sábado, janeiro 07, 2012

ALÉM DO QUE PODEMOS CARREGAR





Ouvimos, como motivação ou intenção de consolo, talvez mesmo um pequeno raio de esperança, que Deus não nos dá a carga além da que podemos carregar.
É assim que suportamos, passo a passo, os fardos que chegam a nós e as misérias que ouvimos, previstas há séculos, às quais recebemos sempre como algo surpreendentemente novo e assustador.
Não sabemos como vai ser o amanhã, mas nós somos cabeças nuas e sujeitas ao que vier.
Não estamos preparados para a dor e desolação e jamais estaremos.
Pés calejados não suportam melhor os calçados apertados. É assim que, mesmo “preparados” mal suportamos as cargas e com lágrimas as carregamos.
Sobrevivemos a elas e os que não sobrevivem é porque os limites foram atingidos. Se a dor vence a força é porque a paz estava no descanso eterno.
Compreendemos mal essas verdades; vivemos mal essas verdades e se não aceitamos, aprendemos o que significa a resignação.
Grandes tragédias sempre existiram. Guerras, enchentes, terremotos, pragas e pestes, cidades inteiras destruídas já são citadas no Antigo Testamento... o que é diferente nos dias atuais são os meios de comunicação que tornam tudo imediatamente acessível, aos ouvidos e olhos. Se não sabemos, não sofremos; se não sabemos e não vemos, sofremos menos.
Nosso amor a Deus não pode ser condicional ao que vivemos, porque o amor dEle é condicional ao que oferecemos.
Isso não é uma palavra de consolo, nem uma pequena luz de esperança para o dia de amanhã, mas uma verdade que nos conduzirá aos sentimentos de paz e à vida eterna.
Se as cargas são por demais pesadas e aparentemente insuportáveis e continuamos de pé é que ainda temos um caminho pela frente, para viver e estender a mão aos que carregam cruzes mais pesadas que as nossas.



http://arcadoconhecimento.blogspot.com/2011/04/alem-do-que-podemos-carregar.html