de alumínio

com adornos)

Dia da semana: sexta-feira

Colar: branco

Roupa: branca

Sacrifício: cabra, galinha,

pomba, pata e caracol

Oferendas: arroz, milho branco e massa de inhame







O toque

É o mesmo que festa e se refere à batida dos atabaques, que convoca os orixás. A estrutura da cerimônia, chamada ordem do xirê (brincadeira, na língua iorubá), divide a festa em três partes. A primeira acontece à tarde, com o sacrifício, a oferenda e o padê de Exu. A segunda é a festa em si, à noite, na presença do público, quando os filhos-de-santo incorporam os orixás. E a terceira fase, o encerramento, com a roda de Oxalá, o deus criador do homem.


O sacrifício

Acontece apenas diante dos membros da comunidade de santo e envolve no mínimo dois animais: um, de duas patas, para Exu, e outro, de quatro patas, macho ou fêmea, dependendo do sexo do orixá a ser homenageado. Quem realiza o sacrifício é o ogã axogum, um iniciado no candomblé

especialmente preparado para isso. Os bichos são mortos com um golpe na nuca. Depois, a cabeça e os membros são cortados fora e o animal sacrificado vai sangrar até a última gota antes de ser destinado à oferenda.A oferenda

Depois do sacrifício, a moela, o fígado, o coração, os pés, as asas e a cabeça são separados e oferecidos ao orixá homenageado num vaso de barro, chamado alguidar. O sangue, recolhido numa quartinha de cerâmica (espécie de moringa), é derramado sobre o assentamento do santo, ou seja, o local onde ficam seus objetos e símbolos. As partes restantes são destinadas ao jantar oferecido aos orixás, ainda à tarde, e aos participantes, ao final da festa pública, à noite.

O padê de Exu

Este é também um ritual fechado ao público. Significa despacho de Exu. É ele quem faz a ponte entre o mundo natural e o sobrenatural. Portanto, é ele quem convoca os orixás para a festa dos humanos. Para isso, é preciso agradá-lo, oferecendo comida (farofa com dendê, feijão ou inhame) e bebida (água, cachaça ou mel). As oferendas são levadas para fora do barracão e a porta de entrada é batizada com a bebida, já que Exu é o guardião da entrada e das encruzilhadas (por isso é comum ver oferendas em esquinas nas ruas e em encruzilhadas nas estradas).
Fonte do Blog//http://brumasdocarvalho.blogspot.com/
Imagem do google
Fonte:revista superinteressante

Candomblé


O que é o candomblé, como se prepara a festa, quem são os orixás, como funciona um terreiro, os rituais de iniciação, a sabedoria dos búzios e sua origem e misturas.

Os navios negreiros que chegaram entre os séculos XVI e XIX traziam mais do que africanos para trabalhar como escravos no Brasil Colônia. Em seus porões, viajava também uma religião estranha aos portugueses. Considerada feitiçaria pelos colonizadores, ela se transformou, pouco mais de um século depois da abolição da escravatura, numa das religiões mais populares do país.

Quem gosta de cachaça é Exu. Quem veste branco é Oxalá. Quem recebe oferendas em alguidares (vasos de cerâmica) são orixás. E quem adora os orixás são milhões de brasileiros. O candomblé, com seus batuques e danças, é uma festa. Com suas divindades geniosas, é a religião afro-brasileira mais influente do país.

Não existem estatísticas que dêem o número exato de fiéis. Os dados variam. Segundo o Suplemento sobre Participação Político-Social da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1988, 0,6% dos chefes de família (ou cônjuges) seguiam cultos afrobrasileiros. Um levantamento do Instituto Gallup de Opinião Pública, no mesmo ano, indicou que candomblé ou umbanda era a religião de 1,5% da população.

São índices ridículos se comparados à multidão que lota as praias na passagem de ano, para homenagear Iemanjá, a orixá (deusa) dos mares e oceanos. Elisa Callaux, gerente de pesquisa do IBGE, explica por que, tradicionalmente, os índices dos institutos não refletem exatamente a realidade: Os próprios fiéis evitam assumir, por medo do preconceito. Ela tem razão. A mais célebre mãe-de-santo do Brasil, Menininha do Gantois, falecida em 1986, declarou certa vez ao pesquisador do IBGE que era católica. Apostólica romana.

De seu lado, a Federação Nacional de Tradição e Cultura Afro-Brasileira (Fenatrab) desafia ostensivamente as cifras oficiais e garante haver 70 milhões de brasileiros, direta ou indiretamente, ligados aos terreiros seja como praticantes assíduos, seja como clientes, que ocasionalmente pedem uma bênção ou um serviço ao mundo sobrenatural.

Você pode achar um exagero, e talvez seja mesmo, mas terreiro é o que não falta. Em 1980, num convênio da Prefeitura de Salvador com a Fundação Pró-Memória, o antropólogo Ordep Serra, da Universidade Federal da Bahia, concluiu um mapeamento dos terreiros existentes na região metropolitana de Salvador. Eram 1 200. Hoje são muitos mais, assegura Serra.

Mais recentemente, o Instituto de Estudos da Religião (ISER) verificou que 81 novos centros espíritas (englobando cultos afro-brasileiros e kardecismo) haviam sido abertos no Grande Rio de Janeiro no ano de 1991, e que, em 1992, surgiram outros 83. O sociólogo Reginaldo Prandi, da Universidade de São Paulo, contou, em 1984, 19 500 terreiros registrados nos cartórios da capital paulista.

Onde tem terreiro, tem festa. Por isso, para levar você ao mundo do candomblé, SUPER começa por convidá-lo para uma festa no terreiro. Agora, você conhecerá em detalhes um dos fenômenos mais impressionantes da civilização brasileira.

O barracão está pronto: a festa vai começar


São nove horas da noite. Os tocadores de atabaque, chamados alabês, estão a postos em seus lugares. O público cerca de 40 pessoas aguarda em silêncio, acomodado em bancos rústicos de madeira. Os homens, na fileira à direita da porta. As mulheres, do lado esquerdo. Separados, para evitar um eventual namoro. Afinal, ali não é lugar para isso. Estamos num templo do candomblé, a Casa Branca, em Salvador, Bahia, o pioneiro do Brasil, fundado em 1830.A festa (que pode ser comparada a uma missa católica) vai homenagear Xangô, o deus do fogo e do trovão.

O barracão foi decorado durante toda a tarde. O teto de telha-vã foi escondido por bandeirolas brancas e vermelhas as cores de Xangô. As paredes estão enfeitadas de flores e folhas de palmeira de dendê desfiadas. Vai começar o toque, como é chamada a festa de candomblé no Brasil. Ela é aberta a todos os orixás (deuses, que também podem ser chamados de santos) que quiserem homenagear Xangô.

O que o público vai assistir é parte de um ritual que começou horas antes. Na madrugada, os filhos-de-santo fizeram o sacrifício para o orixá homenageado. Nas primeiras horas da manhã, as filhas-de-santo prepararam a comida. Durante a tarde, foi feita a oferenda aos deuses, e Exu, o mensageiro entre os homens e os orixás, foi despachado. Entenda melhor essa preparação


O calendário litúrgico

Muitas festas não têm dia certo para acontecer.

As festas normalmente estão

associadas aos dias santos do catolicismo. Mas as datas podem variar de terreiro para terreiro, de acordo com a disponibilidade e as possibilidades da comunidade.

De maneira geral, o que importa é comemorar o orixá na sua época.

As principais festas, ao longo do ano, são as seguintes:


Abril: Feijoada de Ogum e

festa de Oxóssi (associado a

São Sebastião), em qualquer dia.

Junho: Fogueiras de Xangô

(associados a São João e

São Pedro), dias 25 e 29.

Agosto: Festa para Obaluaiê

(associado a São Lázaro e São Roque) e festa de Oxumaré (associado a

São Bartolomeu), em qualquer dia.

Setembro: Começa um ciclo de festas chamado Águas de Oxalá, que pode seguir até dezembro. Festa de Erê, em homenagem aos espíritos infantis

(associados a São Cosme e Damião). Festa das iabás (esposas de orixás)

e festa de Xangô (associado a São Jerônimo), em qualquer dia.

Dezembro: Festas das iabás Iansã (Santa Bárbara), dia 4, Oxum e Iemanjá (associadas a Nossa Senhora da Conceição), dia 8. Iemanjá também é homenageada na passagem de ano.

Janeiro: Festa de Oxalá (coincide com a festa do Bonfim, em Salvador), no segundo domingo depois do dia de Reis, 6 de janeiro.

Quaresma: O encerramento do ano litúrgico acontece durante os quarenta dias que antecedem a Páscoa, com o Lorogun, em homenagem a Oxalá.





Ao som dos atabaques, o santo baixa



Fotografar uma festa de candomblé não é tão fácil. Na Casa Branca, é absolutamente proibido. Mas outros terreiros, como o Ilê Axé Ajagonã Obá-Olá Fadaká, em Cotia, região da grande São Paulo, são mais liberais. Nesta casa, podemos bater fotos da cerimônia em homenagem a Xangô. Mas com uma ressalva: a de jamais fotografar de frente um filho-de-santo com o orixá incorporado.

A casa está cheia: 85 pessoas lotam o barracão. Os atabaques começam a falar com os deuses. Os orixás são invocados com cantigas próprias e os filhos-de-santo entram na roda, um a um, na chamada ordem do xirê: primeiro, o filho de Ogum, seguido pelos filhos de Oxóssi, Obaluaiê e assim por diante.

Ao som do canto e da batida dos atabaques, cada integrante da roda entra em transe. O corpo estremece em convulsão, às vezes suavemente, outras vezes com violência. Agora, os filhos incorporam os orixás e dançam até que o pai-de-santo autorize, com um aceno, sua saída, para serem arrumados pelas camareiras, chamadas equedes. Logo depois, eles voltam ao barracão, vestindo roupas, colares e enfeites típicos de seu santo. Ao ouvir seu cântico, cada um começa a dançar sozinho uma coreografia que conta a origem do orixá incorporado.

É quase meia-noite quando os atabaques tocam as cantigas de Oxalá, o criador dos homens. Saudado Oxalá, é hora da comunhão com os deuses: os pratos são servidos aos participantes da festa. O xirê chega ao fim.





Sem música, não existe cerimônia



Tudo acontece sob a batida de três atabaques



Os três atabaques que fazem soar o toque durante o ritual também são responsáveis pela convocação dos deuses.

O rum funciona como solista, marcando os passos da dança. Os outros dois, o rumpi e o lé, reforçam a marcação, reproduzindo as modulações da língua africana iorubá uma língua cantada, como o sotaque baiano. Além dos atabaques, usam-se também o agogô e o xequerê.

São, ao todo, mais de quinze ritmos diferentes. Cada casa-de-santo tem até 500 cânticos. Segundo a fé dos praticantes, os versos e as frases rítmicas, repetidos incansavelmente, têm o poder de captar o mundo sobrenatural. Essa música sagrada só sai dos terreiros na época do carnaval, levada por grupos e blocos de rua, principalmente em Salvador, como Olodum ou Filhos de Gandhi .





As divindades têm defeitos humanos



Em qualquer terreiro, a entrada dos orixás na festa segue sempre a mesma seqüência da ordem do xirê. Depois de despachar Exu, o primeiro a entrar na roda é Ogum, seguido de Oxóssi, Oba- luaiê, Ossaim, Oxumaré, Xangô, Oxum, Iansã, Nanã, Iemanjá e Oxalá.

Segundo a tradição, os deuses do candomblé têm origem nos ancestrais dos clãs africanos, divinizados há mais de 5 000 anos. Acredita-se que tenham sido homens e mulheres capazes de manipular as forças da natureza, ou que trouxeram para o grupo os conhecimentos básicos para a sobrevivência, como a caça, o plantio, o uso de ervas na cura de doenças e a fabricação de ferramentas.

Os orixás estão longe de se parecer com os santos cristãos. Ao contrário, as divindades do candomblé têm características muito humanas: são vaidosos, temperamentais, briguentos, fortes, maternais ou ciumentos. Enfim, têm personalidade própria. Cada traço da personalidade é asso-ciado a um elemento da natureza e da sua cultura: o fogo, o ar, a água, a terra, as florestas e os instrumentos de ferro.

Na África Ocidental, existem mais de 200 orixás. Mas, na vinda dos escravos para o Brasil, grande parte dessa tradição se perdeu. Hoje, o número de orixás conhecidos no país está reduzido a dezesseis. E, mesmo desse pequeno grupo, apenas doze são ainda cultuados: os outros quatro Obá, Logunedé, Ewa e Irôco raramente se manifestam nas festas e rituais.





Deuses e homens sob
o mesmo teto



O terreiro, ou casa-de-santo, é simultaneamente templo e morada. A vida cotidiana dos mortais mistura-se com os rituais dos orixás. A família-de-santo (a mãe ou o pai e os filhos-de-santo, não necessariamente parentes de sangue) divide os cômodos com os deuses.

A divisão do espaço, na Casa Branca, em Salvador, lembra os compounds africanos, ou egbes antigas habitações coletivas dos clãs, usadas principalmente pelos povos de língua iorubá. O cômodo principal é o barracão, o salão onde humanos e santos se encontram nas festas.

Por trás do barracão, há várias instalações comuns a uma residência: salas de jantar e de estar, cozinha e quartos nem todos destinados aos mortais. Há os quartos-de-santo, onde ficam os pejis (altares) e os assentamentos (objetos e símbolos) dos orixás. Aí são feitas as oferendas. Na Casa Branca, os dois únicos orixás que têm quartos dentro da casa são Xangô e Oxalá.

O roncó é um quarto especial onde os abiãs (noviços) ficam recolhidos durante o processo de iniciação. Essa proximidade dos abiãs com os outros membros do terreiro é fundamental: é assim que os iniciados entram em contato com os procedimentos rituais da casa. O fiel do candomblé aprende com os olhos e os ouvidos. Ele deve prestar atenção a tudo e não perguntar nada.

Os terreiros têm também uma área externa, onde estão as casas dos outros orixás. A de Exu, por exemplo, fica perto da porta de entrada.





Sucessão: guerra à vista

A sucessão numa casa-de-santo é sempre tumultuada: basta o pai-de-santo morrer para ter início uma verdadeira guerra entre orixás. Os filhos que não concordam com a indicação dos búzios costumam abandonar o terreiro e fundar sua própria casa. Foi assim que nasceu, no início do século, o Gantois uma das casas mais conhecidas em Salvador. A partir da década de 70, mãe Menininha do Gantois se tornou conhecida no Brasil inteiro, cantada por compositores, como Dorival Caymmi e Caetano Veloso, e venerada por intelectuais, como Jorge Amado. Mãe Menininha morreu aos 92 anos de idade, em 1986. Deixou em seu lugar mãe Creusa.





Por meses, o noviço só come com as mãos



Os filhos-de-santo são os sacerdotes dos orixás, da mesma forma como, na Igreja Católica, os padres são os representantes de Deus. Nem todos, porém, são preparados para receber os santos. Existem os que cuidam dos filhos-de-santo quando os orixás baixam, os que sacrificam os animais, os que tocam os atabaques e os que preparam a comida. Os búzios, usados como instrumento de adivinhação, é que vão dizer qual a função de cada um.

A entrada para essa hierarquia é a indicação do orixá. É o que se chama bolar no santo. A partir daí, o abiã (noviço) tem de se submeter aos rituais de iniciação cerimônias do bori, orô e saídas de iaô.

Um recém-iniciado passa de um a seis meses vivendo dentro de severas restrições. É o tempo de quelê o período em que o abiã usa um colar de contas justo ao pescoço. Enquanto usar o quelê, ele deve vestir branco, comer com as mãos e sentar-se só no chão. Estão proibidas as relações sexuais e os pratos que não sejam os de seu orixá.

Nem todos os terreiros seguem à risca todas as imposições. Mas pelo menos algumas têm de ser obedecidas: é parte do compromisso do abiã com seu orixá e seu pai ou mãe-de-santo. As obrigações não terminam por aí: o iniciado, que agora se chama iaô, terá de cumprir ainda três rituais depois de um ano, três anos e sete anos , com sacrifícios, toques e oferendas. Só depois ele pode se candidatar a ebômi, o degrau seguinte da hierarquia.







A sabedoria da morte e da advinhação

Como toda religião , o candomblé tem sua maneira própria de encarar a morte. Segundo a crença, a alma vive no Orum, que corresponde, mais ou menos, ao céu dos católicos. Ela é imortal e faz várias passagens do Orum para a vida terrena. Cada um tem controle sobre essas viagens: quem tem uma boa experiência em vida, pode escolher um destino melhor, na vinda seguinte.

Aqui na Terra, nada que se refira aos deuses e ao futuro pode ser dito sem a consulta ao Ifá, ou seja o jogo de búzios, conchas usadas como oráculo. O Ifá revela o orixá de cada um e orienta na solução de problemas.

O jogo usa dois caminhos: a aritmética e a intuição. Pela aritmética, é contado o número de conchas, abertas ou fechadas, combinadas duas a duas. Para interpretar todas as combinações possíveis dos bú- zios, o pai-de-santo conhece de cor 256 lendas que traduzem as mensagens dos deuses. Isso não é nada raro no candomblé, onde nada é escrito. Toda a sabedoria é transmitida oralmente.

No outro sistema de adivinhação, o intuitivo, o pai-de-santo estuda a posição dos búzios em relação a outros elementos na mesa, como uma moeda ou um copo d'água. Se o búzio cai perto da moeda, por exemplo, pode indicar que não há problemas com dinheiro. Mas é preciso estar preparado: os orixás vão cobrar pela consulta uma obrigação. Mãe Kutu, que foi formada pela Casa Branca e está montando seu próprio terreiro, diz: Se não vai fazer a obrigação, é melhor nem perguntar aos búzios.





Reza para o santo católico e vela para o orixá



Existem diferentes tipos de candomblé no Brasil, cada um deles saído de uma nação. A palavra nação aqui não tem nada a ver com o conceito político e geográfico, mas com os grupos étnicos daqueles que foram trazidos da África como escravos. As diferenças aparecem principalmente na maneira de tocar os atabaques, na língua do culto e no nome dos orixás.

Os povos que mais influenciaram os quatro tipos de candomblé praticados no Brasil são os da língua iorubá. Os rituais da Casa Branca, em Salvador, e da casa de Cotia, em São Paulo, descritos nesta reportagem, pertencem ao tipo Queto.

A mistura com o catolicismo foi uma questão de sobrevivência. Para os colonizadores portugueses, as danças e os ri- tuais africanos eram pura feitiçaria e deviam ser reprimidos. A saída, para os escravos, era rezar para um santo e acender a vela para um orixá. Foi assim que os santos católicos pegaram carona com os deuses africanos e passaram a ser associados a eles. A partir da década de 20, o espiritismo também entrou nos terreiros, criando a umbanda, com características bem diferentes.

Assim, o candomblé já se incorporou à alma brasileira. Tanto é que o país inteiro conhece o grito de felicidade a sau-dação mágica que significa, em iorubá, energia vital e sagrada: Axé!







Da África ao Brasil, uma boa mistura



A principal diferença entre os vários tipos de candomblé é a origem étnica.



Há quatro tipos de candomblé:

o Queto, da Bahia, o Xangô, de Pernambuco, o Batuque, do Rio Grande do Sul, e o Angola, da Bahia e São Paulo. O Queto chegou com os povos nagôs, que falam a língua iorubá (em

vermelho, no mapa). Saídos das regiões que hoje correspondem ao Sudão, Nigéria e Benin, eles vieram para o Nordeste. Os bantos saíram das regiões de Moçambique, Angola e Congo para Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo (em amarelo, no mapa). Criaram o culto ao caboclo, representante das entidades da mata.





Candomblé não é umbanda



As duas são religiões afro-brasileiras.

Umbanda é a mistura do candomblé com espiritismo



Candomblé



Deuses: Orixás de origem africana. Nenhum santo é superior ou inferior a outro. Não existe o Bem e o Mal, isoladamente.



Culto: Louvação aos orixás que incorporam nos fiéis, para

fortalecer o axé (energia vital) que protege o terreiro e seus membros.



Iniciação: Condição essencial para participar do culto. O recolhimento dura de sete a 21 dias. O ritual envolve o sacrifício de animais,

a oferenda de alimentos e a

obediência a rígidos preceitos.



Música: Cânticos em língua africana, acompanhados por

três atabaques tocados por

iniciados do sexo masculino.



Umbanda



Deuses: As entidades são

agrupadas em hierarquia, que vai dos espíritos mais baixos (maus)

aos mais evoluídos (bons).



Culto: Desenvolvimento

espiritual dos médiuns que,

quando incorporam, dão

passes e consultas.



Iniciação: Não é necessária.

O recolhimento é de apenas

um ou dois dias. O sacrifício

de animais não é obrigatório.

O batismo é feito com água

do mar ou de cachoeira.

Música: Cânticos em português, acompanhados por palmas e atabaques, tocados por fiéis

de qualquer sexo.





Quem é quem (e quem faz o quê) na hierarquia de uma casa-de-santo



Cada iniciado tem uma função dentro

do terreiro. Nem todos recebem santo.



Abiã

Noviço, primeiro degrau da

hierarquia. Após iniciado, será filho-de-santo.



Iaô

Filho-de-santo,

segundo degrau na hierarquia. Podem ou não receber santo.



Ebômi

Terceiro degrau. Iaô que cumpriu as obrigações de sete anos. Recebe santo.



Iabassê

Quarto degrau. Não recebe. É a responsável pela cozinha do

terreiro.



Agibonã

Mãe criadeira. Também quarto degrau. Cuida dos iaôs durante o ritual de iniciação. Não recebe santo.



Ialaxé

Quinto degrau. Zela pelas oferendas e objetos de culto

aos orixás. Não

recebe santo.



Baba-quequerê

e Iaquequerê


Sexto degrau. Pai ou mãe-pequena. Recebe. Ajuda o pai ou mãe-de-santo no

comando do terreiro.



Baba-lorixá e

Ialorixá

Pai ou mãe-de-santo, chefe do terreiro, último degrau

da hierarquia. Recebe santo e joga búzios.



Ajudantes

sagrados




Pais e mães terrenos dos orixás ficam fora da hierarquia.



Ogã

Filho-de-santo que não recebe.

O Ogã pode ser Axogum ou Alabê, conforme sua tarefa.


Axogum

Ogã responsável

pelo sacrifício de

animais a serem

ofertados aos orixás. Não recebe santo.



Alabê

Ogã tocador dos atabaques e instrumentos

rituais. Não recebe santo.



Equede

Paralela ao Ogã.

Não recebe.

Cuida dos orixás incorporados e de seus objetos.





As diversas fases da iniciação



Primeiro, o santo indica a pessoa a ser iniciada.

Depois, é preciso cumprir outros três passos:



Bolar no santo

É o mesmo que cair no santo. Este é o sinal que indica a necessidade de iniciação de uma pessoa no candomblé. Acontece sem previsão, normalmente numa festa: durante a dança e os cânticos o orixá se manifesta no futurofilho-de-santo, que é agitado por tremores e sobressaltos violentos. Quem já bolou conta que sentiu arrepios, calor, fraqueza e sensação de desmaio. Quando acorda no roncó (o quarto do terreiro reservado à pessoa que bolou), o abiã não consegue se lembrar de nada do que aconteceu.



O bori

É a cerimônia que reforça a ligação entre o orixá e o iniciado. O abiã se senta numa esteira, rodeado de alimentos secos, aves, velas e objetos de seu orixá. Ajudado pelos filhos já feitos, o pai ou a mãe-de-santo sacrifica aves. O sangue é usado para marcar o corpo do noviço e para banhar as oferendas ao orixá.

A cerimônia só termina quando as aves são servidas aos membros da família-de-santo. Depois do bori, o futuro filho-de-santo passa a assistir às cerimônias e a preparar o enxoval (a roupa e os adereços de seu orixá) para terminar a iniciação, com as saídas de iaô.



Orô

Confinado ao quarto de recolhimento (roncó), por 21 dias, o noviço conhece a hierarquia da casa, os preceitos, as orações, os cânticos, a dança de seu orixá, os mitos e suas obrigações. Durante esse tempo ele toma infusões de ervas, que o deixam num estado de entorpecimento e abrem espaço na sua mente para o orixá. A cabeça é raspada e o crânio marcado com navalha: é por esses cortes que o orixá vai entrar, quando for incorporado. No final, o iniciado é batizado com sangue de um animal quadrúpede, sacrificado.

Os iaôs são apresentados à comunidade, como num baile de debutante

Na primeira saída, os iaôs vestem branco em homenagem a Oxalá, pai de todos. Saúdam o pai-de-santo, os atabaques e os pontos principais do barracão e vão-se embora. Na segunda saída, os iaôs voltam com roupas coloridas e a cabeça pintada, segundo seus orixás. Dançam e deixam o barracão, em seguida.

Na terceira saída, os orixás anunciam oficialmente seus nomes. Os iaôs entram em transe e se retiram para vestir as roupas do santo incorporado.





Fonte da pesquisa efetuda
por mim do Blog e Imagem
http://brumasdocarvalho.blogspot.com/


Fonte:revista superinteressante

terça-feira, maio 25, 2010

Plantas e sementes curativas


Escolha com cuidado as plantas certas
Vejamos agora as plantas mais adequadas para enfrentar correctamente o problema da diverticulose, seja do ponto de vista da prevenção, seja da terapia. Algumas delas podem contribuir para reduzir o risco de se chegar a uma diverticulite, mas é evidente que essa complicação grave deve ser deixada ao cuidado do médico e do cirurgião.

Psílio (Plantago ovata): É um laxante suave, que aumenta de volume em presença de líquidos; não é absorvido pelo intestino (quer dizer, não passa para o sangue) e é eliminado directamente com as fezes.
Dose aconselhada: 1-2 comprimidos (de 500 mg) às 10 e às 22 horas, durante 7-14 dias.

Anis verde (Pimpinella anisum): Além de possuir uma acção carminativa (reduz os gases intestinais), é capaz de restabelecer as contracções musculares normais (as chamadas contracções peristálticas), reduzindo significativamente os espamos.
Dose aconselhada: 20-35 gotas de extracto diluído às 10 e às 22 horas, num pouco de água, durante algumas semanas.

Linho (Linum usitatissimum): 1-3 colheres por dia de sementes descascadas e ingeridas com muita água. Possui uma suave acção laxante e depurativa do intestino.

Olmo (Ulmus rubra): A casca desta planta reduzida a pó pode ser de grande utilidade para evitar o aparecimento de uma diverticulite. A fibra do olmo possui uma acção laxante equilibrada para corrigir os problemas intestinais sem agravar o problema do estímulo intestinal. Pode ser comida ao pequeno-almoço, como uma papa, do tipo dos flocos de aveia.

Camomila (Matricaria recutita): A potente acção anti-inflamatória da camomila vulgar reduz os riscos de complicação de uma diverticulose. Bebida em forma de tisana, não demasiado quente, facilita também o trânsito intestinal e a eliminação das fezes.
Dose aconselhada: Uma chávena de tisana de manhã e à noite.

Batata-doce brava (Dioscorea villosa): Consegue aliviar a dor e a inflamação produzidas por uma diverticulite em fase inicial. Indicamos a seguinte preparação, na qual associamos à batata-doce outras plantas com acção complementar:
Dioscorea villosa: 2 partes (acção anti-inflamatória e anti-espasmódica).
Valeriana officinalis: 1 parte (relaxante para o tracto digestivo).
Viburnum album: 1 parte (só anti-espasmódico).
Menta piperita: 1 parte (anti-inflamatória e anti-espasmódica).
Preparação: Deitam-se duas colheres de sopa desta mistura num litro de água a ferver, para consumir bastante quente durante o dia.


Fonte da Pesquisa e Imagem
http://www.saudelar.com/

segunda-feira, maio 24, 2010

Dreamacatcher


A Roda da Medicina


A Roda da Medicina simboliza o grande significado espiritual para os Sioux. A crença é que a forma da roda representa o círculo da vida e da morte, que é considerado interminável e, sobretudo, representa a unidade do Grande Espírito ou avô. A Roda da Medicina era apenas para ser usado por um homem santo ou Medicina.


Dentro do círculo é uma forma de cruz, que simboliza as quatro direções e cada direção é representada com uma cor e sentido (s);



Norte - (Vermelha) da sabedoria, lugar onde os antigos passaram

Sul - (White) de juventude, amizade

Médio - (Amarelo) início, a família

West - (Black solidão), vida adulta





Lenda da Dreamcatcher - Lakota


Há muito tempo atrás, quando o mundo era jovem, um velho líder espiritual Lakota estava em uma alta montanha e teve uma visão. Nesta visão, Iktomi, o grande malandro e mestre de sabedoria, apareceu sob a forma de uma aranha. Iktomi a aranha pegou o mais velho do aro de salgueiro, que tinha penas, crina de cavalo, miçangas e ofereceram sobre ele, e começou a tecer uma teia. Ele falou com o idoso sobre os ciclos de vida, como começamos nossas vidas como crianças, passar a infância e para a vida adulta. Finalmente, vamos para a terceira idade onde devem ser tomados cuidados como filhos, completando o ciclo. "Mas", disse Iktomi como ele continuou a girar seu Web ", em cada momento da vida, há muitas forças, algumas boas e outras ruins. Se você escutar as forças boas, eles vão orientar você na direção certa. Mas, Se você escutar as forças ruins, eles vão orientar você na direção errada, e pode machucá-lo. Então, essas forças podem ajudar ou pode interferir com a harmonia da natureza. "

Enquanto a aranha falou, ele continuou a tecer sua teia. Quando Iktomi terminou de falar, ele deu a web mais velho e disse, "a web é um círculo perfeito, com um buraco no centro. Use a web para ajudar sua equipe a alcançar seus objetivos, fazer bom uso de suas idéias, sonhos e visões. Se você acredita no Grande Espírito, a web vai pegar suas idéias boas e as más vão atravessar o buraco. "

O ancião passou por sua visão para o povo, e agora muitos povos indígenas pendurar um apanhador de sonhos acima de sua cama para peneirar os seus sonhos e visões. O bom é capturado na teia da vida e realizado com o povo, mas o mal em seus sonhos cai pelo buraco no centro da teia e não são mais uma parte de suas vidas.

Fonte da Pesquisas
http://arletefunaroterapeutaholistica.blogspot.com/

A lenda do Filtro dos Sonhos "Xamanisno"


Conta uma velha lenda dos nativos norte-americanos, que um velho índio ao fazer uma Busca da Visão no topo de uma montanha, lhe apareceu IKTOMI, a aranha, e comunicou-se em linguagem sagrada. A Aranha pegou um aro de cipó e começou a tecer uma teia com cabelo de cavalo e as oferendas recebidas. Enquanto tecia, o espírito da Aranha falou sobre os ciclos da vida, do nascimento á morte e das boas e más forças que atuam sobre nós em cada uma dessas fases. Ela dizia :

"Se você trabalhar com forças boas, será guiado na direção certa e entrará em harmonia com a natureza. Do contrário, irá para direção que causará dor e infortúnios".

No final a Aranha devolveu ao velho índio o aro de cipó com uma teia no centro dizendo-lhe:

"No centro está a teia que representa o ciclo da vida. Use-a para ajudar seu povo a alcançar seus objetivos, fazendo bom uso de suas idéias, sonhos e visões. Eles vem de um lugar chamado Espírito do Mundo que se ocupa do ar da noite com sonhos bons e ruins. A teia quando pendurada se move livremente e consegue pegar sonhos, quando eles ainda estão no ar. Os bons sonhos sabem o caminho e deslizam suavemente pelas penas até alcançar quem está dormindo. Já os ruins ficam presos no círculo até o nascer do sol, e desaparecem com a primeira luz do novo dia"

Esse círculo é conhecido como "dreamcatcher" (apanhador de sonhos). Aqui no Brasil é chamado de Filtro dos Sonhos ou Coletor de Sonhos.Trata-se de um instrumento de poder para assegurar bons sonhos para aqueles que dormem debaixo dele, e também para trazer visões.Geralmente são colocados onde a luz bate pela manhã, em frente a janela. Os nativos nos ensinam que os sonhos passam pelo furo no centro e os maus sonhos ficam presos na teia e se dissipam à luz do amanhecer. Você poderá colocá-lo no seu quarto, escritório, ou até no berço ou carrinho do bebê. Os nativos ensinam que os bebês ao verem a pena balançar com o vento, se entretêm e aprendem a importância do ar. Ele é feito na forma de um círculo, tradicionalmente com galhos de Salgueiro. É feita uma rede na forma de uma teia de aranha com uma abertura ao centro. Tem muitas lendas de origem, de acordo com cada tribo e também diferentes formas de tecer.

Fonte da pesquisa e Imagem.
http://arletexamanismo.blogspot.com/

sexta-feira, maio 21, 2010

Bolsa-de-pastor


Zeyheria montana e capim gordura, graminea dominante e invasora em áreas antropizadas do cerrado.



Arbusto, com ocorrência no cerrado e cerrado ralo.
A dispersão das sementes aladas é feita pelo vento (dispersão anemocórica).
A planta possui uso artesanal, medicinal, melífero, como ornamental, e toxicóforo (Almeida et al., 1998), pois possui propriedades que produzem ou que contém tóxico. A utilização medicinal se aplica as afecções de pele e como anti-sifilítica


Fonte da pesquisa e Imagem
http://arboretto.blogspot.com/

quarta-feira, maio 19, 2010

OBSESSÂO E OBSESSORES


Este é um vasto assunto sobre o qual já tratamos parcialmente em textos anteriores e que trataremos um tanto mais profundamente de vez que consideramos hiper importante o dirigente espiritual ter conhecimento das “peças” que podem ser armadas pelo “Baixo Astral”.

Antes porém de iniciarmos, é sempre bom relembrar que: Ninguém pode socorrer espiritualmente alguém que não quer ser socorrido.

Pode ser que você ache, assim que ler essa afirmação acima, que essa seria até uma atitude anti-cristã. Não se preocupe. Esse pensamento acorre logo às pessoas movidas pelo excesso de emoções como é o caso do ser humano considerado normal - aquele que reage ao que lhe ensinam baseado no que sempre ouviu como verdade.

Mas se você está preparado(a) para aprender novos conceitos, pode continuar sua leitura pois entraremos em maiores detalhes adiante. Caso contrário, pode parar por aqui mesmo!

Como já vimos antes, em se tratando de obsessão constatada, todo o cuidado é pouco.

Quando uma pessoa chega ao ponto de estar obsedada por uma entidade espiritual é sinal de que suas defesas espirituais e energéticas (aura) já foram vencidas e a própria vontade dessa pessoa já depende em maior ou menor grau, da vontade do obsessor. Qualquer tentativa de afastamento por meios descontrolados pode ser fatal, pois em não poucos casos, a presença do obsessor torna-se fator importante na vida do obsedado.

Vamos estudar como se pode chegar a uma obsessão passo a passo e para isso teremos que abordar alguns outros temas como aura, chakras, etc, sobre os quais falaremos neste texto, apenas o suficiente para permitir um melhor raciocínio, ou seja, partiremos do princípio de que você já aprendeu as bases desses conceitos e vamos ver como eles se aplicam.

Todo ser humano, como você poderá ver na extensa literatura a respeito, traz à volta de seu corpo material, ainda que invisível aos olhos normais, uma emanação energética que o envolve à qual se dá o nome de AURA. Essa aura em síntese, é uma massa energética proveniente do interior do próprio ser e é formada pelas energias que esse ser produz, ou gera.

Por ser uma energia basicamente produzida pelo ser, traz em si as impressões de tudo o que ocorre com esse ser, seja fisicamente, mentalmente ou espiritualmente, ou seja, ela reflete aquilo que acontece com o ser em diversos níveis e desse modo é capaz de apresentar variações se o indivíduo está doente (físico), se está calmo ou com raiva (mental), ou se está sofrendo ataques de nível espiritual.

Todas as doenças provocam impressões na aura e há ainda os casos de doenças que ainda não chegaram à matéria mas que já se mostram na aura por modificações dos tons de certas cores (energias). Esses são normalmente os casos em que certos órgãos, ainda que enfraquecidos, não chegaram ao ponto de provocarem as síndromes ou sintomas da doença que virá. O mais importante no nosso caso no entanto, é saber que essa aura, por estar envolvendo o ser, funciona também como uma barreira para a entrada de energias estranhas (no caso de estar equilibrada) como as ambientais (egrégoras), as enviadas por outras pessoas, e até mesmo contra a entrada de certas entidades que normalmente não deveriam ali se intrometer. A aura é nosso escudo natural.

Entidades e energias estranhas sempre procuram atuar positivamente ou negativamente na aura sabendo que o que ali se processa vai fatalmente se processar na matéria mais adiante. Isso acontece desde os chamados “passes” até os “trabalhos mandados” e não poderia deixar de acontecer nos casos de obsessão quando entidades visam, como primeiro passo, o enfraquecimento desse escudo natural para que suas vontades possam alcançar com mais facilidade os indivíduos alvo.
Vamos considerar agora uma pessoa normal, que tenha a sua aura equilibrada e façamos de contas que uma entidade resolveu assumir seu comando ou obsedá-la.

Os motivos para isso poderiam ser vários, mas podemos destacar assuntos mal resolvidos em encarnações passadas, um trabalho feito, etc.

Qualquer futuro obsessor, por mais imbecil que seja, jamais fará ataques violentos desde o primeiro encontro.
Só fazem esses tipos de ataques entidades ou elementais que vêm para executar um trabalho e, tendo conseguido alcançar seus objetivos, saem à procura de novas vítimas. O futuro (ainda) obsessor, normalmente faz um estudo de sua vítima, sente quais são seus pontos fracos, (aqueles que causam o enfraquecimento da aura) e programa seus ataques com esse objetivo.

Suponhamos que a pessoa é muito vaidosa, adora ser elogiada, gosta de ganhar presentes e é médium praticante. O que fará o obsessor? Vai afastá-la dos “amigos”? Vai fazer com que perca tudo? Não ! É claro que não !

Vai arrumar um jeito de se apresentar como um de seus protetores, vai produzir trabalhos que provoquem os elogios dos clientes, vai incentivar o recebimento de presentes e outras adulações, tudo para que a pessoa cada vez mais, possa nele crer e com isso, cada vez mais, lhe abra a guarda (favoreça sua entrada na aura). Quanto mais puder ficar junto à pessoa, dirigindo-lhe os atos, mais os elos que os une se fortalecem, até porque, médiuns nessa situação costumam ficar cegos a qualquer tipo de aviso e não raramente dispensam a proteção e o trabalho com outras entidades que antes eram sempre presentes (sim, porque a essa altura elas já devem ter se afastado) pelo fato de não lhe trazerem tanta notoriedade.

Falar em deus ? Qualquer entidade pode falar e até dar conselhos, desde que isso seja o que a pessoa queira ouvir - não seria esse um obstáculo para quem tem um objetivo maior.

A coisa vai crescendo a um tal ponto que, quando se dá conta (se é que isso chega a acontecer), o obsedado não tem mais para onde correr. Os elos que criou com o obsessor foram tão grandes que ele é capaz de dirigir cada passo de sua vida e decidir o que deve ou não ser feito. O que pode advir daí…

Todos nós sabemos até por prática, que quanto mais se trabalha com uma determinada entidade, mais fácil fica o entrosamento entre médium e espírito. É como se as energias se entrelaçassem com mais facilidade e as incorporações ou mensagens transmitidas por outras formas se tornassem cada vez mais cristalinas. Se ao invés de uma entidade positiva esse trabalho se der com uma de não muito boas intenções….

O grande problema nesta forma de obsessão é que o espírito atuante só mostra seu real objetivo quando o médium está totalmente sob sua vontade.

São alvos fáceis para possíveis obsessores: (grifo nosso)

1- Pessoas inseguras :ou que possuam complexo de inferioridade: Essas pessoas, se atuadas por uma entidade que lhes passe a sensação de poder de que tanto necessitam, entregam-se “de corpo e alma”, na maioria das vezes sem nem mesmo fazerem um estudo sobre o que lhes está acontecendo;

2- Pessoas vaidosas: Principalmente aquelas que vêem nas práticas espirituais ou esotéricas uma forma de conseguirem a atenção de muitos. Aliás, a vaidade excessiva está muito ligada aos complexos de inferioridade;

3- Pessoas que possuam vícios :por substâncias que alterem seus estados de consciência como álcool, maconha, cocaína etc: Essas drogas por si, já favorecem à aproximação de entidades interesseiras porque produzem expansão e um enfraquecimento cada vez maior da aura. Esse tipo de pessoas costuma até mesmo ser o alvo preferido, pois a eles sempre se achegam entidades que comunguem com esses hábitos e podem absorver, através das auras desses incautos, as substâncias nas quais eles são viciados.

Estranhou quando eu disse que elas podem absorver através da aura? Pois observe bem!

A aura normalmente irradia para fora as energias que o ser gera, como já disse antes. Essas energias são os produtos finais de vários processos inclusive os metabólicos, ou seja, aquilo que o indivíduo come ou bebe, reflete-se em sua aura, não como forma de alimento, mas como uma energia específica que se mistura a outras energias geradas. Acontece que, as energias produzidas por processos metabólicos, bem assim como as geradas por atividade hormonal, principalmente as que dizem respeito ao sexo, são as de mais baixo teor vibratório (não quero dizer com isso que são negativas) e por isso mesmo são procuradas por entidades (espíritos e elementais) que delas sabem fazer uso.

Quando um indivíduo bebe álcool ou faz uso de outras substâncias tóxicas que modificam seu estado de consciência, sua aura se expande, se abre, e se torna menos densa, provocando aquele estado de relaxamento e até torpor ( esse é inclusive um processo utilizado por algumas entidades que pretendem “tirar a consciência de seus aparelhos”) . A partir daí, qualquer entidade poderá penetrar na aura e absorver (sugar) a energia que pretender.

Observe: Até agora falamos de obsessores sem termos passado pelos conhecidos “encostos” que não deixam de estar enquadrados nos processos obsessivos, só que em menor escala. Nessas situações, muito mais freqüentes nos casos de “trabalhos feitos” e até mesmo por pura fraqueza áurica, a entidade que “se encosta” normalmente não possui elos energéticos anteriores (como no caso de problemas mal resolvidos em encarnações passadas). Ou ela se aproxima de seu alvo por ter assumido dívida com outro encarnado (trabalho feito) ou simplesmente porque percebeu que ali poderá sugar fácil a energia de que julga necessitar. É lógico que um simples encosto poderá progredir para um processo obsessivo com o passar do tempo, mas como normalmente a entidade “que se encosta” começa logo a prejudicar o ser vivo, há sempre a possibilidade de ser percebido como algo nocivo e as medidas de afastamento serem acionadas a tempo.

Em um processo mais avançado, o obsessor pode chegar a ter domínio total sobre o ente encarnado. Neste caso o processo é classificado como possessão e é ainda mais complicado o seu tratamento.

Em qualquer dos casos acima citados, o tratamento pode variar de acordo com os rituais praticados pelos terreiros, mas em nenhum deles a cura será completa se o motivo que levou o encarnado àquela situação não for sanado. Seria como se retirássemos as formigas do mel mas não o limpássemos de sobre a mesa. Ele estaria ali sempre atraindo outras formigas e mais outras e mais outras. É por isso que afirmamos que de nada adiantam os supostos “milagres” se a pessoa socorrida não buscar em si as correções para que o sinistro não se repita.

O que é preciso então ? (grifo nosso)

O que é preciso nos terreiros de Umbanda (e qualquer Templo onde se queira realmente auxiliar aos que sofrem ataques do Baixo-Astral) é levar-lhes essa mensagem de modificação interna de comportamento. É fazer ver a todos que “o exorcismo” de seus males não termina no momento em que eles deixam de sentir seus sintomas e que o tratamento deve persistir com a mudança comportamental do “paciente” após isso.

É preciso que as pessoas entendam que processos de atuação negativa vindas do astral são como doenças. O Centro Espírita lhes determina os remédios para a cura imediata e a libertação dos agentes que as causam mas, se o paciente não se cuidar, a “doença” poderá voltar até de forma piorada.

Talvez agora você já possa entender quando afirmei no início que não se pode ajudar a quem não quer ser ajudado.
Você e seu grupo poderão até livrar esse tipo de pessoa, temporariamente, de um processo obsessivo, ou de puro encosto etc, sempre (nesse caso) com um desgaste energético muito grande “em nome da caridade”. Acontece porém que, quando for a hora da participação ativa do paciente, ou seja, quando dependerem dele as ações que deverão ser executadas para que se proceda ao seu “isolamento”, ou em outras palavras, para que permaneça protegido contra novos ataques, ele quase sempre vacilará e comprometerá todo o trabalho feito anteriormente e consequentemente, porá a perder todo o esforço do grupo que poderia ter sido feito em prol de outros que realmente estivessem a fim de se ajudarem. (grifo nosso)

Não é que eu seja contra a tentativa de auxílio, mas há que se convir que forçar o auxílio a pessoas desse tipo é querer até mesmo modificar seu Livre-Arbítrio.

Nesses casos, o mais indicado é que, após o devido atendimento espiritual, fale-se ao ex-atuado sobre sua real situação e suas necessidades doravante. Caso ele ou ela não aceite cumprir o necessário, fica caracterizada sua má vontade e desdenho pelo auto-progresso, o que, por conseqüência, deixará livre o grupo mediúnico e seu(s) dirigente(s) de qualquer responsabilidade futura.

De forma alguma pode um dirigente ou seu grupo querer impingir novos comportamentos e/ou práticas com as quais o paciente não concorde, da mesma maneira que, de forma alguma deve-se considerar não caridoso o(a) médium que se negar a atender novamente pessoas que, por não se esforçarem e não cumprirem todo um tratamento determinado anteriormente, retornam sempre com os mesmos “problemas” e não raramente com alguns outros mais.

Se você é participante ou dirigente ou mesmo freqüentador de Sessões Espirituais, já deve conhecer aquelas pessoas que vivem de problemas em problemas, casos após casos e nunca se dão por satisfeitas. Elas estão por aí em todos os terreiros, igrejas, templos etc. Têm sempre “casos sérios” a serem resolvidos e, à menor repreensão por parte de um dirigente e até entidades por conta da falta de esforço pessoal, acham-se “largadas”, “desfeiteadas”, “abandonadas” pela Religião e seus adeptos.

E casos de obsessão de encarnado sobre espíritos? Você conhece?(grifo nosso)

É isso mesmo !


Há encarnados tão “titubeantes”, tão inseguros e quase sempre tão vaidosos que, ao conseguirem alcançar a boa vontade de certas entidades, tornam-se verdadeiros obsessores destas.

Há uns 15 anos atrás, conheci um casal, sobre quem se sabia, “era muito espiritualizado”.

A senhora era dona de uma boa vidência e tinha como protetora uma cabocla que, não só nos momentos de consulta necessária, mas a qualquer momento do dia, era convocada a prestar socorro à dupla.

Contava-nos o senhor, “ com ares de quem entende do negócio “, que a cabocla de sua senhora era tão positiva que era capaz de informá-la quando “um trabalho estaria por ser feito” e que era figura importante na resolução dos problemas mais intrincados.

Contava-nos também que tudo o que estivessem por fazer submetiam antes ao critério da entidade que por sua vez determinava a melhor forma.

Numa determinada ocasião chegou a nos dizer que, quando estava por atravessar uma rua e o trânsito se encontrava muito problemático, não tinha dúvidas: Invocava a cabocla e o trânsito se descongestionava para que pudesse passar (nunca esqueci esta história!).

Que tal? Não era tudo o que você queria? Já pensou ter uma caboclinha disposta a executar todos os seus desejos? Isso é Espiritismo? Isso é Umbanda?

Partindo-se do princípio de que todas as histórias eram verdadeiras, só nos resta chegar à conclusão de que, se a cabocla não tinha “intenções outras” ao atender a todas essas reivindicações e servir de escrava para a dupla, sua bondade era tanta que não se apercebia de que a estavam fazendo de “ gênia particular ” o que nada acrescentava de valor aos seus padrões evolutivos atuais e ainda por cima diminuía a possibilidade da dupla “ aprender a andar com seus próprios pés ” e, consequentemente, evoluir.

Essa é só uma passagem que ilustra a obsessão de encarnado para desencarnado. Embora sempre haja facilidade maior do desencarnado se livrar do encarnado, certos laços afetivos que se formam em situações como essas ficam difíceis de serem dissolvidos.

O que eu disse antes não deve ser compreendido como se eu fosse rígido a ponto de nunca ter invocado uma entidade para me ajudar a resolver um ou outro problema em minha vida. Eu seria mais um HIPÓCRITA como tantos que por ai perambulam se quisesse fazer crer a alguém essa possibilidade. Embora muitos afirmem que ser médium é uma cruz, posso afirmar que, se for, é certamente a cruz mais leve que se carrega desde que se está encarnado, pois é justamente essa mediunidade (a possibilidade de se contatar com o invisível) que em muito facilita nossa estadia nesse Plano Físico, desde que sejamos, por merecimento e esforço próprio, acompanhados por entidades que realmente “valham a pena”.

É lógico que eu e todos os demais, vez por outra, “quando a corda aperta”, gritamos e vamos sempre gritar por nossos protetores, mas chamá-los para nos ajudar a atravessar a rua?…

Médiuns Umbandistas que volta e meia estão em contato com pessoas mal acompanhadas (seja encosto, obsessor, carga energética etc.), devem procurar sempre se resguardar dos resquícios que trabalhos deste tipo podem deixar em sua aura. Ainda que a entidade protetora assuma totalmente a direção do trabalho, é sempre importante que o médium se ajude posteriormente através dos rituais que certamente aprendeu com o dirigente de seu Terreiro, ou mesmo as próprias entidades com quem trabalha. Afastar uma entidade ou falange de um encarnado pode provocar problemas posteriores para o médium pois:

1- Entidades e falanges afastadas contra a vontade, poderão, se não forem devidamente encaminhadas, se voltar contra o médium que foi o instrumento de suas derrotas e, ainda que o médium pense que não, começar a promover aos poucos uma revolução na vida deste.

2- Demandas contra o Baixo-Astral, por mais que a entidade protetora promova a limpeza de seu “cavalo” quase sempre deixam miasmas (restos de energias negativas) no ambiente e na aura dos médiuns envolvidos, que se não forem expurgadas funcionarão como pontos de atração para mais energias negativas (nunca se esqueça de que os iguais se atraem).

3- O combate às entidades do Baixo-Astral e suas falanges sempre exige do médium, ainda que muito bem incorporado, um desgaste brutal de sua energia vital e conseqüente enfraquecimento de seu Escudo Áurico.

De posse dessas informações você poderia pensar : “Mas se tudo isso acontece, por que as entidades não falam sobre”?

Eu não sei qual o seu grau de conhecimento das práticas espirituais ou do grupo que você freqüenta, mas de qualquer modo fique sabendo que:

A) Se o dirigente de seu grupo tem realmente preparo espiritual para comandar sessões, ele obrigatoriamente aprendeu sobre isso, ainda que lhe tenha sido ensinado pela pessoa que o preparou, que por sua vez pode ter recebido o ensinamento de quem o preparou ou de entidades que tenham real conhecimento de práticas espirituais. De qualquer forma, o primeiro a tomar conhecimento o fez através de um ensinamento espiritual.

B) Que entidades verdadeiras, quando estão no comando ensinam sim, mesmo que em seu linguajar, diversas formas de limpeza astral traduzidas por banhos e defumações que visam a livrar consulentes e médiuns das energias espúrias e a retonificar suas auras (e muitas coisas mais no domínio do esotérico, quase sempre nas entrelinhas).

C) Que há muitas entidades e médiuns totalmente despreparados para a missão de dirigentes (Pais no Santo) nessas “umbandas” que se vê por aí. Há uma grande parte que acha que só porque “recebe uns espíritos” já pode montar Terreiros e orientar outros seres. Para esses “os espíritos sabem tudo e eles não precisam se preocupar “.

Resultado? Um sem número de “terreiros e centros” que mais parecem grupos folclóricos com desfiles de roupas, colares e cores de dar inveja a qualquer Escola de Samba do segundo grupo. O fato de em algumas consultas, “as entidades” conseguirem desvendar segredos da vidas de alguns já é o bastante para acharem que estão cem por cento preparados. Esquecem-se de que por serem médiuns, e por isso mesmo sensitivos ( pessoas que sentem, e nem por isso sempre compreendem, as emanações de outros) poderiam, se melhor treinados, desvendar esses segredos até mesmo sem a presença de entidade alguma, e isso não confirmaria que estivessem preparados para serem dirigentes de grupos espirituais (cegos guias de cegos) [grifo nosso] e principalmente entrarem em demanda com o Baixo-Astral que não é coisa com que se brinque.

Os rituais de desobsessão, expurgo, limpeza áurica e outros mais, variam de Terreiro para Terreiro e de Seita para Seita, mas eles existem e sempre deverão existir para o bem daqueles que se esforçam no sentido de levar auxílio espiritual a quem quer que seja, sob pena de serem eles amanhã, os necessitados da vez.

Por que eu disse que variam de Terreiro para Terreiro, de Seita para Seita? Será que não existe um padrão? Não teriam todos os Terreiros de Umbanda que ter os mesmos rituais? Se há tanta variação nos rituais, qual está certo e qual está errado?

Aguarde!

Certifique-se de que entendeu bem esse capítulo e as mensagens que ele traz.

Anote suas dúvidas porque futuramente trataremos desse assunto.

Entender profundamente sobre obsessões é fator primordial para quem se aventura na prática espiritual. Embora não nos tenhamos aprofundado tanto quanto pretendíamos a princípio, o que expusemos ao seu raciocínio já é um bom começo para compreender sobre ela muito mais do que muito “pai no santo” lhe poderia ensinar.

http://temploumbandistaestreladourada.blogspot.com/

terça-feira, maio 18, 2010

Incorporação Mediúnica:


TRECHO EXTRAÍDO DO LIVRO: "O ABC DO SERVIDOR UMBANDISTA" - AUTORIA:

PAI JURUÁ - NO PRELO.


Incorporação Mediúnica:

É a forma de mediunidade que se caracteriza pela transmissão falada

das mensagens dos Espíritos. É, em nossos dias, a faculdade mais

encontrada na prática mediúnica umbandista. Pode-se dizer que é uma

das mais úteis, pois, além de oferecer a oportunidade de diálogo com

os Espíritos comunicantes, ainda permite a doutrinação e consolação

dos Espíritos pouco esclarecidos sobre as verdades espirituais.

O papel do médium seja ele consciente ou não, é sempre passivo, visto

que servindo de intérprete neste intercâmbio, deve compreender o

pensamento do Espírito comunicante e transmiti-lo sem alteração, o que

é mais difícil quanto menos treinado estiver.

A incorporação é também denominada psicofonia, sendo esta denominação

preferida por alguns porque acham que incorporação poderia dar a idéia

do Espírito comunicante penetrando o corpo do médium, fato que sabemos

não ocorrer.

Martins Peralva, na sua obra "Estudando a Mediunidade”, que por sua

vez, baseou-se na obra "Nos Domínios da Mediunidade", ditada pelo

Espírito André Luiz ao médium Francisco Cândido Xavier, esclarece que:

"É através dela (a incorporação), que os desencarnados narram, quando

desejam (ou quando lhes é facultado), os seus aflitivos problemas,

recebendo dos doutrinadores, em nome da fraternidade cristã, a palavra

do esclarecimento e da consolação."

"Referindo-se aos benefícios recebidos pelo Espíritos nas sessões

mediúnicas, é oportuno lembrarmos o que afirmam mentores balizados

(balizar - v. tr. dir. Indicar por meio de balizas; abalizar;

distinguir; determinar a grandeza de.).

Léon Denis, por exemplo, acentua que, no Espaço, sem a benção da

incorporação, os seus fluidos, ainda grosseiros, "não lhe permitem

entrar em relação com Espíritos mais adiantados".

O Assistente Aulus, focalizando o assunto, esclarece que eles "trazem

ainda a mente em teor vibratório idêntico ao da existência na carne,

respirando na mesma faixa de impressões".

Emmanuel, com a palavra sempre acatada salienta a necessidade do

serviço de esclarecimento aos desencarnados, uma vez que se conservam,

"por algum tempo, incapazes de apreender as vibrações do plano

espiritual superior".

No Livro "Desafios da Mediunidade", o Espírito Camilo (mentor do

médium e conferencista José Raul Teixeira), examina o termo

"incorporação" – Questão n.º 28, trazendo um enfoque muito importante:

"É correto falar-se em "incorporação"?"

Resposta: "Não se trata bem da questão de certo ou errado. Trata-se de

uma utilização tradicional, uma vez que nenhum estudioso do

Espiritismo, hoje em dia, irá supor que um desencarnado possa

"penetrar" o corpo de um médium, como se poderia admitir num passado

não muito distante.

O fato de continuar-se a usar o termo incorporação, nos meios

umbandistas, também se deve a sua abrangência. Comumente (adj.

Vulgarmente; geralmente. (De comum.)), é proposto o termo psicofonia;

contudo, para muitos, a expressão estaria indicando somente fenômenos

da fala, como na psicografia temos o fenômeno da escrita, tão somente.

Ocorre que podemos encontrar médiuns psicógrafos cujo psiquismo os

desencarnados comandam plenamente. Aqui, então, tecnicamente, o termo

psicofonia, não se aplicaria, enquanto ficaria suficientemente

compreensível o termo incorporação.

Evocamos, então, o pensamento kardequiano, expresso em O Livro dos

Espíritos, dando elasticidade ao termo "alma", a fim de fazer o mesmo

no tocante ao termo incorporação. Como ele aparece com muita

freqüência ao longo dos estudos espíritas: "cumpre fixarmos bem o

sentido que lhe atribuímos, a fim de evitarmos qualquer engano." (O

Livro dos Espíritos, Introdução - II, final.)

Os médiuns de incorporação são classificados em conscientes, semi-

conscientes e inconscientes.

Médiuns Conscientes:

Corresponde a 90% dos médiuns de incorporação.

Pode-se dizer que um médium consciente é aquele que durante o

transcurso do fenômeno tem consciência plena do que está ocorrendo. O

Espírito comunicante entra em contato com as irradiações do corpo

astral do médium, e, emitindo também suas irradiações advindas do seu

corpo astral, forma a atmosfera fluídica capaz de permitir a

transmissão de seu pensamento ao médium, que, ao captá-lo, transmitirá

com as suas possibilidades, em termos de capacidade intelectual,

vocabulário, gestos, etc.

O médium age como se fosse um intérprete da idéia sugerida pelo

Espírito, exprimindo-a conforme sua capacidade própria de

entendimento.


Na fase de incorporação consciente, se o Guia Espiritual conseguir

passar para o médium 10% do que ele deseja, se dará por satisfeito; o

médium contribui com 90% do seu animismo. Esta forma de mediunidade

será tanto mais proveitosa quanto maior for à cultura do médium e suas

qualidades morais, a influência de espíritos bons e sábios, a

facilidade e a fidelidade na filtração das idéias transmitidas. Seu

desenvolvimento exige estudo constante, bom senso e análise contínua

por parte do médium.

No Cap. XIX do "Livro dos Médiuns", especificamente o item 225

descreve a dissertação dada espontaneamente por um Espírito superior,

sobre a questão do papel do médium, como segue:

"Qualquer que seja a natureza dos médiuns escreventes, quer mecânicos

ou semimecânicos, quer simplesmente intuitivos, não variam

essencialmente os nossos processos de comunicação com eles. De fato,

nós nos comunicamos com os Espíritos encarnados dos médiuns, da mesma

forma que com os Espíritos propriamente ditos, tão só pela irradiação

do nosso pensamento".

"Os nossos pensamentos não precisam da vestidura (s. f. Tudo o que se

pode vestir; vestimenta; traje; fato. (Do lat. vestitura.) da palavra,

para serem compreendidos pelos Espíritos e todos os Espíritos percebem

os pensamentos que lhes desejamos transmitir, sendo suficiente que

lhes dirijamos esses pensamentos e isto em razão de suas faculdades

intelectuais."

"Quer dizer que tal pensamento tais ou quais Espíritos o podem

compreender, em virtude do adiantamento deles, ao passo que, para tais

outros, por não despertarem nenhuma lembrança, nenhum conhecimento que

lhes dormitem no fundo do coração, ou do cérebro, esses mesmos

pensamentos não lhes são perceptíveis. Neste caso, o Espírito

encarnado, que nos serve de médium, é mais apto a exprimir o nosso

pensamento a outros encarnados, se bem não o compreenda, do que um

Espírito desencarnado, mas pouco adiantado, se fôssemos forçado a

servir-nos dele, porquanto o ser terreno põe seu corpo, como

instrumento, à nossa disposição, o que o Espírito errante não pode

fazer."

"Assim, quando encontramos em um médium o cérebro povoado de

conhecimentos adquiridos na sua vida atual e o seu Espírito rico de

conhecimentos latentes, obtidos em vidas anteriores, de natureza a nos

facilitarem as comunicações, dele de preferência nos servimos, porque

com ele o fenômeno da comunicação se nos toma muito mais fácil do que

com um médium de inteligência limitada e de escassos conhecimentos

anteriormente adquiridos. Vamos fazer-nos compreensíveis por meio de

algumas explicações claras e precisas."

"Com um médium, cuja inteligência atual, ou anterior, se ache

desenvolvida, o nosso pensamento se comunica instantaneamente de

Espírito a Espírito, por uma faculdade peculiar à essência mesma do

Espírito. Nesse caso, encontramos no cérebro do médium os elementos

próprios a dar ao nosso pensamento a vestidura da palavra que lhe

corresponda e isto quer o médium seja intuitivo, quer semimecânico, ou

inteiramente mecânico”.

Essa a razão por que, seja qual for à diversidade dos Espíritos que se

comunicam com um médium, os ditados que este obtém, embora procedendo

de Espíritos diferentes, trazem, quanto à forma e ao colorido, o cunho

que lhe é pessoal.

Com efeito, se bem o pensamento lhe seja de todo estranho, se bem o

assunto esteja fora do âmbito em que ele habitualmente se move, se bem

o que nós queremos dizer não provenha dele, nem por isso deixa o

médium de exercer influência, no tocante à forma, pelas qualidades e

propriedades inerentes à sua individualidade. É exatamente como quando

observais panoramas diversos, com lentes matizadas (matizar - v. tr.

dir. Variar, graduar (cores); dar cores vivas a; ornar; enfeitar; pr.

ostentar cores variadas.), verdes, brancas, ou azuis; embora os

panoramas, ou objetos observados, sejam inteiramente opostos e

independentes, em absoluto, uns dos outros, não deixam por isso de

afetar uma tonalidade que provém das cores das lentes."

"Ou, melhor: comparemos os médiuns a esses bocais cheios de líquidos

coloridos e transparentes, que se vêem nos mostruários dos

laboratórios farmacêuticos. Pois bem, nós somos como luzes que

clareiam certos panoramas morais, filosóficos e internos, através dos

médiuns, azuis, verdes, ou vermelhos, de tal sorte que os nossos raios

luminosos, obrigados a passar através de vidros mais ou menos bem

facetados (facetar - v. tr. dir. Fazer facetas em; lapidar; (fig.)

aprimorar.), mais ou menos transparentes, isto é, de médiuns mais ou

menos inteligentes, só chegam aos objetos que desejamos iluminar,

tomando a coloração, ou, melhor, a forma de dizer própria e particular

desses médiuns. Enfim, para terminar com uma última comparação: nós os

Espíritos somos quais compositores de música, que hão composto, ou

querem improvisar uma ária e que só têm à mão ou um piano, um violino,

uma flauta, um fagote ou uma gaita de dez centavos. É incontestável

que, com o piano, o violino, ou a flauta, executaremos a nossa

composição de modo muito compreensível para os ouvintes. Se bem sejam

muito diferentes uns dos outros os sons produzidos pelo piano, pelo

fagote ou pela clarineta, nem por isso ela deixará de ser idêntica em

qualquer desses instrumentos, abstração feita dos matizes do som. Mas,

se só tivermos à nossa disposição uma gaita de dez centavos, ai está

para nós a dificuldade."

"Efetivamente, quando somos obrigados a servir-nos de médiuns pouco

adiantados, muito mais longo e penoso se torna o nosso trabalho,

porque nos vemos forçados a lançar mão de formas incompletas, o que é

para nós uma complicação, pois somos constrangidos a decompor os

nossos pensamentos e a ditar palavra por palavra, letra por letra,

constituindo-se isso numa fadiga e num aborrecimento, assim como um

entrave real à presteza e ao desenvolvimento das nossas

manifestações."

"...” Quando queremos transmitir ditados espontâneos, atuamos sobre o

cérebro, sobre os arquivos do médium e preparamos os nossos materiais

com os elementos que ele nos fornece e isto à sua revelia (loc. adv.):

sem comparecimento ou conhecimento da parte revel. (De revel.). E como

se lhe tomássemos à bolsa as somas que ele aí possa ter e puséssemos

as moedas que as formam na ordem que mais conveniente nos parecesse."

“... Sem dúvida, podemos falar de matemáticas, servindo-nos de um

médium a quem estas sejam absolutamente estranhas; porém, quase

sempre, o Espírito desse médium possui, em estado latente,

conhecimento do assunto, isto é, conhecimento peculiar ao ser fluídico

e não ao ser encarnado, por ser o seu corpo atual um instrumento

rebelde, ou contrário, a esse conhecimento. O mesmo se dá com a

astronomia, com a poesia, com a medicina, com as diversas línguas,

assim como com todos os outros conhecimentos peculiares à espécie

humana."

"Finalmente, ainda temos como meio penoso de elaboração, para ser

usado com médiuns completamente estranhos ao assunto de que se trate o

da reunião das letras e das palavras, uma a uma, como em tipografia."

"Conforme acima dissemos, os Espíritos não precisam vestir seus

pensamentos; eles os percebem e transmitem, reciprocamente, pelo só

fato de os pensamentos existirem neles. Os seres corpóreos, ao

contrário, só podem perceber os pensamentos, quando revestidos.

Enquanto que a letra, a palavra, o substantivo, o verbo, a frase, em

suma, vos são necessários para perceberdes, mesmo mentalmente, as

idéias, nenhuma forma visível ou tangível é necessária a nós." Erasto

e Timóteo.

Complementa Kardec:

"NOTA. Esta análise do papel dos médiuns e dos processos pelos quais

os Espíritos se comunicam é tão clara quanto lógica. Dela decorre,

como princípio, que o Espírito haure, não as suas idéias, porém, os

materiais de que necessita para exprimi-las, no cérebro do médium e

que, quanto mais rico em materiais for esse cérebro, tanto mais fácil

será a comunicação.

Quando o Espírito se exprime num idioma familiar ao médium, encontra

neste, inteiramente formadas, as palavras necessárias ao revestimento

da idéia; se o faz numa língua estranha ao médium, não encontra neste

as palavras, mas apenas as letras. Por isso é que o Espírito se vê

obrigado a ditar, por assim dizer, letra a letra, tal qual como quem

quisesse fazer que escrevesse alemão uma pessoa que desse idioma não

conhecesse uma só palavra. Se o médium é analfabeto, nem mesmo as

letras fornece ao Espírito. Preciso se torna a este conduzir-lhe a

mão, como se faz a uma criança que começa a aprender. Ainda maior

dificuldade a vencer encontra aí, o Espírito. Estes fenômenos, pois,

são possíveis e há deles numerosos exemplos; compreende-se, no

entanto, que semelhante maneira de proceder pouco apropriada se mostra

para comunicações extensas e rápidas e que os Espíritos hão de

preferir os instrumentos de manejo mais fácil, ou, como eles dizem, os

médiuns bem aparelhados do ponto de vista deles.

Se os que reclamam esses fenômenos, como meio de se convencerem,

estudassem previamente a teoria, haviam de saber em que condições

excepcionais eles se produzem.

Médiuns Semi Conscientes:

Corresponde a 8% dos médiuns de incorporação.

É a forma de mediunidade psicofônica em que o médium sofre uma semi-

exteriorização do corpo astral, permitindo que esse fenômeno ocorra.

O médium sofre uma semi-exteriorizacão do corpo astral em presença do

Espírito comunicante, com o qual possui a devida afinidade; ou quando

houve o ajustamento vibratório para que a comunicação se realizasse.

Há irradiação e assimilação de fluidos emitidos pelo Espírito e pelo

médium; formando a chamada atmosfera fluídica; e então ocorre a

transmissão da mensagem do Espírito para o médium.


O médium vai tendo consciência do que o Espírito transmite à medida

que os pensamentos daquele vão passando pelo seu cérebro, todavia o

médium deverá identificar o padrão vibratório e a intencionalidade o

Espírito comunicante, tolhendo-lhe qualquer possibilidade de

procedimentos que firam as normas da boa disciplina mediúnica.

Ainda na forma semi-consciente, embora em menor grau que na

consciente, poderá haver interferência do médium na comunicação, como

repetição de frases e gestos que lhe são próprios, motivo porque

necessita aprimorar sempre a faculdade, observando bem as suas reações

no fenômeno, para prevenir que tais fatos sejam tomados como

"mistificação". Essa é a forma mais disseminada (disseminar - v. tr.

dir. Semear, espalhar por muitas partes; derramar; difundir, propagar.

(Do lat. disseminare.) de mediunidade de incorporação.

Geralmente, o médium, precedendo (preceder - v. tr. dir. anteceder;

estar colocado imediatamente antes de; chegar antes de. (Do lat.

praecedere.) a comunicação, sente uma frase a lhe repetir

insistentemente no cérebro; e, somente após emitir essa primeira frase

é que as outras surgirão. Terminada a transmissão da mensagem, muitas

vezes o médium só lembra, vagamente, do que foi tratado.

Médiuns Inconscientes:

Corresponde a 2% dos médiuns de incorporação.

Esta forma de mediunidade de incorporação caracteriza-se pela

inconsciência do médium quanto à mensagem que por seu intermédio é

transmitida. Isto se verifica por se dar uma exteriorização total do

corpo astral do médium.

O fenômeno se dá como nas formas anteriores, somente que numa gradação

mais intensa. Exteriorização do corpo astral, afinização com a

entidade que se comunicará, emissão e assimilação de fluidos, formação

da atmosfera necessária para que a mensagem se canalize por intermédio

dos órgãos do médium, são indispensáveis.

Embora inconsciente da mensagem, o médium é consciente do fenômeno que

está se verificando, permanecendo, muitas vezes, junto da entidade

comunicante, auxiliando-a na difícil empreitada, ou, quando tem plena

confiança no Espírito que se comunica, poderá afastar-se em outras

atividades.


O médium, mesmo na incorporação inconsciente, é o responsável pela boa

ordem do desempenho mediúnico, porque somente com a sua aquiescência

(s. f. Ato de aquiescer; anuência; assentimento, consentimento), ou

com sua conivência (s. f. Qualidade de conivente; cumplicidade

dissimulada; colaboração. (Do lat. conniventia.), poderá o Espírito

realizar algo.


Os Espíritos esclarecem que quando um Espírito se acha desprendido do

seu corpo, quer pelo sono físico, quer pelo transe espontâneo ou

provocado, e algo estiver iminente a lhe causar dano ao corpo, ele

imediatamente despertará. Assim também acontecerá com o médium cuja

faculdade se acha bem adestrada (adestrar - v. tr. dir. Tornar destro;

ensinar; exercitar; treinar; pr. tornar-se destro.), mesmo estando em

condições de passividade total; se o Espírito comunicante quiser lhe

causar algum dano ou realizar algo que venha contra seus princípios,

ele imediatamente tomará o controle do seu organismo, despertando.

Geralmente, o médium, ao recobrar sua consciência, nada ou bem pouco

recordará do ocorrido ou da mensagem transmitida. Fica uma sensação

vaga, comparável ao despertar de um sonho pouco nítido em que fica uma

vaga impressão, mas que a pessoa não saberá afirmar com certeza do que

se tratou.

Nos casos em que é deficiente ou viciosa a educação mediúnica, não há

a facilidade do intercâmbio, faltando liberdade e segurança; o médium

reage à exteriorização perispirítica, dificultando o desligamento e

quase sempre intervém na comunicação, truncando-a (truncar - v. tr.

dir. Separar do tronco; mutilar; omitir parte importante de. (Do lat.

truncare.).

Algumas vezes se tornam necessários, para o prosseguimento da educação

mediúnica, nos chamados exercícios de incorporação, que os Mentores

encarregados de tal desenvolvimento auxiliem o médium para que a

exteriorização se dê. Para evitar o perigo da obsessão, eles cuidarão

de exercitar o médium com os Espíritos comunicantes que não lhe

ofereça perigo. Todavia, ainda nesse caso, a responsabilidade pelo

desenvolvimento mediúnico está entregue ao médium, pois, se algo lhe

acontecer, ele poderá despertar automaticamente. O mesmo não acontece

no fenômeno obsessivo.

A mediunidade de psicofonia inconsciente é uma das mais raras no

gênero. Para que o médium se entregue plenamente confiante ao fenômeno

dessa ordem, é necessário que ele tenha confiança na sua faculdade,

nos Espíritos que o assistem e, principalmente, no ambiente espiritual

da reunião que freqüenta.

O Espírito Camilo no já citado livro "Desafios da Mediunidade",

analisa alguns aspectos importantes relacionados com o tema:

Questão 15: "É possível para o médium inconsciente, após o transe,

lembrar-se das sensações que teve durante a comunicação mediúnica?"

Resposta: "Tendo-se em conta que o médium, em estado de transe

inconsciente, não se acha desligado do seu corpo físico, mas somente

desprendido, podem remanescer em seus registros cerebrais certas

impressões, ou sensações, obtidas durante o transe, podendo mencioná-

las quando retorne a sua normalidade.

Durante o transe inconsciente, é comum acontecer que o médium fique

num estado de sono profundo, mas que lhe permite captar sons,

presenças variadas, luminosidade, ainda que não distinga esses sons,

não identifique essas presenças ou não perceba donde vem a claridade.

Essas sensações difusas podem fixar na memória atual e ser lembradas

após o transe. Contudo, isso varia de um para outro medianeiro, não

havendo uniformidade nessa questão."

Questão 14: "O fato de a mediunidade manifestar-se consciente ou

inconscientemente guarda relação com o adiantamento moral do médium?”.

Resposta: "De modo nenhum. A manifestação mediúnica, de aspecto

consciente ou inconsciente, nada tem a ver com o grau evolutivo do

médium, mas está relacionada com aspectos fisiológicos ou psico-

fisiológicos desse mesmo sensitivo.

Vale considerar que a consciência ou não durante o transe pode sofrer

intermitências, isto é, períodos de consciência alternando com

períodos de inconsciência, mormente (adv. Principalmente.) quando

esses estados são determinados por situações psicológicas ou psico-

fisiológicas.

Pode ocorrer que, de acordo com os tipos de Espíritos comunicantes ou

com o interesse dos Guias dos médiuns, apenas certas manifestações

sejam conscientes e outras não.

Depreendemos (depreender - v. tr. dir. e tr. dir. e ind. Perceber, vir

ao conhecimento de; inferir, deduzir. (Do lat. deprehendere.) daí que

pode haver flutuações na questão da consciência ou não do médium

durante as manifestações. Só não ocorrerão alternâncias no caso em que

essas características sejam determinadas pela estrutura fisiológica do

sensitivo que, então, não pode ser alterada. Assim, ele será

definitivamente consciente ou definitivamente inconsciente.

Por fim, é forçoso admitir que a chamada inconsciência mediúnica não

traz nenhuma superioridade para o fenômeno, não sendo garantia de

qualidade. O que dá ao fenômeno superioridade e garantia, num ou

noutro estado consciencial, é a qualidade moral do médium, seus

progressos como um todo, que fazem-no respeitado ante o Invisível, em

virtude da responsabilidade, da seriedade com que encara seus

compromissos."

Questão 16: "Qual a diferença entre médiuns sonambúlicos e

Inconscientes?"

Resposta: "Muito embora no seio do Movimento Espírita haja o costume

de chamar-se de sonambulismo àquele que sofre um transe inconsciente,

pelo fato de o médium "dormir" durante o processamento do fenômeno, é

necessário lembrar que o Codificador estabelece que médium sonambúlico

ou sonâmbulo é o indivíduo que, em seu estado de sonambulismo comum,

contata os desencarnados e transmite as mensagens que receba, podendo

vê-los e com eles confabular.

O estado de emancipação do sonâmbulo é o que facilita a comunicação (O

Livro dos Médiuns, cap. XIV, item 172).

No caso do médium inconsciente (Livro dos Médiuns, capítulo XVI, item

188), também chamado por Kardec de médium natural, encontramos aqueles

em que o fenômeno mediúnico apresenta um caráter de espontaneidade,

sem que a sua vontade consciente interfira, ou seja, nem sempre o

médium está desejando ou esperando que o fenômeno aconteça.

Aqui podemos ver a importância da boa formação intelecto-moral do

médium, pois esta é capaz de criar uma aura de proteção para ele, a

fim de que não se torne joguete de desencarnados irresponsáveis, ou

mesmo cruéis, que desejarão aproveitar-se da sua espontaneidade.

Vemos assim que, enquanto o médium inconsciente é controlado pelos

desencarnados que atuam por meio dele nos variados fenômenos, quer os

da psicografia, da psicofonia, da ectoplasmia e outros, o médium

sonambúlico encontra-se com os desencarnados; ao desprender-se do

corpo, com eles dialoga e nesse estado de emancipação relata o que vê

e o que ouve. Entretanto, também o sonambúlico, ao despertar, pode

guardar profunda ou parcial inconsciência do que com ele haja

transcorrido no Invisível


Fonte da Pesquisas e Imagem

http://temploumbandistaestreladourada.blogspot.com

Reflexão

Estou aprendendo que a maioria das pessoas não gostam de ver um sorriso nos lábios do próximo.Não suportam saber que outros são felizes... E eles não! (Mary Cely)