Herbário Póetico

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segunda-feira, julho 30, 2012

Sincronicidade

O termo "sincronicidade", (do grego syn, junto, e chronos, tempo) também chamado de "coincidência significativa", foi criado por Carl Gustav Jung para conceituar os fenômenos que não estão relacionados através de causa e efeito, mas que estão ligados através de significados semelhantes.

A sincronicidade ocorre entre o estado psíquico de uma determinada pessoa e:

- Um fato objetivo externo e independente dela que corresponde ao seu estado psíquico, mais sem possibilidade de conexão, ainda que ocorra de modo simultâneo no mesmo espaço e tempo.

- Um fato objetivo correspondente ao estado psíquico da pessoa, simultâneo, mas fora do campo de observação.

- Um fato objetivo e externo correspondente ao estado psíquico da pessoa, mas que não ocorre ao mesmo tempo e só pode ser verificado no futuro. Neste caso, Jung aplica o termo "Estado Sincronístico".

Sincronicidade era para Jung todos os fenômenos sem relação de causa e efeito, mas significativos entre o psiquismo do indivíduo e ocorrências no mundo exterior. Ou seja em alguns momentos determinados eventos ocorrem ao mesmo tempo em nosso mundo interior e no mundo exterior, sem uma conexão causal, eles simplesmente acontecem. E são sempre "coincidências" repletas de simbolismo, que não podem ser previstas ou provocadas.
Entre os sensitivos e médiuns, o fenômeno da sincronicidade ocorre com maior frequência.

Os eventos ligados aos fenômenos da percepção extra-sensorial são considerados por Jung como integrantes da sincronicidade. Em função disso, estudou alquimia, astrologia, I Ching, Tarot.

De modo simplificado, na leitura do baralho cigano, a pergunta falada ou pensada pelo consulente é o componente psíquico e a carta por ele escolhida (simultaneamente enquanto pensa ou fala) é a situação externa e objetiva que "coincide com seu momento interno".
E a interpretação da mensagem contida no simbolismo da carta deve ser sentida, intuída e captada por quem realiza a leitura, traduzindo para o consulente a resposta do oráculo.

Exemplos


- Estado psíquico: Carta
desconfiança de roubo Rato
desconfiança de traição Cobra
medo de morrer, pensar em morte Caixão
saber se vai casar Anel/Aliança

Entendendo que o fato das cartas escolhidas pelo consulente corresponderem simbolicamente a situação exata de sua pergunta, não conclui cabalmente a resposta definitiva e a conclusão da questão.
O consulente tira a carta do caixão, porque está pensando muito que vai morrer logo, a carta escolhida reflete o estado psíquico dele (medo de morte) mas não garante que ele vai morrer e sim que está pensando muito nisso.


Crédito da imagem
http://selfterapias.com.br/sincronicidade/
http://ciganaseciganosnaumbanda.blogspot.com.br/

terça-feira, julho 24, 2012

A pessoa tem que se apostar toda







A verdade é um desafio, o maior que existe. É um desafio para inquirir, é um desafio para buscar e é um desafio para ser. Não é alguma coisa que você vai possuir algum dia – é uma coisa que você tem que se tornar.

E, de fato, você só pode se tornar aquilo que você já é, você só pode se tornar o seu ser.

O desafio da verdade é o desafio do seu próprio núcleo mais interno, o desafio de chegar em casa, o desafio de voltar ao centro, o desafio de reconhecer a si mesmo, o desafio de conhecer, de encontrar a si mesmo.

É árduo. Olhar-se de frente é árduo – porque investimos demais na nossa ignorância; apostamos demais na nossa autoignorância. Então, o autoconhecimento começa a se tomar muito, muito difícil. Assim, todos são chamados, mas apenas uns poucos ouvem o chamado.

E daqueles poucos que ouvem o chamado, muitos desses o interpretam mal, iludem-se a si próprios. Aqueles que ouvem da maneira certa, mesmo eles não persistem muito tempo. Assim, muitos são chamados mas muitos poucos chegam.

De fato, todo mundo é chamado. O desafio de Deus é para todos; é um convite aberto. Você está aqui para este desafio – para aceitá-lo, para passar através do fogo, para ser purificado pelo fogo.

Mas é um jogo de risco; a pessoa tem que se apostar toda. E esta é a ironia: de que quando você não tem nada, tem muito medo de apostar. A ironia... Quando você tem, tem a coragem de apostar também.

Esta é minha experiência de todo dia: sempre que vejo alguém que tem alguma coisa, ele está pronto para se entregar, e sempre que cruzo com uma pessoa que não tem nada, ela tem muito medo de se entregar.

Isso é muito misterioso. Quem não tem nada, tem muito medo de se entregar – talvez tenha medo de que, se ele se entregar, encontrará o seu estado de nada. Se entregar as suas defesas, conhecerá o seu vazio interior, a sua pobreza. É melhor fingir que se é rico e nunca olhar para dentro. É melhor continuar a sonhar: "Eu tenho muito, como posso me entregar?"

Mas esta é minha experiência, e nunca encontrei nenhuma exceção; esta parece ser a regra: aqueles que têm, estão prontos para se entregar, eles não têm medo. E Jesus dizia: "Àqueles que têm, lhes será dado mais, e àqueles que não têm, mesmo isso lhes será tirado."

Quando você tem, tem a coragem de apostar. E quando você aposta, torna-se capaz de obter mais. E quando aposta tudo, incondicionalmente, totalmente, somente então se torna capaz de receber o presente de Deus. Então, Cristo nasce em você.

Quando você aposta tudo, Cristo nasce em você. Quando você passa pela crucificação, quando você é crucificado, há a ressurreição.


Osho, em "O Caminho do Amor: Discursos Sobre as Canções de Kabir"



Leia mais: http://www.palavrasdeosho.com/#ixzz21X0em1jp

segunda-feira, julho 16, 2012

O perigo dos pequenos pensamentos negativos



Como é verdadeiro o fato de que basta seguirmos um ínfimo pensamento negativo para desencadearmos uma série de dúvidas e frustrações! Nossospequenos pensamentos negativos são como um vírus, que rapidamente se multiplica e cresce, causando-nos febre e mal-estar.
É preciso manter nossa mente sob uma lente de aumento de microscópio.
Como são tantos os pensamentos que fluem em nossa mente, na maioria das vezes não nos damos conta do quanto somos invadidos por atitudes mentais destrutivas. É como a gripe: na maioria das vezes, só percebemos que estamos gripados quando começamos a nos sentir mal. Mas assim como é possível reverter um processo gripal se soubermos identificar seus menores sintomas, podemos reverter a mente negativa ao aprender a identificá-la assim que ela surgir.
Lama Gangchen Rinpoche nos ensina a reconhecer os menores sinais de mudança de nossa mente nas diversas expressões de rosto: elas refletem as nuanças de cada forma-pensamento. Para tanto, ele nos estimula a usar nossa capacidade de manter a atenção como um espelho. Isto é, se estivéssemos vendo nossa imagem 24 horas refletida num espelho, ficaríamos surpresos ao ver quantas de nossas expressões faciais não são tão belas quanto aquelas que tentamos fazer quando nos olhamos no espelho rapidamente para nos arrumar.
Se não queremos mais ter faces feias, temos que começar por admitir que costumamos fazê-las, alertou Lama Gangchen Rinpoche em seus ensinamentos.
Mas, por que fazemos faces feias? Rinpoche nos lembra que estas faces expressam nossa fome e sede interior que se agravam à medida que não fazemos nada para saciá-las! Costumamos perder mais tempo nos lamentando da fome do que gerando recursos para supri-la. Isso ocorre porque conhecemos pouco os alimentos da alma. O que torna nossa mente sutil satisfeita?
São atitudes que nutrem nosso corpo e mente sutil: orar, recitar mantras, fazer visualizações criativas, assim como mover o corpo com gestos pacíficos. Temos que admitir que nossas atitudes habituais não nos nutrem verdadeiramente, pois são o resultado de uma mente pequena que quer apenas se proteger, se defender. Mas possuímos também uma mente grande, que busca naturalmente por evolução.
Thomas Moore, em seu livro O que são almas gêmeas (Ed. Ediouro), comenta que por mais verdadeiros que sejam os problemas da vida prática, eles nunca são idênticos às preocupações da alma. Por isso, escreve: Para nos devotarmos à alma, talvez seja preciso soltar outros vínculos, e para permitir que a alma expresse sua própria intencionalidade e propósitos, talvez tenhamos que abrir mão de antigos valores e expectativas.
De fato, as exigências da alma podem nos parecer paradoxais. Por exemplo, quem não conhece o desejo de querer se libertar das atitudes baseadas no apego, como o ciúme? Apesar da alma não querer viver sob a tensão do controle, nossa mente pequena encontra apenas segurança quando controla tudo e todos...
Por isso, sentir a satisfação interior é uma tarefa difícil demais para uma mente pequena!
Lama Gangchen nos ensina a diferenciar as atitudes mentais entre uma pequena e uma grande mente. Quanto estamos sob os ditames da mente pequena, dizemo-nos: Eu não sei... eu não quero... eu não posso... Mas quando atuamos com nossa mente grande, proclamamos sem dificuldade: OK, eu posso lidar com esta situação, seja ela agradável ou não.
A mente grande não rejeita nenhuma experiência da vida. Afinal, ela não está contaminada por atitudes covardes ou indulgentes. Se passarmos a observar honestamente quantas situações podemos enfrentar se não seguirmos nossa mente pequena, ficaremos surpresos e felizes em notar que podemos fazer muito mais do que estamos habituados.
Temos que admitir que as atitudes mentais de uma mente pequena não nos nutrem verdadeiramente, pois são o resultado da insegurança. Uma mente pequena diz que não sabe, mesmo antes de se questionar. Diz que não quer, sem ter consultado seus desejo mais profundos. Baseadas na carência, são atitudes que buscam se defender sem até mesmo terem sido atacadas. Uma mente pequena é tendencialmente competitiva. Apesar de ser uma mente baseada na crença de ser excluída e solitária, não busca por união. Já a mente grande busca naturalmente evoluir, unir, comungar.
A mente pequena nutre o sofrimento, enquanto que a mente grande sabe como absorvê-lo. O sofrimento perde sua força ao passo que é reconhecido pela mente grande. Por isso, os mestres budistas nos incentivam a dialogar com o nosso sofrimento. Lama Gangchen nos fala: Deixe a sua sabedoria conversar com a sua ignorância. Dê tempo e espaço para sua sabedoria de expressar. Ela não deve ficar oprimida pela ignorância.
A agitação interior é um reflexo do movimento de uma mente pequena. Se nos determinarmos a não segui-la e, cultivarmos uma atitude de calma e a atenção, já estaremos manifestando naturalmente nossa mente grande!

Bel Cesar é psicóloga e pratica a psicoterapia sob a perspectiva do Budismo Tibetano. Trabalha com a técnica de EMDR, um método de Dessensibilização e Reprocessamento através de Movimentos Oculares. Autora dos livros Viagem Interior ao Tibete, Morrer não se improvisa, O livro das Emoções, Mania de sofrer e recentemente.
O sutil desequilíbrio do estresse, todos pela editora Gaia.


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Email: belcesar@ajato.com.br

http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=5191
Fonte de minha pesquisa:
http://existenciaconsciente.blogspot.com.br/2012/04/o-perigo-dos-pequenos-pensamentos.htm

quinta-feira, julho 05, 2012

Abra espaço para a alegria

 



Conhecer a si mesmo é muito fácil. Você não precisa aprender quem você é, precisa, sim, desaprender algumas coisas.

Primeiro, você tem que desaprender a se preocupar com tudo. Segundo, você tem que desaprender a se preocupar com os pensamentos.

A terceira etapa é uma conseqüência natural – basta observar.

Qualquer lugar serve, o fundamental é começar a observar mais as coisas. Sentado, em silêncio, olhe uma árvore. Não pense e não se pergunte "Que tipo de árvore é essa?" – não julgue se é bonita ou feia, se está verde ou seca. Não deixe que nenhum pensamento crie perturbações, apenas observe a árvore.

Você pode fazer essa meditação em qualquer lugar, olhando qualquer coisa, apenas lembre-se de uma coisa: quando o pensamento vier, coloque-o de lado e continue observando. No começo será difícil, mas logo as pausas começarão a surgir: não haverá nenhum pensamento, mas você extrairá uma grande alegria com essa simples experiência.

A árvore está lá, você está lá e entre os dois há um espaço vazio – sem pensamentos. De repente surge uma grande alegria, aparentemente sem razão alguma. Você aprendeu o primeiro segredo.

Isto tem que ser usado de uma forma mais sutil. Por ser mais simples, eu sugiro que você comece com um objeto. Você pode sentar-se em seu quarto e ficar olhando para uma fotografia – não pense, apenas olhe. Aos poucos, você percebe que a mesa está lá, você está lá, mas não há nenhum pensamento entre vocês dois.

A sensação de alegria é imediata. É a sensação de contentamento que fica reprimida pela profusão de pensamentos.

Comece com os objetos e, quando tiver entrado em sintonia, ao sentir que os pensamentos desaparecem e os objetos permanecem, passe para a segunda etapa. Feche os olhos e volte-se para qualquer pensamento que surgir na tela de sua mente: pode ser uma face, uma nuvem se movendo ou qualquer outra coisa – apenas olhe, sem pensar.

Essa etapa será um pouco mais complicada do que a primeira porque as coisas são ainda mais simples e os pensamentos especialmente sutis. Seja paciente. Pode levar semanas, meses ou anos: depende do seu grau de atenção e entrega.

Um dia, de repente, o pensamento não estará mais lá e você se encontrará sozinho. A grande alegria será mil vezes maior do que da primeira vez, quando você percebeu que a árvore estava lá e o pensamento tinha desaparecido.

Este é o momento de começar a terceira etapa: observe o observador. Os objetos e os pensamentos foram deixados para trás: agora você está sozinho. Seja o observador desse observador. No começo será difícil porque nós só sabemos prestar atenção em algo – um objeto ou um pensamento. Agora não há nada, só o vazio absoluto. Apenas o observador permanece. Você tem que se voltar para si mesmo.

Esta é a chave mais secreta. Você continua sozinho. Descanse nesse instante de solidão e, quando o momento chegar, você saberá, pela primeira vez, o que é a alegria. É você em sua essência. É como voltar para casa.

Você tem que desaprender coisas e pensamentos. Preste atenção no que é mais simples, depois no que é sutil e, finalmente, no que está além do simples e do sutil.

Osho, em "Uma Farmácia Para a Alma"
Imagem por 2002ttorry


Leia mais: http://www.palavrasdeosho.com/2012/07/abra-espaco-para-alegria.html#ixzz1znHehbk9

Reflexão

Estou aprendendo que a maioria das pessoas não gostam de ver um sorriso nos lábios do próximo.Não suportam saber que outros são felizes... E eles não! (Mary Cely)