Herbário Póetico

Espaço destinado a divulgaçao de: Receitas, Crenças. Misticismo Chás, Ervas&Aromas. Medicina Convencional Fitoterápico e Alternativo! Tudo que se relaciona com coisas naturais! Sem fins lucrativos. Nosso prazer e ver você informado. Agradecemos sua visita! Volte Sempre!

Inteligentes &Perpicazes

Total de visualizações de página

domingo, janeiro 30, 2011

Apego X Amor



Um dos motívos pelo qual é tão difícil praticar o desapego, é por causa da resistência humana a esta conduta. A prática do desapego é desencorajada em todos os seguimentos da sociedade! Nós somos ensinados desde cedo a nos apegar a tudo e a todos. Devemos nos apegar a nossos pais, nossos pertences, nossa vida... Confundimos apego com amor e passamos a vida toda cultivando o apego sem cultivar o amor.
Só sabemos o que é o amor incondicional quando livres das amarras das paixões e do apego. O amor é totalmente o oposto do apego (que é o conceito distorcido de amor) pois o amor liberta, o apego, aprisiona. O apego é o sentimento predileto do EGO. Na verdade, o apego é o grande alimentador do ego. Veja, o amor distorcido de hoje, na verdade, é o amor ao próprio ego, pura e simplesmente.
As pessoas querem possuir coisas para alimentar o ego. Casa, carro, status... tudo isso é desejo do ego, fortalecido pelo apego, é o sentimento de posse. Esse mesmo sentimento é o que dirige as relações humanas hoje. É MEU FILHO, MEU MARIDO, MINHA ESPOSA... percebes? O apego às pessoas é taxado como amor. Mas como já foi dito aqui, o apego só alimenta o Ego, então, as pessoas não amam os cônjuges, pais ou filhos, elas os querem para satisfazer o ego. Quer um exemplo? Porque é tão comum as pessoas casarem-se e se separarem algum tempo depois? Será que o amor acabou?!? É claro que não! O que acontece, na maioria das vezes, é que se apegam ao prazer causado pelo coquetel químico desencadeado pela paixão. Quando a paixão acaba, acaba o motivo pelo qual se casam. Então o ego corre atrás de outra pessoa que descarrege a quimica novamente... quando não é a paixão que move o relacionamento, é o interesse. O coroa ricásso casa com a menininha novinha para desfilar com o troféu perante seus pares... já a menininha encara o coroa pelo conforto material e pela segurança. É tudo uma troca de interesses. É difícil para a pessoa conceber o amor sem a troca. "Eu o amo, mas você me deve fidelidade", não é assim? "Eu o amo, mas você tem que mudar esse seu jeito", "Eu amo você, mas você precisa me dar um pouco mais de atenção"... todas essas frases resumem o apego, não o amor. As pessoas amam a si próprias e querem possuir o outro, para que este satisfaça suas necessidades, sua carência de carinho, atenção, recursos financeiros, sexo...
Já o amor verdadeiro não impõe condições de forma alguma. O mais próximo que o ser humano comum hoje chega do amor verdadeiro é no relacionamento mãe/filho. Quando você ama de verdade, o importante é fazer o outro feliz e não o contrário. E mais importante ainda, amor não é sentimento, é escolha, é atitude. Sentimento faz parte do ego, anda de mãos dadas com o apego.

O desapego é a chave para o despertar espiritual

Com o desapego vem a libertação de Maya, a ilusão da fisicalidade. A partir do desapego, nos tornamos capazes de nos libertar do Medo! Medo da perda, medo da rejeição, medo do fracasso, medo da morte. Assim, podemos descobrir como passear por esta dimensão totalmente libertos para aprender, para amar verdadeiramente e cumprir o que nos cabe neste mundo. A visão espiritual é imcompatível com o apego. O apego contamina a mente do homem tão intensamente que o torna cego para tudo o que não esteja ao alcançe de seus sentidos. O apego mergulha o homem profundamente na matéria e contribui para a perda da identidade espiritual, da conexão com a fonte de tudo o que é, a conexão consigo mesmo.

Equilibrio Emocional X Frieza

Quando alguém foge ao padrão da maioria da humanidade e desenvolve o equilibrio emocional resultante da prática do desapego, é taxado de frio, insencível, coração de pedra... Confesso que já fui chamado de todos esses adjetivos, principalmente nos primeiros anos de minha vida. Isso por que, desde criança, tive a dádiva de desenvolver o desapego. Não aprendi isso com ninguém, pelo menos não nesta vida. Foi algo que aconteceu naturalmente, de forma inata. Entretanto, me custou e me custa muito caro até hoje. As pessoas estão acostumadas ao apego e rejeitam qualquer atitude diversa, você é cobrado a ter uma atitude mais emocional, passional. Caso contrário, você é taxado como alguém que não ama, que não tem vínculos afetivos. Isso soa familiar para você? Se sim, bem vindo ao clube! Mas lembre-se que o errado não é você, você está no caminho certo.

Um abraço.



Fonte do texto e Imagens

http://aquelequebuscaverdade.blogspot.com/

sexta-feira, janeiro 28, 2011

Reencontro


Eu vim aqui me buscar. E aqui parecia ser longe, muito longe do lugar onde eu estava, o medo costuma ver as distâncias com lente de aumento. Vim aqui me buscar porque a insatisfação me perguntava incontáveis vezes o que eu iria fazer para transformá-la e chegou um momento em que eu não consegui mais lhe dizer simplesmente que eu não sabia.
Vim aqui me buscar porque cansei de fazer de conta que eu não tinha nenhuma responsabilidade com relação ao padrão repetitivo da maioria das circunstâncias difíceis que eu vivenciava.
Vim aqui me buscar porque a vida se tornou tediosa demais. Opaca demais. Cansativa demais. Encolhida.
Vim aqui me buscar porque, para onde quer que eu olhasse, eu não me encontrava. Porque sentia uma saudade tão grande que chegava a doer e, embora persistisse em acreditar que ela reclamava de outras ausências, a verdade é que o tempo inteirinho ela falava da minha falta de mim.
Vim aqui me buscar porque percebi que estava muito distante e que a prioridade era eu me trazer de volta. Isso, se quisesse experimentar contentamento. Se quisesse criar espaço, depois de tanto aperto. Se quisesse sentir o conforto bom da leveza, depois de tanto peso suportado. Se quisesse crescer no amor.
Vim aqui me buscar, com medo e coragem. Com toda a entrega que me era possível. Com a humildade de quem descobre se conhecer menos do que supunha e com o claro propósito de se conhecer mais.
Vim aqui me buscar para varrer entulhos. Passar a limpo alguns rascunhos. Resgatar o viço do olhar. Trocar de bem com a vida. Rir com Deus, outra vez.
Vim aqui me buscar para não me contentar com a mesmice. Para dizer minhas flores. Para não me surpreender ao me flagrar feliz. Para ser parecida comigo. Para me sentir em casa, de novo.

Vim aqui me buscar. Aqui, no meu coração.

Texto de Ana Jácomo
http://anajacomo.blogspot.com/

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Anjos De Luz


Hoje eu estava aqui no meu canto, pensando na vida, quando resolvi conversar com aquele amigo que está sempre a nosso lado o Anjo da Guarda:

- Meu querido e amado Anjo, como é a vida ai em cima?

Respondeu - me, o Anjo:

- Querido amigo sonhador, quem foi que te disse, que vivo aqui em cima?

- Mas, Anjos não vivem no céu, ao lado de Deus?

- Sim? Os Anjos de luzes vivem no céu ao lado de Deus, mas eu sou um Anjo da Guarda, e Anjos da Guarda, vivem ao lado de quem nós protegemos.

- Hum, então tu caminhas lado a lado comigo, nas minhas aventuras, no meu dia-a-dia?

- Exatamente, eu não descuido um só segundo da tua vida, dos teus afazeres, vivo iluminando o teu caminho, estou sempre a tua frente, preparando a tua chegada, desviando você dos perigos que ora, estejam em sua passagem.

- E como é o meu dia-a-dia, dou - lhe, muito trabalho?

- Meu caro amigo, desde que, foi me dada esta missão, procuro cumprir a risca todos os ensinamentos do mestre, para proteger - te, das horas difíceis, dos momentos alegres, tristes, de sua louca vida de aventuras e quando recolhes para o teu sono, ainda dou - lhe, um beijo em seu coração, sem que uma palavra sua, venha-me, agradecer.

- Mas, meu amado Anjo, todas as noites quando eu vou deitar-me, faço minhas orações aos céus, agradecendo a graça recebida, por ter respirado em mais um dia.

- É Verdade, tu agradece aos céus, mas, esquece-se de que eu não vivo lá, vivo aqui, o agora, ao teu lado.

- Como faço então, para agradecê-lo?

- Simples... feche os olhos e diga: "Meu Anjo da Guarda, fazei com que eu não sofra nenhum tipo de ameaça, protege-me, dos ciúmes e dos olhos do mal, amém.

- Meu amado Anjo, só mais uma pergunta: quando um Anjo da Guarda, passa a ser um Anjo de luz?

- Quando você meu amigo, subires aos céus, eu serei o teu Anjo de Luz.

Pesquisa do google
Recebido por email de um Anjo de luz

terça-feira, janeiro 25, 2011

Mensagem do Anjo da Confiança


Mensagem do Anjo da Confiança
"Aja a partir de um ponto de sabedoria dentro de si mesmo, ao invés de agir por adaptação a uma experiência externa. Liberte-se dos seus pré-conceitos e da sua necessidade de controlar o processo criativo da vida.

Não importa qual o caminho espiritual em que se encontre, uma sensação de paz total se resume apenas numa questão: consegue abrir mão da necessidade de controlar a sua vida e confiar na existência de forças benevolentes que guiam tudo o que já aconteceu, acontece e acontecerá?

Confiar é o modo como a alma se sintoniza com a lei fundamental da realidade. Há um ritmo profundo que se move através de toda a vida e que não pode ser controlado pela nossa vontade. Quando a confiança informa a nossa experiência, ela permite que a nossa psique relaxe e que a nossa alma fique em paz com a nossa situação. Podemos descansar numa irrefutável confiança de que o universo provê; de que temos e receberemos aquilo de que realmente necessitamos. Na verdade, frequentemente ultrapassa de longe aquilo que somos capazes de imaginar.

Quando temos muita confiança básica, somos corajosos e assumimos riscos. Não suprimimos as nossas competências. Mergulhamos na vida de cabeça, fazendo aquilo que parece ser apropriado, com a confiança de que dará certo. A vida torna-se uma história de criação, não um curso de obstáculos.

Sem confiança básica, temos tendência a reagir àquilo que acontece com o nosso condicionamento, querendo que o nosso processo siga um caminho ou outro. Nós apegamo-nos a suposições e resultados predeterminados. Tornamo-nos tensos e contraídos e fazemos o possível para manipular as circunstâncias para que se encaixem nos nossos desejos.

Aqui vai uma sugestão para mudar a resposta interna automática a sinais externos. Quando um sinal de trânsito se torna amarelo e há uma distância segura para parar antes dele se tornar vermelho, o que tende a fazer? Acelera para conseguir passar? Se a resposta é sim, esta é uma metáfora para o que acontece dentro de si quando a sua luz amarela da preocupação se acende – você acelera, tenta com mais afinco, move-se mais depressa, faz mais, todas essas reacções sendo respostas de stress advindas do seu condicionamento. Confiança é a habilidade de parar e esperar que a luz verde sinalize a hora de seguir adiante novamente.

Para o mês de Novembro, por que não exercitar os travões quando as luzes estiverem amarelas e tirar um momento para pausar, e respirar na confiança e no ritmo mais profundo da vida, enquanto espera que a luz verde novamente sinalize a hora de seguir?

Que a Confiança aumente a sua capacidade de pensar amorosamente e agir com bondade."

Calorosamente,

Kathy Tyler (Innerlinks)
Fonte: http://www.taygeta.com.br/

Fonte do texto e Imagem
http://katiabueno.blogspot.com/

segunda-feira, janeiro 24, 2011

O AMOR E A DÁDIVA DA CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL



Trazer a cura aos relacionamentos familiares pode ser um dos aspectos mais difíceis do processo de cura espiritual. A razão para isto é que escolhemos encarnar dentro de nossas famílias específicas com o propósito de cura e de crescimento, o que muitas vezes desafia profundamente a essência de nosso ser. Para muitos de nós pode parecer como se a cura fosse exatamente o oposto do que estamos recebendo com as nossas famílias, enquanto suportamos as dificuldades e limitações dos nossos relacionamentos com os nossos pais e irmãos.
Antes de encarnarmos, escolhemos famílias que possam trazer à superfície questões e temas específicos que a nossa alma deseja explorar, aprender e curar. Geralmente estas questões são desafiadoras e trazem à superfície desconforto que preferiríamos evitar, ao invés de enfrentarmos. Algumas pessoas interagem com este desconforto, colocando a culpa em seus pais ou na situação em que nasceram, o que proporciona uma saída temporária para a dor emocional que elas experienciam, mas que principalmente, impede o livre fluxo do amor, da luz e da cura no coração.
À medida que crescemos pessoal e espiritualmente, chega um momento em que somos chamados a nos libertarmos da dor emocional que carregamos desde a nossa infância. Há etapas neste processo, que podem exigir um tempo mais curto ou mais longo, ou que podem envolver muitas existências de aprendizagem.
O primeiro passo a darmos é nos tornarmos conscientes da dor que estamos carregando. Se reprimirmos estes sentimentos, eles emergirão quando estivermos preparados para enfrentá-los. Algumas vezes um evento tal como uma doença ou uma perda pode esclarecer os sentimentos que enterramos ou nos esquecemos. Uma vez que nos tornemos conscientes da dor e nos permitimos simplesmente senti-la, a cura pode começar. Estar com a dor e trazê-la diante de Deus é uma parte essencial do processo. Deste modo não estamos sozinhos, pois o Criador Divino, Tudo vê, ouve e sente conosco. Isto pode ser feito com a prece, com a intenção, a meditação, a expressão criativa ou qualquer forma que ressoe.
Uma vez que nos tornemos mais conscientes da dor que carregamos, o próximo passo envolve a disposição de deixar ir a nossa dor. Embora aparentemente possa parecer estranho querer se apegar à dor, há muitas emoções profundas que podem se enraizar dentro de nós, e se envolverem em nosso senso de identidade. Nós nos apegamos inconscientemente à dor, porque ela é tudo o que já conhecemos. Por exemplo, se estivermos mantendo a raiva, a mágoa ou a traição, somos solicitados a perdoar e a seguir em frente. Se formos a vítima do abuso ou da negligência, somos solicitados a deixar ir a nossa raiva e o nosso direito de estarmos com raiva. Esta parte do processo não pode ser apressada, por isto é tão importante estarmos dispostos a sentir primeiramente as nossas emoções plenamente. Uma vez que isto aconteça, o próximo passo da cura se desenrola naturalmente.
Uma vez que tenhamos percorrido estes passos de nos tornarmos conscientes, sentindo a nossa dor e estarmos dispostos a deixar ir, então estamos totalmente disponíveis a receber uma cura profunda e completa. Enquanto nos esvaziamos voluntariamente destas coisas as quais estivemos nos apegando, mais do amor e da luz de Deus pode entrar em nosso coração, mente e corpo. Os caminhos da vida começam a se abrir e a revelar novas direções, novas possibilidades e novas escolhas. Nossos corações começam a se abrir e o amor floresce, o perdão se torna um modo de ser, e a consciência espiritual desperta dentro de nós. Estas são as dádivas que vêm através da cura dos relacionamentos familiares, um coração cheio de amor e de confiança, não sobrecarregado pela dor do passado.
Mashubi Rochell é conselheira espiritual e a fundadora do World Blessings, uma comunidade on line de apoio espiritual que oferece a orientação e a cura espiritual a pessoas de todos os credos.



www.worldblessings.com
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
http://www.anjodeluz.net/Mashubi%
20Rochell/curando_rela_familiares.htm




Fonte de pesquisas
http://temploumbandistaestreladourada.blogspot.com/

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Oxossi




Ontem, dia 20.01.11, foi dia de São Sebastião, Oxossi, para a Comunidade Umbandista.
Presto aqui a minha singela homenagem à Sua Vibração e a todos os espíritos que compõem essa falange de Luz, Força, Conhecimento, Paz,...
Annapon


Oxóssi, ou Oxoce, na Umbanda é patrono da linha dos caboclos, uma das mais ativas da religião. É um Orixá caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o médico, cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.
O Orixá Oxóssi é tão conhecido que quase dispensa um comentário. Mas não podemos deixar de fazê-lo, pois falta o conhecimento superior que explica o campo de atuação das hierarquias deste Orixá regente do pólo positivo da linha do Conhecimento. O fato é que o Trono do Conhecimento é uma divindade assentada na Coroa Divina, é uma individualização do Trono das Sete Encruzilhadas e em sua irradiação cria os dois pólos magnéticos da linha do Conhecimento. O Orixá Oxóssi rege o pólo positivo e a Orixá Obá rege o pólo negativo. Oxóssi forma com Obá a terceira linha de Umbanda Sagrada, que rege sobre o Conhecimento. Oxóssi irradia o conhecimento e Obá o concentra. Oxóssi estimula e Obá anula. Oxóssi vibra conhecimento e Obá absorve as irradiações desordenadas dos seres regidos pelos mistérios do Conhecimento. Oxóssi é vegetal e Obá é telúrica. Oxóssi é de magnetismo irradiante e Obá é de magnetismo absorvente. Oxóssi está nos vegetais e Obá está em sua raiz, como a terra fértil onde eles crescem e se multiplicam. Oxóssi é o raciocínio arguto e Obá é o racional concentrador. Oxóssi é a busca, é a procura, é a curiosidade, é o movimento contínuo na evolução dos seres na apresentação de novos conhecimentos, de novos horizontes, etc.
Simbolicamente representamos Oxóssi com sete setas, que são as sete buscas contínuas do ser.Oxóssi expande, irradia e impele os seres.


Fonte: “O CÓDIGO DE UMBANDA”, Obra psicografada por Rubens Saraceni, Editora Madras
Fonte: http://annapon-coisasdaalma.blogspot.com/

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Vasalisa, a sabida - Conto feminino

O conto abaixo é um resumo do Conto "A boneca de bolso. Vasalisa, a sabida" extraído do livro "As Mulheres que correm com os lobos", um dos livros mais profundos que já li a respeito da psicologia feminina. Escrito por uma psicólogia junguiana - Clarissa Pinkola Estés, o livro busca o resgate do arquétipo da Mulher Selvagem, tão fundamental, mas ao mesmo tempo tão abafado na psique da mulher moderna. Recomendo a leitura do livro inteiro, pois trata-se de um livro-terapia capaz de provocar grandes transformações na vida de uma mulher.


"Era uma vez, e não era uma vez, uma jovem mãe que jazia no seu leito de morte, com o rosto pálido como as rosas brancas de cera na sacristia da igreja dali de perto. Sua filhinha e seu marido estavam sentados aos pés da sua velha cama de madeira e oravam para que Deus a conduzisse em segurança até o outro mundo. A mãe moribunda chamou Vasalisa, e a criança de botas vermelhas e avental branco ajoelhou-se ao lado da mãe.
- Essa boneca é para você, meu amor - sussurrou a mãe, e da coberta felpuda ela tirou uma bonequinha minúscula que, como a própria Vasalina, usava botas vermelhas, a vental branco, saia preta e colete todo bordado com linha colorida.
- Estas são as minhas últimas palavras querida - disse a mãe. - Se você se perder ou precisar de ajuda, pergunte a boneca o que fazer. Você receberá ajuda. Guarde sempre a boneca. Não fale a ninguém sobre ela. Dê-lhe de comer quando ela estiver com fome. Essa é a minha promessa de mãe para você, minha benção querida.
- E, com essas palavras, a respiração da mãe mergulhou nas profundezas do seu corpo, onde recolheu sua alma, e saiu correndo pelos lábios; e a mãe morreu.
A criança e o pai choraram sua morte muito tempo. No entanto, como o campo arrasado pela guerra, a vida do pai voltou a verdejar por entre os sulcos e ele desposou uma viúva com duas filhas. Embora a nova madrasta e suas filhas fossem gentis e sorrissem como damas, havia algo de corrosivo por trás dos sorrisos que o pai de Vasalisa não percebia.
Realmemente, quando as três estavam sozinhas com Vasalisa, elas a atormentavam, forçavam-na a lhes servir de criada, mandavam-na cortar lenha para que sua pele delicada se ferisse. Elas a detestavam porque Vasalisa tinha uma doçura que não parecia deste mundo. Ela era também muito bonita. Seus seios eram fartos, enquanto os delas definhavam de maldade. Ela era solícita e não se queixava, enquanto a madrasta e as duas filhas eram, entre si mesmas, como ratos no monte de lixo à noite.
Um dia a madrasta e suas filhas simplesmente não conseguiam aguentar Vasalisa.- Vamos... combinar de deixar o fogo se apagar e, então, vamos mandar Vasalisa entrar na floresta para ir pedir fogo para nossa lareira a Baba Yaga, a bruxa. E, quando ela chegar até Baba Yaga, bem, a velha irá matá-la e comê-la.
As três bateram palmas e guincharam como animais que vivem na escuridão.
Por isso, naquela noite, quando Vasalisa voltou para casa depois de catar lenha a casa estava completamente às escuras. Ela ficou muito preocupada e falou com a madrasta.
- O que aconteceu? Como vamos fazer para cozinhar? O que vamos fazer para oluminar as trevas?
- Sua imbecil - reclamou a madrasta. É claro que não temos fogo. E eu não posso sair para o bosque devido à minha idade. Minhas filhas não podem ir porque têm medo. Você é a única que tem condições de sair floresta adentro para encontrar Baba Yaga e conseguir dela uma brasa para acender nosso fogo de novo.
- Ora, está bem - respondeu Vasalisa inocente. - É o que vou fazer. - E foi mesmo. A floresta ia ficando cada vez mais escura, e os gravetos estalavam sob seus pés, deixando-a assustada. Ela enfiou a mão bem fundo no bolso do avental, e ali estava a boneca que a mãe ao morrer lhe havia dado.
- Só de tocar nessa boneca, já me sinto melhor - disse Vasalisa, acariciando a boneca no bolso.
A cada bifurcação da estrada, vasalisa enfiava a mão no bolso e consultava a boneca. "Bem, eu devo ia para a esquerda ou para a direita?" A boneca respondia "Sim", "Não", "Para esse lado" ou "Para aquele lado". E Vasalisa dava à boneca um pouco de pão enquanto ia caminhando, seguindo o que sentia estar emanando da boneca.
De repente, um homem de branco num cavalo branco passou galopando, e o dia nasceu. Mais adiante, um homem de vermelho passou montado num cavalo vermelho, e o sol apareceu. Vasalisa caminhou e caminhou e, bem na hora em que estava chegando ao casebre de Baba Yaga, um cavaleiro vestido de negro passou trotando e entrou no casebre. Imediatamente fez-se noite. A cerca feita de caveiras e ossos ao redor da choupada começou a refulgir com um fogo interno de tal forma que a floresta ficou iluminada com a luz espectral.
Ora, Baba Yaga era uma criatura muito terrível. Ela viajava, não num coche, nem numa carruagem, mas num caldeirão com o formato de um gral que voava sozinho. Ela remava esse veículo com um remo que parecia um pilão e o tempo todo varria o rastro por onde passava com uma vassoura feita do cabelo de alguém morto há muito tempo.E o caldeirão veio voando pelo céu, com o próprio cabelo sebento de Baba Yaga na esteira. Seu queixo comprido era curvado para cima e seu longo nariz era curvado para baixo, de modo que os dois se encontravam a meio caminho. Baba Yaga tinha um ínfimo cavanhaque branco e verrugas na pele adquiridas de seus contatos com sapos. Suas unhas manchadas de marrom eram grossas e estriadas como telhados, e tão compridas e recurvas que ela não conseguia fechar a mão.
Ainda mais estranha era a casa de Baba Yaga. Ela ficava em cima de enormes pernas de galinha, amarelas e escamosas, e andava de um lado para o outro sozinha. Ela às vezes girava como uma bailarina em transe. As cavilhas nas portas e janelas eram feitas de dedos humanos, das mãos e dos pés, e a tranca da porta da frente era um focinho com muitos dentes pontiagudos.
Vasalisa consultou a boneca. "É essa a casa que procurávamos?" E a boneca, a seu modo, respondeu: "É, é essa a que procurávamos." E antes que ela pudesse dar mais um passo, Baba Yaga no seu caldeirão desceu sobre Vasalisa, aos gritos.
- O que você quer?
- Vovó, vim apanhar fogo - respondeu a menina, estremecendo.
- Está frio na minha casa... o meu pessoal vai morrer... preciso de fogo.
- Ah, sssssei - retrucou Baba Yaga, rabugenta. Conheço você e o seu pessoal. Bem, criança inútil... você deixou o fogo se apagar. O que é muita imprudência. Além do mais, o que faz pensar que eu lhe daria uma chama?
- Porque eu estou pedindo - respondeu rápido Vasalisa depois de consultar a boneca.
- Você tem sorte - ronrolnou Baba Yaga - Essa é a resposta certa.
E Vasalisa se sentiu com muita sorte por ter acertado a resposta. Baba Yaga, porém, a ameaçou.- Não há a menor possibilidade de eu lhe dar o fogo antes de você fazer algum trabalho para mim. Se você realizar essas tarefas para mim, receberá o fogo. Se não...
- E nesse ponto Vasalisa viu que os olhos de Baba Yaga de repente se transformavam em brasas. - Se não, minha filha, você morrerá.
E assim Baba Yaga entrou pesadamente no casebre, deitou-se na cama e mandou que Vasalisa lhe trouxesse a comida que estava no forno. No forno havia comida suficiente para dez pessoas, e a Yaga comeu tudo, deixando uma pequena migalha e um dedal de sopa para Vasalisa.
- Lave minha roupa, carra a casa e o quintal, prepare minha comida, separe o milho mofado do milho bom e certifique-se que está tudo em ordem. Volto mais tarde para inspecionar seu trabalho. Se tudo não estiver pronto, você será meu banquete. E com isso Baba Yaga partiu voando no seu caldeirão com o nariz lhe servindo de bitura e o cabelo, de vela. E anoiteceu novamente.
Vasalisa voltou-se para a boneca assim que Yaga se foi.
- O que vou fazer? Vou conseguir cumprir as tarefas a tempo?
- A boneca disse que sim e recomendou que ela comesse algo e fosse dormir. Vasalisa deu algo de comer à boneca também e adormeceu.
Pela manhã, a boneca havia feito todo o trabalho, e só faltava preparar a refeição. À noite, a Yaga voltou e não encontrou nada por fazer. Satisfeita, de certo modo, mas irritada por não conseguir encontrar nenhuma falha, Baba Yaga zombou de Vasalisa.
- Você é uma menina de sorte.
Ela, então, convocou seus fiéis criados para moer o milho, e três pares de mãos apareceram em pleno ar e começaram a respar e esmagar o milho. Os resíduos pairavam no ar como uma neve dourada. Finalmente o serviço terminou, e Baba Yaga se sentou para comer. Comeu horas a fio e deu ordens a Vasalisa que lavasse a roupa.
- Naquele monte de estrume - disse a Yaga, apontando para um enorme monte de estrume no quintal - há muitas sementes de papoula, milhões de sementes de papoula. Amanhã quero encontrar um monte de sementes de papoula e um monte de estrume, completamente separados um do outro. Compreendeu?
- Meu Deus, como vou fazer isso? - exclamou Vasalisa, quase desmaiando.
- Não se preocupe, eu me encarrego - sussurrou a boneca, quando a menina enfiou a mão no bolso.
Naquela noite, Baba Yaga adormeceu roncando, e Vasalisa tentou... catar... as... sementes de papoula... do... meio... do... estrume.
- Durma agora - disse-lhe a boneca, depois de algum tempo. Tudo vai dar certo.
Mais uma vez, a boneca executou todas as tarefas e, quando a velha voltou, tudo estava pronto.
- Ora, ora! Que sorte a sua de conseguir acabar tudo! Disse Baba Yaga, falando sarcástica pelo nariz. Ela chamou seus criados para prensar o óleo das semantes, e novamente três pares de mãos apareceram e cumpriram a tarefa.Enquanto a Yaga estava besuntando os lábios na gordura do cozindo, Vasalisa ficou parada por perto.
- E aí, o que é que você está olhando? - prguntou Baba Yaga, de mau humor.
- Posso lhe fazer umas perguntas, vovó? - perguntou Vasalisa.
- Pergunte - ordenou a Yaga, - mas lembre-se, saber demais envelhece as pessoas antes do tempo.
Vasalisa perguntou quem era o homem de branco no cavalo branco.
- Ah - respondeu a Yaga, com carinho. Esse primeiro é o meu Dia.
- E o homem de vermelho no cavalo Vermelho?
- Ah, esse é o meu Sol Nascente.
- E o homem de negro no cavalo negro?
- Ah, sim, esse é o terceiro e ele é minha Noite.
- Entendi - disse Vasalisa.
- Vamos, vamos, minha criança. Não queres fazer mais perguntas? - sugeriu a Yaga, manhosa.
Vasalisa estava a ponto de perguntar sobre os pares de mãos que apareciam e desapareciam, mas a boneca começou a saltar dentro do bolso e, em vez disso, Vasalisa respondeu.
- Não, vovó. Como a senhora mesma diz, saber demais pode envelhecer a pessoa antes da hora.
- É - disse Yaga, inclinando a cabeça como um passarinho, você é muito ajuizada para a sua idade, menina. Como conseguiu isso?
- Foi a bênção da minha mãe - disse Vasalisa, com um sorriso.
- Bênção?! - guinchou Baba Yaga - Bênção?! Não precisamos de bênção nenhuma aqui nesta casa. É melhor você procurar seu caminho, filha.
- E foi empurrando Vasalisa para o lado de fora
- Vou lhe dizer uma coisa, menina. Olhe aqui! Baba Yaga tirou uma caveira de olhos candentes da cerca e a enfiou numa vara.
- Pronto! Leve esta caveira na vara até sua casa. Isso! Esse é o seu fogo. Não diga mais uma palavra sequer. Só vá embora.
Vasalisa ia agradecer à Yaga, mas a bonequinha no fundo do bolso começou a saltar para cima e para baixo, e Vasalisa percebeu que devia só apanhar o fogo e ir embora. Ela voltou correndo para casa, seguindo as curvas e voltas da estrada com a boneca lhe indicando o caminho. Era noite, e Vasalisa atravessou a floresta com a caveira numa vara, com o brilho do fogo saindo pelos buracos dos ouvidos, dos olhos, do nariz e da boca. De repente, ela sentiu medo dessa luz espectral e pensou em jogá-la fora, mas a caveira falou com ela, incistindo para que se acalmasse e prosseguisse para casa da madrasta e das filhas.
Quando Vasalisa ia se aproximando da casa, a madrasta e suas filhas olharam pela janela e viram uma luz estranha que vinha dançando pela mata. Cada vez chagava mais perto. Elas não podiam imaginar o que aquilo seria. Já haviam concluído que a longa ausência de Vasalisa indicava que ela a essa altura estava morta, que seus ossos haviam sido carregados por animais, e que bom que ela favia desaparecido!
Vasalisa chegava cada vez mais perto de casa. E, quando a madrasta e suas filhas viram que era ela, correram na sua direção dizendo que estavam sem fogo desde que ela havia saído e que, por mais que tentassem acender um, ele sempre se extingua.
Vasalisa entrou na casa, sentindo-se vitoriosa por ter sobrevivido à sua perigoda jornada e por ter trazido o fogo para casa. No entando, a caveira na vara ficou observando cada movimento da madrasta e das duas filhas, queimando-as por dentro. Antes de amanhecer, ela havia reduzido a cinzas aquele trio perverso."
------------------------------------------------------------------------
"Para compreender uma estória dessas, consideramos que todos os seus componentes representam a psique de uma única mulher. Desse modo, todos os aspectos da história pertecem a uma única psique que passa por um processo de iniciação. A iniciação é representada pelo cumprimento de certas tarefas. Nesse conto, há nove tarefas a serem cumpridas pela psique. Elas se concentram na aprendizagem dos hábitos da Velha Mãe Selvagem.
.
A Primeira Tarefa - Permitir a morte da mãe-boa-demais.
As tarefas psíquicas desse estágio na vida da mulher são as seguintes: aceitar o fato de que a mãe psíquica protetora, sempre vigilante, não é adequada para ser um guia para a futura vida instintiva da pessoa (a mãe-boa-demais morre). Assumir a realidade de estar só, de desenvolver a própria conscientização quanto ao perigo, às intrigas, à política. Tornar-se alerta sozinha, para seu próprio proveito; deixar morrer o que deve morrer. À medida que a mãe-boa-demais morre, a nova mulher nasce.
A Segunda Tarefa - Denunciar a natureza sombria.
Nessa parte da história, a família da madrasta má e detestável entra no mundo de Vasalisa, tornando sua vida uma desgraça. São as seguintes as tarefas desse período: aprender ainda com maior conscientização a largar a mãe excessivamente positiva. Descobrir que ser boazinha, que ser gentil e simpática não fará a vida florir. (Vasalisa torna-se escrava, masi isso de nada adianta.) Vivenciar diretamente a própria natureza sombria, especialmente os aspectos exploradores, ciumentos e rejeitadores do self (a madrasta e suas filhas). Incorporar esses aspectos. Criar o melhor relacionamento possível com as piores partes de si mesma. Deixar acumular a tensão entre quem se aprendeu a ser e quem se é realmente. Trabalhar, afinal, no sentido de deixar morrer o velho self para que nasça o novo self intuitivo."
A terceira Tarefa - Navegar nas trevas.
Nessa parte da história, o legado da mãe falecida - a boneca - orienta Vasalisa na travessia da escuridão até a casa de Baba Yaga.
São as seguintes as tarefas psíquicas desse estágio: consentir em se aventurar a penetrar no local da iniciação profunda (entrada na floresta) e começar a experimentar o sentimento numinoso novo e aparentemente perigoso de estar imersa no poder intuitivo. Aprender a desenvolver a sensibilidade ao inconsciente misterioso no que se relaciona ao direcionamento e confiar exclusivamente nos próprios sentidos interiores. Aprender o caminho de volta para casa da Mãe Selvagem (obedecendo às instruções da boneca). Aprender a nutrir a intuição (alimentar a boneca). Deixar que a mocinha frágil e ingênua morra ainda mais. Transferir o poder para a boneca, ou seja, para a intuição.
A quarta Tarefa - Encarar a Megera Selvagem.
Nessa parte da história, Vasalisa encontra a Megera Selvagem pessoalmente. As tarefas desse encontro são as seguintes: ser capaz de suportar o rosto apavorante da Deusa Selvagem sem hesitar (topar com Baba Yaga). Familiarizar-se com o mistério, a estranheza, a 'alteridade' do selvagem (residir na casa de Baba Yaga por algum tempo). Adotar nas nossas vidas alguns dos seus valores, tornando-nos, portanto, também um pouco estranhas (comer seus alimentos). Aprender a encarar um poder enorme nos outros e subsequentemente nosso próprio poder. Permitir que a criança frágil e boazinha em excesso vá definhando ainda mais.
A quinta Tarefa - Servir o não-racional.
Nessa parte da história, Vasalisa pediu o fogo a Baba Yaga, e Yaga concorda se Vasalisa fizer, em troca, alguns serviços domésticos para ela. As tarefas psíquicas desse período de aprendizado são as seguintes: ficar com a Deusa Megera; aclimatar-se às imensas forças selvagens da psique feminina. Chegar a reconhecer o poder dela (o seu poder) e os poderes das purificações interiores; limpar, escolher, alimentar, criar energia e idéias (lavar as roupas da Yaga, cozinhar para ela, limpar sua casa e separar os alimentos).
A sexta Tarefa - Separar isso daquilo.
Nessa parte da história, Baba Yaga exige de Vasalisa duas tarefas muito difíceis. As tarefas psíquicas da mulher são as seguintes: aprender a discriminar meticulosamente, a separar as coisas umas das outras com o melhor discernimento, aprender a fazer distinções sutis (ao escolher o milho mofado do milho são e ao selecionar as sementes de papoula de um monte de estrume). Observar o poder do inconsciente e como ele funciona mesmo quando o ego não está familiarizado (os pares de mãos que aparecem no ar). Aprender mais sobre a vida (o milho) e a morte (as sementes de papoula).
A sétima Tarefa - Perguntar sobre os mistérios.
Depois de completar com sucesso as suas tarefas, Vasalisa faz algumas perguntas à Yaga. As perguntas deste estágio são as seguintes: Perguntar e tentar aprender mais a respeito da natureza da vida-morte-vida e de seu funcionamento (Vasalisa pergunta sobre os cavaleiros). Aprender a verdade acerca da capacidade de compreender todos os elementos da natureza selvagem ('saber demais pode envelhecer a pessoa antes do tempo').
A oitava Tarefa - De pé nas quatro patas.
Baba Yaga sente repulsa pela bênção da mãe falecida e dá a Vasalisa a luz - uma caveira incandescente numa vara - dizendo-lhe que se vá. As tarefas desta parte da história são as seguintes: assumir um poder imenso de ver e afetar os outros (o recebimento da caveira). Ver as situações da própria vida com essa nova luz (descobrir o caminho de volta à família da madrasta).
A nona Tarefa - Reformular a sombra.
Vasalisa volta para casa com a caveira incandescente na vara. Ela quase a joga fora, mas a caveira a tranquiliza. Uma vez de volta a casa, a caveira observa a madrasta e suas filhas, queimando-as até reduzi-la a cinzas. Vasalisa tem uma vida longa e feliz daí em diante.
São as seguintes as tarefas desse estágio: usar a própria visão aguçada (os olhos incandescentes) para reconhecer a sombra negativa da nossa prórpia psique e/ou os aspectos negativos das pessoas e acontecimentos do mundo exterior bem como para reagir a eles. Reformular as sombras negativas da própria psique com o fogo-da-megera (a perversa família da madrasta, que anteriormente torturava Vasalisa, é reduzida a cinzas)."


http://katiabueno.blogspot.com

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Gratidão !

A gratidão é um sentimento que traz junto dele uma série de outros sentimentos: amor, ternura, fidelidade, amizade... Mas nunca submissão! É importante não confundir gratidão com atitudes de lisonjas ou bajulação: com servilismo.

Há um quê de nobreza, de olho no olho, de igualdade e reconhecimento da alma, do espírito e do pensamento daquele a quem devemos ou de quem somos alvos de gratidão.

A gratidão é horizontal, lado a lado. Nunca foi, não é, nem será alguma coisa de baixo para cima ou de cima para baixo.

Não há hierarquias na gratidão. Não há diferenças. Aliás, como prima-irmã do amor, seu oposto não é, como muitos pensam, o ódio, mas sim a indiferença. Quem não ama (seja que tipo de amor for: de pai, de mãe, de irmão, irmã, namorado, namorada, marido ou esposa) não é grato.

Quem não ama não é aquele que odeia.

Quem não ama é o que ignora, o ingrato, o indiferente.

Pense nisso, pense na gratidão. Pense, inclusive, como um sinal de maturidade, de harmonia.

Pense. E pratique. Pratique a gratidão.

Não faz mal, não tem contra-indicação. Basta amar. Feliz Dia da Gratidão!


Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

P.s.Em forma de gratidão não faz muito tempo eu Mary Cely fiz um texto em homenagem a alguem agradecendo pelo apoio de um ser humano que havia dado luz a meu caminho.E em reconhecimento recebi outro texto .As coisas mudam.Com esta certeza acreditei que mudam mesmo ou para melhor ou pior de acordo a condição de pensar e agir de cada um.Acreditava que estava sendo grata pela Luz recebida,mas acho que entendeu errado ou julgou-me por a si mesmo. (Mary Cely grata sempre até a chuva ácida tem seus efeitos)


terça-feira, janeiro 18, 2011

A ALMA e sua origem (na visão da Kabbalah)


Em suas abordagens sobre os mais variados temas, a Kabbalah sempre se refere à alma. Por definição, podemos dizer que a alma é uma energia cósmica que é parte da Luz infinita. Mas de onde vem a alma, qual é o seu início? No mundo físico, o início sempre se dá a partir de uma semente biológica, uma célula que pode ser infinitamente pequena, mas já contém dentro de si uma força de vida, que não é biológica ou física, mas sim espiritual. Portanto, temos que abrir os portões do mundo espiritual se quisermos entender a semente espiritual de nossa existência e receber dela a força vital para renovar nossas forças biológicas e reforçar nossa consciência para vivermos com mais iluminação espiritual e felicidade. Nossa semente espiritual começa no mundo espiritual, de acordo com a Kabbalah, existem dez "Sefirot", dimensões para a realidade. Essas 10 dimensões estão entrelaçadas entre 5 mundos distintos. O primeiro mundo, "Adam Kadmon", Homem Primordial, está relacionado com a Sefirá "Keter". O Homem Primordial não é o homem como conhecemos, em manifestação de corpo, e sim a nossa essência espiritual, a força da vida. Essa essência foi então se desenvolvendo de acordo com os mundos , até que no "Mundo de Briá " (Mundo da Criação, relacionado com a Sefirá "Biná ") foi criado Adão. Este Adão não é Adam Kadmon, não é a mesma consciência de Adam Kadmon, mas tem a lembrança da semente de seu nascimento espiritual que foi Adam Kadmon. Este Adão é o da estória Bíblica de Adão e Eva no Paraíso, que todos já conhecemos. O que a Kabbalah nos ensina é que a Bíblia não é um livro de estórias e sim um código cósmico, uma descrição de um mundo paralelo, espiritual. Adão e Eva eram, na verdade, uma alma só, dividida, não eram pessoas físicas, mas uma inteligência . Quando cometeram o "pecado" no Paraíso , foram então expulsos. A palavra "expulsão" deve ser percebida como "explosão". Depois dessa explosão, cada parte de Adão criou um ser humano, na maneira de nossa alma, criando o processo da vida da humanidade e o aparecimento de todas as gerações. Por isso cada um de nós, nesse nível de consciência, tem uma parte espiritual de Adão, que representa a consciência coletiva de todos os seres humanos.


Autor: Rabino Joseph Saltoun
Imagem: A árvore da Vida
Fonte: http://www.crisboog.com.br/cabala.htm

domingo, janeiro 16, 2011

TARA - A Senhora do Barco


A Deusa Tara é o arquétipo da nossa própria sabedoria interna. Guia-nos e nos protege nas profundidades de nossas mentes inconscientes, ajudando a trazer para o consciente, nossas viagens pessoais rumo à liberdade. É Tara quem atravessa seus adoradores em segurança por sobre o oceano da existência fenomênica. Ela conduz a alma que atravessa a corrente do samsara rumo à distante margem do nirvana. Tara pode incessantemente salvar as criaturas em seu aspecto de "Senhora do Barco", pois o mar inteiro é o brincar cintilante e ondulante de sua shakti (energia feminina). Desta torrente desordenada da vida emergem, em todas as épocas, alguns indivíduos que já estão amadurecidos para salvação, na metáfora de Buda, à semelhança das flores de lótus que se erguem do espelho das águas e abrem suas pétalas à ininterrupta luz celeste.
O barco representa um símbolo de salvação, comum a toda humanidade. Tara, portanto, é a Grande Deusa Bondosa capaz de acalmar a correnteza.
A Tara Verde (na imagem acima) é representada sentada sobre uma flor de lótus emergindo de um lago. Sua cor como seu nome indica que é verde. Sua mão direita faz o "mudra de dar", indicando sua habilidade para dar a todos os seres o que necessitam, enquanto sua mão esquerda colocada em seu coração faz o "mudra de dar refúgio". Em cada mão sustenta o talo de uma flor de lótus com uma flor aberta e dois botões que indicam o alcance de sua atividade no passado, no presente e no futuro.
Veste roupas reais, multicoloridas e uma blusa ornamentada com jóias. Na cabeça há uma tiara com jóias e um rubi ao centro que simboliza a Amitabha, seu pai espiritual da família búdica do lótus. A perna esquerda encolhida sobre o lótus indica sua renúncia as paixões mundanas, a perna direita estendida e saindo da flor, indica sua presteza para acudir e ajudar todos os seres.
No Budismo a cor verde está associada com atividade e realização. A Tara Verde deve ser invocada para remover obstáculos, para proteção e em situações de medo.
.
INVOCAÇÃO:
Para invocar a força da Tara Verde, concentre-se na questão e peça clareza à divindade. Visualize Tara como uma forte luz verde-esmeralda a sua frente, enquanto recita ou canta o mantra:
.
OM TARE TUTTARE TURE SOHA
.
Concentre-se no pedido, visualize a luz verde a sua frente se intensificando e penetrando no topo de sua cabeça. Enquanto ela entra em seu corpo, purifica suas dúvidas e medos. Quando se sentir calmo e seguro, veja a luz verde descer, passando pela garganta até fundir-se com seu coração. Permaneça nesse estado o tempo que puder, cultive o sentimento de confiança de que sua meditação foi realizada com sucesso e seu pedido será atendido ou o problema solucionado. Para finalizar, dedique essa energia a todos os que necessitam da positividade que você acumulou fazendo a meditação.
.
O SIGNIFICADO DO MANTRA:
.
OM: O sagrado corpo, palavra e mente dos Budas.
TARE: Palavra que liberta de apegos e sofrimentos temporais e dos três reinos inferiores.
TUTTARE: Palavra que liberta de apegos e sofrimentos do samsara e dos três reinos inferiores.
TURE: Palavra que liberta dos obscurecimentos sutis, apegos a paz pessoal e do pensamento da felicidade perfeita individual.
SOHA: Possam essas bênçãos chegar ao coração e a mente.
.


Fonte:
Site da Rosane Volpatto
http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusatara.html
obs.: tomei a liberdade de alterar a ordem do texto para facilitar o entendimento.

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Para desenvolver a intuição, um conhecimento original


Nos níveis mais profundos da consciência existem respostas para todas as indagações. Saber disso é o primeiro passo para a intuição fluir livremente e trazer-nos essas soluções.

Intuição é a compreensão direta e clara de aspectos da realidade, e decorre do contato entre a consciência externa do indivíduo e seu mundo abstrato. Emerge sem que se lance mão do raciocínio. Independe da atividade mental, que pode até obstaculizá-la. Introduz-se na mente e imprime-se no cérebro no intervalo entre pensamentos. Quanto maior esse intervalo, mais nítida e completa será sua captação.

Para a intuição desenvolver-se, é importante o indivíduo plasmar as ideias de modo claro e coerente e entregá-las com desapego aos próprios núcleos internos. Assim, a energia do amor sabedoria inerente a esses núcleos pode fluir com maior liberdade e permear os corpos externos, advindo daí novo equilíbrio que propicia à intuição revelar-se.

Nesse processo, o fator fé é essencial. Sem a fé na luz existente no âmago do ser, fica-se envolvido em questões psicológicas e intelectuais e restrito a meras teorias.

A intuição é delicada, tênue, não se impõe. Às vezes faz-se presente, mas não chega a ser percebida, ou esvai-se tão logo se tente retê-la. Em geral, não se lhe dá importância por não corresponder a esquemas conhecidos. Todavia, com a prática de se abrir a ela, seu mecanismo desenvolve-se pouco a pouco e prevalece sobre o pensamento automatizado.

A intuição é universal, sintética, considera a realidade presente, única a cada instante, abarca a globalidade das conjunturas envolvidas e coloca cada detalhe no devido lugar. Surge pronta, completa, sem elaborações prévias e sem acarretar dúvida alguma.

O ceticismo, a crítica, o orgulho, o autoritarismo, a dissimulação, a complacência com tendências retrógradas da personalidade, o descontrole no uso da palavra, a convicção, o apego, a curiosidade, a impaciência e a inflexibilidade mental, entre outros fatores, costumam abafar-lhe a voz. Em geral a intuição se faz sentir de maneira mais nítida quando se entra em estados de calma, quietude, silêncio; quando se está vazio e totalmente receptivo. Ela não nasce de um estado emocional ou mental, mas advém de níveis profundos. O primeiro sinal de uma intuição verdadeira é não trazer consigo nenhuma forma de excitação: não provoca alegria, entusiasmo, tristeza, angústia. Vem de maneira clara e sem julgamentos. Às vezes é tão suave que sequer é notada.

O importante é estar imparcial diante das experiências pessoais e de experiências dos outros. Ao se manter essa neutralidade, tem-se clareza sobre o que vem à consciência. É fundamental não confundir intuição com convicção pessoal, que pode até ser positiva, mas se faz de fora para dentro; nasce na mente e se impõe ao ser. É parcial e não substitui a verdade. Estar convencido de alguma coisa não é o mesmo que receber intuição; pelo contrário: uma forte convicção pode ser obstáculo para captá-la.

A tarefa diante do próprio mundo interior, intuitivo, é estarmos receptivos e tranquilos, é sabermos que na essência a solução está pronta, à nossa espera.

"Primeiro desapegai-vos de vossas preferências e expectativas. Em seguida, renunciai a todo e qualquer resultado, reconhecendo a suprema sabedoria que tudo rege. Logo, aquietai-vos e entregai-vos a essa sabedoria. Porém, se realmente entregardes a vós mesmos e o vosso problema, não tenteis tomá-los de volta com o pensamento".

Trigueirinho
http://www.irdin.org.br/


http://horacosmica.blogspot.com/

segunda-feira, janeiro 10, 2011

OS ESPÍRITOS E O ESPIRITISMO


ASSUNTOS HUMANOS
(Entrevista concedida ao repórter Saulo Gomes da TV Tupi, canal 4, de São Paulo, em 6 de maio de 1968, gravada na Comunhão Espírita Cristã, em Uberaba (MG). Foi ao ar, pela primeira vez, a 14 de maio, e após sua apresentação inicial foi reclamada para exibição em quase todas as capitais de Estado. Nessa reportagem, pela primeira vez no vídeo, o médium psicografou linda página de Emmanuel, intitulada "Auxiliarás por amor".
Transcrita do "Anuário Espírita", 1969.)
1 – OS ESPIRITOS E O ESPIRITISMO
P – Mestre Chico Xavier, como é que os espíritos consideram o Espiritismo? Como uma Ciência experimental ou uma religião?
Resposta do Chico: De início queremos agradecer aos nossos amigos da TV Tupi, canal 4, de São Paulo, na pessoa de nosso caro entrevistador, Saulo Gomes, a atenção que nos dispensa, proporcionando-nos, a alegria da presente visita à nossa Comunhão Espírita Cristã, aqui em Uberaba. Desejamos, também, com a permissão dos amigos, saudar e agradecer a atenção dos amigos telespectadores. Pedimos licença, ainda, para falarmos do entusiasmo com que nosso entrevistador a nós se referiu. Conhecemos nossa total desvalia e sabemos que as palavras do nosso caro Saulo Gomes nascem da sua generosidade, por méritos que não possuímos. Feita essa ressalva, confessamo-nos ante um inquérito afetivo muito sério, que nos chama a grande responsabilidade, pois, entendemos estarmos diante de ouvintes que procuram a verdade. ...Confesso que, antes de me sentar aqui para a entrevista, pedi aos nossos amigos espirituais, especialmente ao nosso Emmanuel, que dirige nossas atividades mediúnicas desde 1931, que me ajudassem, pois, não tenho o dom da palavra, e me amparassem para que eu errasse o menos possível, nas respostas. Conto, assim, com o perdão de todos.
Os nossos amigos espirituais nos afirmam que apesar do Espiritismo englobar experimentações científicas valiosas para a Humanidade, devemos considerá-lo como doutrina que revive a Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, interpretado em sua pureza e em sua simplicidade para os nossos dias. De nossa parte consideramos o Espiritismo como religião, em vista das conseqüências morais que a Doutrina Espírita apresenta para a nossa vida e para o nosso trabalho.


Fonte: Livro Entrevistas F. C. Xavier/ Emmanuel
Fonte da minha pesquisa
http://lucianodudu1974.blogspot.com/

sábado, janeiro 08, 2011

Santo Daime


Santo Daime: mídia deturpa e agride história da única religião genuinamente brasileira
A revista Veja acaba de publicar uma sensacionalista reportagem sobre o assassinato do cartunista Glauco Vilas Boas, 53, e de seu filho Raoni, 25. Na reportagem, sem nenhuma base material, a revista acusa o criminoso Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, Cadu, de ter ingerido ayahuasca, levando-o a cometer o crime.

De forma irresponsável e leviana, a revista acusa o uso da ayahuasca como causa do crime e passa a agredir a história dos três líderes que, aqui no Acre, fundaram religiões amazônicas, de raízes indígenas: o mestre Raimundo Irineu Serra, o mestre Daniel Pereira de Matos e mestre Gabriel.

Na tentativa de dar base científica à reportagem, a revista Veja produz um Frankenstein de intolerância religiosa, de desinformação e de preconceito com religiões amazônicas e indígenas. Em nenhum momento cita um estudo científico, com suas fontes e suas provas acadêmicas.

Quando cita a Associação Brasileira de Psiquiatria, não apresenta nenhum especialista, nenhuma fonte demonstrativa ou qualquer prova do que escreve na reportagem. Apenas apresenta a caricatura de um “bacana” com transtorno psíquico, esquizofrênico, que fumava maconha, e que tinha uma mãe e uma tia-avó também esquizofrênicas.

Não apresenta outros casos semelhantes pelo Brasil afora. São mais de 200 centros, entre União do Vegetal e Santo Daime, com mais de 30 mil seguidores. Por que o caso Glauco deveria servir de regra para uma religião que já completou mais de meio século sem um único caso de violência ou morte entre aqueles que a praticam?

Aqui no Acre, entre as igrejas do Alto Santo, Barquinha e União do Vegetal, são milhares de seguidores gozando de elevada qualidade de vida, respeitados socialmente e livres das pragas do alcoolismo e do consumo de drogas.

Aqui no Acre, entre os seguidores do Santo Daime, da UDV e da Barquinha, há juízes e promotores, jornalistas renomados, deputados e prefeitos, médicos e economistas, empresários, professores de universidades, delegados, policiais, membros de academias e de instituições laicas e respeitadas.

Homens e mulheres que estudam, acessam as bibliotecas e estão informados sobre os avanços da ciência, as curvas da economia e da política e as reportagens fantasiosas, levianas, preconceituosas, anticientíficas e mentirosas de Veja.

Milhares de jovens escaparam das grades dos presídios e até da morte porque abraçaram a religião dos entes mágicos da floresta, das ancestrais aldeias indígenas e da fraternidade de viver como irmãos nos dias de louvor, sob a simplicidade de seus hinos e do consumo ritualístico da ayahuasca.

Não há um único caso de agressão física, de violência, de distúrbio ou de morte entre os seguidores da UDV, do Santo Daime ou da Barquinha, em mais de meio século de religião, entre milhares de seguidores.

A revista Veja deturpou tudo: a história e a resistência dos líderes religiosos, o papel espiritual e social que cumpre as igrejas ayahuasqueiras, a origem indígena milenar e a longa tradição de vida saudável de seus membros. A revista Veja só não esqueceu daquilo que está lhe ficando peculiar: escrever com preconceito e leviandade. Veja sequer respeitou a história.

A ayahuasca serviu como base para o estabelecimento de diferentes tradições espirituais por comunidades indígenas nos países amazônicos desde tempos imemoriais. Os povos indígenas utilizaram a ayahuasca como um elo imaterial com o divino que estava entre as árvores, os lagos silenciosos, os igarapés. É que, para eles, a natureza possuía alma e vontade própria.

Povos indígenas do Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia e Equador, há quatro mil anos, utilizam a ayahuasca em seus rituais sagrados, como o padre usa o vinho sacramental na Eucaristia e os indígenas bebem o peyote nas cerimônias sincréticas da Igreja Nativa Americana.

O uso ritualístico da ayahuasca é bem mais antigo que o consumo do saquê ou Ki, bebida sagrada do Xintoísmo, usada a partir de 300 a.C, feito do arroz e fermentado pela saliva feminina, sendo cuspida pelas jovens virgens em tachos.

As origens do uso da ayahuasca nos países amazônicos remontam à Pré-história. Há evidências arqueológicas através de potes e desenhos que nos levam a afirmar que o uso da ayahuasca ocorra desde 2 mil a.C.

A utilização da ayahuasca pelo homem branco é uma acolhida da espiritualidade das florestas tropicais, um banho de rio milenar e sentimental do tempo em que os povos amazônicos viviam em fraternidade econômica e religiosa.

Os ataques ao uso ritualístico-religioso da ayahuasca, como bebida sacramental, nos autoriza a afirmar que podem estar nascendo interesses menos inocentes e mais poderosos do que uma simples preocupação acadêmica com a utilização de substâncias psicoativas.

Nunca é bom esquecer que a ayahuasca é uma substância natural exclusiva das florestas tropicais dos países amazônicos e pode alimentar interesses econômicos relacionados a patentes e elevar a cobiça sobre a nossa inestimável biodiversidade.

Não custa nada ficar alerta para essa esquizofrenia da grande mídia em atacar o uso ritualístico-religioso da ayahuasca. É mais fácil roubar um pão numa padaria do que uma hóstia no altar, mesmo que os dois sejam feitos do mesmo trigo. Por que tanto interesse em dessacralizar o uso da ayahuasca?

A ayahuasca é uma combinação química simples e ao mesmo tempo complexa, que envolve um cipó e um arbusto endêmicos do imenso continente amazônico. Simples porque a sua primitiva química material da floresta é realizada por homens comuns, do pajé ao ayahuasqueiro dos templos amazônicos.

Complexa porque envolve a elevação de indicadores psico-sociais de qualidade de vida e ajuda a atingir estados ampliados de consciência dos usuários. Isso por si só já alça a ayahuasca a um patamar superior no plano do controle científico dessas duas ervas milenares.

Assim, a ayahuasca ganha contornos políticos por envolver recursos florísticos de inestimável valor psico-social e espiritual. Os seus usuários consideram o “vinho das almas” como um instrumento físico-espiritual que favorece a limpeza interior, a introspecção, o autoconhecimento e a meditação.

Utilizar ayahuasca aqui na Amazônia é beber do próprio poço de nossa ancestralidade e da magia que representa a nossa milenar resistência. Aqui na floresta, protegidos pelos entes fortes de nossa religião animista e natural, nossos ancestrais não precisaram “miscigenar” sua fé.

Não foi necessário fazer como os negros escravos, que deram nomes de santos católicos aos seus deuses africanos. Nossos ancestrais indígenas não precisaram batizar Iemanjá de Nossa Senhora ou Oxossi de São Sebastião para se protegerem da fé unilateral do dono da terra e das almas.

É que entre nós a terra era de todos e o único dono era o senhor da chuva, do orvalho e do sol. A beleza coletiva dos recursos naturais era compartilhada por toda a aldeia, do curumim ao sábio ancião.

A ayahuasca era a essência espiritual dessa convivência material fraterna e universal entre as árvores carinhosas, os riachos irmãos, os pássaros cantores, os peixes, as larvas, os insetos, as flores. A ayahuasca ancestral era o elo entre a terra e o espírito.

Se não fosse uma erva espiritual e mágica, trazida pelas mãos milenares dos povos indígenas amazônicos, ela não teria resistido ao tempo. Por isso é natural que a ayahuasca atraia cada vez mais o homem branco, esmagado pelo destrutivo modo de vida urbano, elitista, ocidental, capitalista.

A ayahuasca não é um chá que se consome como se bebe um líquido ácido qualquer. O seu uso é espiritual e envolve aqueles que o utilizam na mais límpida tradição de amar o próximo e reencontrar os valores que perdemos na caminhada do planeta que se dividiu em castas, cores, fronteiras e etnias.

Não entrarei no debate acadêmico sobre o uso de substâncias psicoativas por parte das religiões milenares, das eras pré-colombianas aos templos dos tempos atuais. Não tenho competência para debater os pontos de vista da medicina, da psicologia ou da etnofarmacologia. Ficarei apenas com os resultados do uso milenar da ayahuasca pelos povos indígenas.

A milenar história amazônica não registra casos de morte ou de seqüelas à saúde dos povos indígena por terem utilizado a ayahuasca. Nenhum índio, nesses séculos de consumo da ayahuasca, deu entrada no hospital dos brancos ou foi curado pelos pajés.

A ayahuasca não é “taliban”, seus usuários não constituem nenhuma seita, eles não são fanáticos, não há um único caso de morte ou de castigo físico que tenha sido resultado do seu consumo ritualístico.

O uso ritualístico da ayahuasca não provoca transes místicos ou de possessão. Ela não age no organismo como a antiga bebida hindu, denominada soma, que se divinizou por afastar o sofrimento, embriagando e elevando as forças vitais.

Depois de 4 mil anos de uso sagrado e ritualístico da ayahuasca, os estudiosos da civilização ocidental erguem argumentos anêmicos e endêmicos de uma sociedade que tem medo do “contato” aberto do homem com a natureza. É que eles têm medo da relação amorosa entre o indivíduo e a natureza com os seus elementos poderosos e coletivos.

Os sábios e avançados incas utilizaram a ayahuasca para consolidar-se como povo, como nação e para ajudar no florescimento da cultura, da matemática, da agricultura e da astronomia. Não é qualquer planta ou cipó que faz um povo, uma história milenar, uma religião.

Só não puderam utilizar a sagrada ayahuasca para produzir metálicos fuzis, pois se assim fosse, não teriam sido dizimados pelos invasores espanhóis. Pizarro não consumiu o “cipó dos mortos”, por isso dizimou tantos guerreiros, mulheres índias, donzelas, pajés, curumins.

A ayahuasca resistiu, venceu os invasores e as suas crenças unilaterais, atravessou os séculos, os milênios, unificou as milenares gerações indígenas e suavizou a dor “civilizaria” das eras pós-colombianas.

A ayahuasca é a religião da terra para o céu, da matéria eterna e natural para o infinito do sonho humano, a religião natural. Uma verdadeira e única religião do Brasil, aliás, uma colossal e genuína religião amazônica e indígena.

Encerro esse ensaio com um relato da experiência física de quem fez uso ritualístico-religioso da ayahuasca:

Lembro de tudo nitidamente. Eu via seres de luz carregando lixo da floresta para dentro de uma caminhonete. Muitos seres e muito lixo. Então perguntei para um deles:

- O que é isso?

Um dos seres me respondeu:

- São as suas máscaras, você não pode ver ainda.

Moisés Diniz é autor do livro O Santo de Deus e deputado estadual pelo PCdoB do Acre. Clique aqui e leia os manifestos (de março de 2006) sobre ayahuasca, de autoria do Centro Iluminação Cristã Luz Universal - Alto Santo e do Centro Espírita e Culto de Oração Casa de Jesus Fonte de Luz, os mais tradicionais do Acre.

Foto: Altino Machado

POR MOISÉS DINIZ


http://blogdaamazonia.blog.terra.com.br

sexta-feira, janeiro 07, 2011

Orixá Regente de 2011


Nesse período em que esperamos o início do ano novo a pergunta mais ouvida é: qual será o Orixá que irá reger 2011? Portanto, preparei esse texto para trazer para vocês a tão esperada resposta. Espero que gostem e que aproveitem muito esse ano e todo o Axé que será jogado sobre nossas coroas.
Para começar, quero relacionar esse ano com os planetas, mesmo porque a influência que eles exercem sobre nós e sobre toda natureza é grande, assim sendo, saibam que Mercúrio será o planeta regente deste ano.
E vejam que legal as particularidades e atributos desse planeta: Mercúrio faz referência à comunicação, à eloquência e à energia do movimento, move-se mais depressa do que qualquer outro planeta. Tanto é que seu nome foi atribuído pelos romanos baseado no deus Mercúrio, o deus que tem assas nos pés e que é o mensageiro dos deuses, inclusive do deus Júpiter.
Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol, está entre o Sol e Vênus, e pode ser visto a olho nu ao amanhecer e ao entardecer – abro um parêntese só para falar de um detalhe curioso: o Sol está ligado ao Orixá Xangô, uma das grandes paixões de Iansã, segundo os mitos africanos, e Vênus está ligado a Oxum, que também segunda a mitologia yoruba, é irmã próxima de Iansã e vivem “disputando” entre si.
A temperatura na superfície do lado mais perto do Sol chega a 427° C, uma temperatura quente o suficiente para derreter estanho. No lado oposto, ou no lado da noite, a temperatura desce a -173° C.
Mercúrio está associado aos trabalhos do intelecto como escrever, ensinar e aprender, sendo a inteligência o melhor veículo para compreender o mundo e a si mesmo. Mercúrio representa nossa maneira de aprender e comunicar o que aprendemos, mas também representa nossa maneira de ouvir. Em seu polo negativo surge o mentiroso, o ladrão, o superficial, e no positivo encontraremos aquela pessoa alegre, brincalhona, estudiosa, inteligente.
Com esse astro como regente, não faltarão oportunidades para boas conversas, intercâmbio de experiências entre pessoas das mais diferentes idades e uma vontade incontrolável de mudar completamente tudo aquilo que nos cerca. Por ser agitado e muito versátil Mercúrio provocará uma movimentação intensa em todas as áreas da nossa vida, com mil ideias ao mesmo tempo, o desejo de partir em busca de novidades falará mais alto dentro de cada um de nós.
2011 também será o ano do Coelho no Horóscopo Chinês, e observem algumas características desse signo: O nativo de Coelho é impulsivo, embora não seja dotado de muita energia. Claramente demonstra seu desagrado com as coisas, mesmo não verbalizando isso. As mulheres deste signo, que aparentemente podem ser vistas como dependentes e indecisas, são muito mais hábeis que os homens para enfrentar e superar os problemas comuns da vida. São afetuosas e atraentes para o sexo oposto, talentosas e ambiciosas, com um instinto para reconhecer a sinceridade nos outros e uma habilidade quase paranormal em detectar falsidade.
Seu senso de justiça é muito exigente, pois costumam ser pessoas respeitadoras das leis, pacíficas e amantes da paz. Por ser detalhista e minucioso no trabalho, o Coelho se dá bem em qualquer profissão que exija essas habilidades se dedicando com responsabilidade e dedicação, jamais deixando uma tarefa inacabada e abominando os que assim procedem.
Segundo os chineses o ano do coelho é reconhecido por trazer a paz ou ao menos um respeito pelo conflito ou guerra. Simboliza a graciosidade, as boas maneiras, conselhos sadios, bondade e sensibilidade à beleza.
O Arcanjo Mickael, ou Miguel como é mais conhecido, regerá esse ano também, seu nome significa “Príncipe da Luz”. Preside os raios solares, que destroem as trevas e trazem a luz, é o Comandante do Exército Celeste que controla as chamas. Arcanjo da coragem que defende e protege. Seu elemento é o fogo sutil, seus símbolos são a espada e a balança e sua cor é dourado ou amarelo como os raios do Sol, obtém solução para tudo: abre caminhos, resolve problemas financeiros, cria novas opções de vida, atrai novos empregos, cura o corpo e a mente, afasta sensações de angústia e opressão. Simboliza as mudanças, a justiça e a sabedoria, tornando a vida mais alegre.
Com tudo isso exposto fica fácil identificar o Orixá que regerá esse ano, não é mesmo?
É, será Iansã o Orixá que governará 2011. É ela que fará nossa vida girar e transformar, afinal é nela que encontramos a eloquência, a potência do movimento e os extremos de temperatura como é característica do planeta mercúrio. É Ela que vemos e sentimos no amanhecer e no entardecer, assim como vemos o planeta mercúrio.
Iansã é alegre, inteligente, impulsiva, afetuosa e atraente, cheia de instinto e justa, assim como algumas das característica do Coelho no horóscopo Chinês. Além disso é guerreira, domina o fogo, é mestre em criar novas opções de vida, em curar o corpo e a mente, em afastar sensações de angústia e de opressão como são as atribuições do Arcanjo Miguel, aliás, não há orixá que mais nos estimula a alegria do que Iansã.
Portanto, vamos nos preparar para viver fortes emoções, pois com Iansã na regência vamos ter um ano bastante agitado em todos os sentidos.
Detalhe importante: esse ano também estará relacionado com a orixá Oxum, e isso deve-se por levarmos em conta que o primeiro dia do ano cai em um sábado, dia dos Orixás d’água, ou seja, dia em que cultuamos Oxum, prometendo um ano dotado de intuição, de doçura e, acima de tudo, um ano de libertação. Alias, vale a pena ressaltar o quando Oxum e Iansã são próximas em suas características e o quanto se cruzam e entrecruzam no sentido do amor, da alegria, do movimento, da leveza, da intuição e do poder de realização, afinal, quando há amor há alegria; quando há leveza há movimento; quando há intuição há poder realizador … quando há ação de Uma, pode ter certeza, há a ação da Outra complementando e potencializando, fazendo e acontecendo, girando e conduzindo tudo. Tudo no auge da paixão e do amor.
E para completar e melhorar a energia e o ano que vai se inciar, uma boa dica é usar na virada do ano roupas na tonalidade de amarelo, dourado ou vermelho, vale usar várias bijuterias e acessórios de cobre ou na cor de cobre além, é claro, de sorrir e dançar muuuuito, com todo o exagero que nos é permitido.
Sem dúvida será um ano encantador e inesquecível, só precisamos nos transformar nessa guerreira pela vida, pelo amor, pela justiça, pelo trabalho e pelo AXÉ, como é Iansã!
Só precisamos deixar a gira girar e nos apaixonar pela vida e pela nossa gira!


Feliz 2011 a todos e vamos aproveitaaaar !!!
Texto de Mãe Mônica Caraccio - Site Minha Umbanda-
Fonte de minha pesquisa
http://annapon-coisasdaalma.blogspot.com/

Cruz no céu em 8 de agosto


Cruz no céu do dia 8 de agosto(Conselhos) ))



Inspirado pelos textos que tenho lido sobre a grande cruz planetária que se forma no céu do dia 7 de agosto, decidi pesquisar e refletir um pouco mais sobre essa configuração. Quanto mais estudo e pesquiso, mais tomo consciência deste grande momento para a humanidade. O céu indica um agravamento em situações que vem se deteriorando e chegam ao limite. O cenário mundial pode realmente ser redefinido nos próximos meses.
Na madrugada do dia 6 para o dia 7 de agosto a Lua domiciliada em Câncer forma oposição a Plutão, num dos braços da cruz. No outro braço da cruz temos Júpiter e Urano em Áries, opostos a Saturno, Marte e Vênus em Libra (que acaba de ingressar em seu signo também).
Essa é uma combinação pra lá de explosiva. Marte e Plutão são planetas violentos e quando se ligam de forma tensa indicam que algo se irromperá. Os ânimos estarão exaltados. Podemos esperar eventos mundiais intensos e impetuosos.
Urano também está na jogada, indicando panes, apagões, dificuldades ligadas à tecnologia e à energia. O que vinha se arrastando de forma precária ou caótica tende a se romper, estourar.
A tensão entre Júpiter e Plutão indica ainda que manobras ilegais podem vir à público. Pessoas de caráter duvidoso que estão no poder podem ser desmascaradas.
Saturno em oposição a Urano e Júpiter representa as velhas estruturas estagnadas que devem ser deixadas pra traz. São velhas instituições e sistemas obsoletos (como o financeiro, por exemplo) que estão em cheque. A estabilidade geral está comprometida, circunstâncias forçarão decisões.
Plutão, por si só, está em Capricórnio pela primeira vez desde que foi descoberto. Capricórnio é a força estrutural máxima que existe na Terra. Plutão neste signo irá confrontar e destruir radialmente os velhos elementos que atravancam a evolução do planeta.
Todos estes planetas estão em signos cardinais, de ímpeto e propulsão. Podemos esperar mudanças rápidas e vertiginosas, uma verdadeira revolução mundial. Para enfrentá-las é preciso que estejamos alinhados com forças espirituais.
Todas essas forças arquetípicas são necessárias para impulsionar as pessoas a escolher a iluminação em vez do materialismo. Para promover o grande despertar coletivo que tanto desejamos. Bárbara Hand Clow em seu livro “O Código Maia” (Ed. Madras) diz: “Urano e Plutão estavam juntos na década de 60, o que trouxe à tona a iluminação. Com Urano chegando ao seu primeiro quadrante com Plutão, não há dúvida de que a iluminação irá arrebatar nosso planeta”. Vale lembrar que em 2011, Netuno, que representa a espiritualidade máxima, ingressará em Peixes e completará sua órbita solar desde quando foi visto pela primeira vez.
Mas e individualmente, o que podemos esperar? A meu ver, Plutão representa o poder interior, o Divino Poder, a vitória da Vontade Maior contra os desejos inferiores do ego. Na medida em que não o cultivamos, esse poder se transfere para algo externo. Plutão nos mostra compulsões, vícios, ciúme, manipulações, hábitos destrutivos, sexualidade distorcida.
Os planetas que formam aspectos com Plutão ativam essas questões. E como já havia dito anteriormente no artigo sobre o eclipse do dia 26 de junho (aqui), aspectos negativos do ego que tenhamos ignorado (nossas sombras) podem vir à tona em forma de crises para que sejam solucionados de vez.

Esta é uma grande oportunidade de limpeza, vamos aproveitá-la! Devemos perceber o que em nós está difícil de ser deixado pra trás. Quais são os velhos comportamentos que atravancam nossa caminhada? Eis a chance de crescer, de nos tornarmos adultos espirituais, de desenvolver nosso poder interior. Terapias vibracionais, meditação, florais e profissionais competentes estão ao nosso dispor para ajudar.
Conselhos práticos para o período:- Não se deixar atingir por provocações, evitar disputas- Cultivar paz, compreensão, tolerância, paciência- Tomar cuidado com sobrecargas elétricas- Evitar locais e situações arriscadas, não abusar da “sorte”- Evitar pressa, correria, velocidade- Redobrar o cuidado no trânsito
A chegada de Vênus no signo de Libra nos mostra o caminho da diplomacia. Há sempre um caminho de entendimento para posições antagônicas. Nestes mesmos dias, Mercúrio se harmoniza com o Nodos Lunares e favorece o diálogo. A comunicação ganha força. É necessário mesmo que as notícias e as informações se espalhem, cheguem aos ouvidos de quem for preciso.

Que venham as mudanças!!! No fim das contas, tenho toda a certeza de que o saldo será positivo.

Pesquisado por entidades ciganas da umbanda
Cruz no céu do dia 8 de agosto(Conselhos)
Fonte do texto e Imagem
http://italojreronita.blogspot.com/

quarta-feira, janeiro 05, 2011

OS PROTETORES ANJOS DA GUARDA


O anjo de Guarda é um Espírito que se incumbe da tarefa de amparar um outro Espírito na etapa encarnatória - todas as pessuas possuem um. geralmente são designados os Espíritos afins e simpáticos para estabelecerem tal relação. Mesmo sem perceber, estamos submetidos à influência benévola desse guia constantemente, que está profundamente ligado a seu protegido por motivos de afinidade espíritual e sempre executa sua missão com sentimento espontâneo de ajuda, pois essa jauda também significa o seu próprio desenvolvimento e evolução. Consiste no amigo constante e amoroso que Deus nos proporciona a todos os encarnados na difícil etapa carnal - é comumente chamado de "Protetor Espiritual" ou de "Mentor Espiritual"


CONCEITO:
Anjo: Segundo sua etimologia significa "mensageiro" e, por decorrência, "mensageiro de Deus". Ser espiritual que exerce o ofício de mensageiro entre Deus e os homens. A palavra anjo desperta geralmente a ideia da perfeição moral; não obstante, é frequentemente aplicada a todos os seres, bons e maus, que não pertencem à Humanidade.

Anjo de guarda: Espírito celeste que se crê velar sobre cada pessoa, afastando-a do mal e inclinando-a para o bem; anjo custório. Espírito protetor, anjo de guarda, ou bom gênio, é o que tem por missão acompanhar o homem na vida e ajudá-lo a progredir. É sempre de natureza superior, com relação ao protegido.

Simbologia:
Segundo muitos autores, os atributos conferidos aos anjos são considerados como símbolos de ordem espiritual. Outros, ainda, vêem nos anjos símbolos das funções divinas, símbolos das relações de Deus com as criaturas, ou, ao contrário, símbilos das funções humanas sublimadas ou de aspiraçõe insatisfeitas e impossíveis (Chevalier, 1998).

Missão do Espírito Protetor:
A missão do Espírito protetor é a de um pai para com os filhos: conduzir o seu protegido pelo bom caminho, ajudá-lo com os seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, sustentar sua coragem nas provas da vida. O Espírito protetor é ligado ao indivídio desde o nascimento até a morte, na vida espiritual, e mesmo através de numerosas existências corpóreas, porque essas existências não são mais do que fases bem curtas da vida do Espírito.

O Anjo da Guarda nunca nos abandona:
Devemos ter sempre em mente que o Anho da Guarda é um espírito protetor que quer o nosso bem e a nossa evolução espiritual. Às vezes, parece que ele se afasta de nós. Precisanis verufucar se o ocorrido não foi por nossa própria culpa, no sentido de nos afastarmos de suas sugestões e de suas inspirações. Lembremo-nos de que, por princípio, os Espíritos superiores nada forçam; eles sempre nos deixam decidir por nós mesmos. Eles podem se afastar momentaneamente, mas nunca nos abandonam de todo.

...x...

Todos nós possuímos, ao nosso redor, uma multidão de Espíritos que, por sua vez, é atraída por nossos pensamentos, palavras e atos. Pode parecer estranho para alguns, ler que os Espíritos são atraídos também por nossas palavras.

Alguns Espíritos, por sua pouca evolução, vivem, mesmo desencarnados, como se estivessem na carne. Por isso, ainda sentem como se tivessem todas sensações do corpo físico. Assim, ouvem nossa voz, como acontece conosco, e por ela são atraídos, acontecendo o mesmo com os nossos atos. Os Espíritos são sempre atraídos pelos nossos pensamentos. É por meio deles que nos comunicamos com os nossos Anjos de Guarda, nosso Espírito Protetor, Simpático ou Familiar. Interessante saber que a linguagem dos Espíritos é o pensamento, todavia, somente os mais evoluídos conseguem fazer essa comunicação de forma consciente. Isso é fácil de entender quando compreendermos que para uma comunicação eficaz, por meio do pensamento, os Espíritos precisam ter controle sobre ele. O que não sucede com os Espíritos imperfeitos. Uma pergunta pode surgir em nossa mente: qualis são os Espíritos que nos dirigem e de que tipo são? Respendemos que são: Anjos de Guarda, os Espíritos Protetores, Familiares e Simpáticos. Façamos a conceituação de cada um, identificando algumas de suas características.

Espíritos Simpáticos:
Diversas são as acepções para o termo simpatia, mas, via de regra, seria a tendência ou inclinação que reúne duas ou mais pessoas. Apenas com esse significado deduzimos que os Espíritos Simpáticos são aqueles que se sentem atraídos para nós por uma afeição particular, por uma certa semelhança de gosto ou de sentimentos. Um Espírito pode ser pode ser atraído para junto de nós pelo tipo de assunto que estamos desenvolvendo, e somente por isso. Assim, os que gostam de matemática, das ciências ou das artes aproximam-se dos que têm semelhantes gostos, acontecendo o mesmo com todas as demais atividades e sentimentos que possuímos.

Espíritos Familiares:
Também têm, em relação a nós, uma certa analogia de gostos, diferindo dos Espíritos Simpáticos nas suas relações conosco, que podem ser mais ou menos duradouras. Enquanto a presença dos Espíritos simpáticos é passageira, a dos Espíritos familiares pode subsistir enquanto estivermos desenvolvendo determinada tarefa, por exemplo. Pela semelhança de pendores e afinidade de sentimento para conosco, a influência desses Espíritos costuma passar despercebida para a grande maioria das pessoas.

Espíritos Protetores:
A ligação que estes têm conosco possui caracteres diferentes. Começando que a proteção pressupõe uma certa superioridade em relação ao protegido. Enquanto os Espíritos Simpáticos e Familiares podem ser do mesmo nível evolutivo ou até inferiores a nós, os Epíritos Protetores necessariamente em todas as áreas, podendo mostrar-se somente em uma área específica. Assim, o médico que precisa desenvolver determinado trabalho no campo da Medicina pode ser protegido por um espírito que lhe é superior na área médica e ser-lhe inferior na área filosófica, por exemplo. Podemos term pois, vários Espíritos Protetores, sendo um para cada área em que atuamos.

Anjos de Guarda:
São sempre bons Espíritos, que têm por missão nos guiar no caminho do bem e proteger-nos durante nossa encarnação. Podem estar ligados a nós desde o nascimento, ou mesmo antes dele, e perdurar até após o nosso desencarne. A atuação do Anjo Guardião inibe ou facilita a de outros Espíritos; assim, exercem controle sobre as ações dos demais. Embora controlem, no sentido de fiscalizar, em momento algum inibem o nosso livre arbítrio ou de outro qualquer, também por isso, não se manifestam ostensivamente para nós, a fim de que tenhamos maior mérito naquilo que decidirmos.


Até quando precisaremos de um Espírito Protetor?
Enquanto não conseguirmos nos guiar por nós mesmos, precisaremos dele, logo, a nosa necessidade chegará ao fim mais rapidamente, quanto mais nos esforçarmos para domar nossas más tendências e corrigir nossas falhas.

Um Espírito pode ser Anjo de Guarda de uma pessoa por missão ou mesmo prova, que aceita com satisfação, pois uma das características dessa classe de Espírito é o prazer de ajudar o homem a progredir. Por isso, dá o máximo de si, não sendo responsável pelos fracassos de seu protegido. Sua aflição, no caso de mau êxito de seu estimado, não tem analogia com os nosso sofrimentos.

Algumas pessoas procuram saber o nome de seu Anjo de Guarda, o que pode gerar muita polêmica, entre outras coisas. O Anjo de Guarda, por ser um Espírito elevado, pode possuir um nome que desconhecemos, e para ele é o que menos importa. Porém, como somos ainda ligados aos nomes, podemos chamá-lo pelo nome que tivermos maior simpatia, seja ele qual for. Pode ocorrer também que um Espírito dê um nome de uma personalidade conhecida, sem sê-la. Para que isso aconteça, descartada aqui a questão da mistificação, obsessão etc., é necessário que o Espírito comunicante tenha "perfeita" semelhança evolutiva com a personalidade nomeada. Esses Espíritos são simpáticos entre si. É comum ouvirmos comentários que o avô, a mãe, ou outro parente próximo está protegendo um de seus familiares. Embora seja possível, para que isso se dê é necessário que esse Espírito, que pertenceu à nossa família consanguinea, esteja em condições de executar tal atividade. De forma geral, os recém desencarnados não as consegue executar, isso devido ao nível evolutivo que se encontra a maioria dos habitantes da Terra.

Precisamos estar cientes de que, sempre que evocarmos com fé nosso Anjo de Guarda , ele nos responderá, cabendo a nós sber identificar-lhe a atuação. Isso independe do lugar ou condições em que nos encontremos. Estão eles ligados diretamente a nós, podendo nos influenciar mesmo à distância. Na Doutrina dos Anjos de Guarda, podemos perceber a infinita misericórida de Deus, que jamais abandona suas criaturas. como os pais terrenos, que não podem velar diretamente por seus filhos, Deus dá aos bons Espíritos a missão de nos guiar no caminho do bem.

(Fonte: Revista Espiritual de Umbanda - Edição especial nº02
http://italojreronita.blogspot.com/2010/08/os-protetores-anjos-da-guarda.html

Reflexão

Estou aprendendo que a maioria das pessoas não gostam de ver um sorriso nos lábios do próximo.Não suportam saber que outros são felizes... E eles não! (Mary Cely)